Sacrifício ao deus automóvel

mas eu percebo, deixaste-te levar pelo marketing da alface

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Não foi isso que eu disse, e mais um vez, deturpas completamente o que eu digo (obviamente propositadamente porque como qualquer trol, tal dá-te prazer)!

O que disse, é que o estudo assume que os vegetarianos não ingerem nem glícidos nem hidratos, pois baseia-se na dieta vegetariana “ideal”, que inclui também lacticínios, e frutas e legumes, e depois compara as emissões de cada dieta para a mesma ingestão de calorias. Ora a banha de porco tem 902 kcal por 100g, e a alface tem 14 kcal por 100g, ou seja, a banha de porco tem 65 vezes mais calorias por grama que a alface, assim, nesta contabilidade teórica, é natural que os veganos ou vegetarianos sejam uma autêntica desgraça ambiental.

Mas os veganos também ingerem glícidos e hidratos, que praticamente têm emissões de GEE por 100 gramas, residuais, quando comparados com a carne, frutas ou legumes. Um simples esparguete cozido (ou seja, apenas hidratos) tem 158 kcal por 100 gramas. E as emissões do esparguete devem ser completamente residuais. Já um bife de carne de vaca tem 252 kcal por 100 gramas, ou seja, mais 60%. Mas a carne de vaca por 100 gramas produzidas emite muuuuuito mais GEE que o esparguete, e o estudo simplesmente não considera hidratos, como se na realidade os vegetarianos ingerissem apenas legumes e frutas!

Só quero dizer-vos boa sorte. Estamos todos a contar convosco.

Conheço perfeitamente todos essas normas e gráficos e tabelas. Pergunto se tens a noção real do que significam 100 mg de NOx ?

A realidade é que o NOx é de facto praticamente eliminado pelos catalisadores sejam de diesel ou de gasolina. A causa para os níveis elevados dentro das cidades é simples, qualquer catalisador demora 15 minutos a atingir o seu ponto óptimo de funcionamento e portanto todos os veículos que fazem percursos curtos de poucos Km dentro da cidade nunca chegam a aquecer o catalisador até ao ponto de eliminarem os NOx de forma eficiente. Qualquer veículo que entre na cidade já quente cumpre a norma mas leva com a média dos que nunca aquecem o motor, com impacto mais gravoso nas emissões no caso dos diesel.

Quanto à comida, as massas são feitas de trigo que é um cereal cujo cultivo também gera emissões não negligenciáveis.

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Hummm, e ainda bem que te esqueces da quantidade de comida que o porco tem
de comer na sua vida inteira, para te dar o alto concentrado de calorias
por grama de bacon. Daria para alimentar muita gente no mesmo periodo de
tempo.

Mas isso nem tu, nem os americanos contam, deturpam dados, para apanhar os
menos conscientes na curva.

Mas continua a enganar-nos que até acho piada. Na maioria das vezes
ridículos argumentos sem sentido nenhum.

Ah e já agora, explica-me uma coisa, se os carros aquecem fora da
cidade(nos 15minutos que leva ao catalisador a funcionar bem), e quando
chegam à cidade não poluem, mas quando chegam lá, e estacionam, como é que
os tiras da cidade sem poluir durante os 15minutos de aquecimento do
catalizador?? A menos que os carros atravessassem a cidade e não parassem,
certo?

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ou a quantidade abissal de água e cereais para a pecuária. Tenho as minhas dúvidas que os autores tenham considerado estes fatores

Claro, mas quanto, tens números?

Este estudo citado no Guardian, não num jornal qq sacado da net, diz o seguinte (negrito meu)

Food and climate change are inextricably linked: global warming and changes in rainfall have a major impact on our food security, and our diets are a major source of greenhouse gas emissions. Agricultural emissions are thought to account for around 30% of global emissions, with livestock responsible for half of these. Although there is a role for improved farming practices to reduce emission intensity, dietary patterns will need to change to avoid catastrophic consequences.

Na prática refere que a pecuária representa metade de todas as emissões feitas pela agricultura. Se reparares, verás que a carne está longe de representar metade das calorias ingeridas num cidadão médio!

E depois, depende sempre dos vegetais, há vegetais e vegetais

Sim, certo. Ao contrário dos estudo da autarquia, o tráfego de atravessamento da cidade é muito superior aos 10%. A poluição é na sua maioria provocada por quem circula de e para a cidade, em particular por aqueles que pegam no carro para fazer 4 ou 5 km. Mas já que referem emissões, o Euro 6 estabelece um limite de 10mg/Km de PM, o que entra na dimensão das partículas emitidas pelos pneus, pavimento da estrada e pastilhas de travão e que nada têm a ver com o motor.

E quais as emissões de partículas das pastilhas, pneus e motor das bicicletas? Tens dados?

Das bicicletas não consegui arranjar, mas deverão ser proporcionalmente bem inferiores, claro. Existe uma relação directa com a massa do veículo + passageiro.

Aliás esta relação com a massa do veículo coloca os carros eléctricos em maus lençóis pois são mais pesados que os de combustão, e ainda que tenham travagem regenerativa. esta não é eficiente a baixas velocidades o que significa que em cidade vão emitir mais partículas que um diesel.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S135223101630187X

Mais uma vez isto coloca a ferrovia em vantagem tal como os veículos a pedais

a ferrovia também liberta material particulado entre os carris e as rodas, e bem mais, mas normalmente os carris estão longe das pessoas.

em relação aos carros elétricos, por isso é que aqui na MUBi nunca nos deixámos deleitar pelo delírio dos carros elétricos, até porque o trânsito é outro grande problema das urbes modernas: Capacidade de Corredor: definição no setor dos transportes

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Aplica-se bem a velha frase “emprenhar pelas orelhas”.
Existe uma extensa falta de informação sobre toda esta temática.

O diesel actuais com DPF e Euro 6 possuem emissões de partículas na ordem de grandeza das emitidas pelas pastilhas de travão e pneus, que é como quem diz, a todos os outros veículos com pneumáticos incluindo eléctricos. As emissões de NOx tb foram reduzidas para os níveis dos veículos a gasolina. Ora isto não quer dizer que não tenham impactos no ar das cidades, significa apenas que não podem discriminados. Os grandes contribuidores são essencialmente os motores antigos de autocarros, camiões TIR e taxis que continuam isentos de obrigações. Arranjou-se um bode espiatório nos motores diesel dos particulares que irónicamente são os mais limpos de todo o saco onde enfiaram tudo o que diz diesel.
Mas a hipocrisia fala mais alto quando se continua a enfiar autocarros na cidade e a ignorar a rede de eléctricos (menos km de carris em 2018 do que 1920) e a autorizar a instalação de empresas em parques empresariais com acesso exclusivo por automóvel. Sim estão fora da cidade mas não muito longe e o tráfego de atravessamento e periférico tb tem impacto na cidade.
Ninguém quer carros na cidade mas querem supermercados e lojas bem abastecidas e isso não se faz de comboio nem de bicicleta.

a grande maioria dos carros a diesel em Portugal não é Euro 6

https://www.dinheirovivo.pt/empresas/ha-mais-automoveis-em-portugal-mas-estao-cada-vez-mais-velhos/

a média de idade dos carros em Portugal ronda os 12 anos, isto incluindo todos os carros. Considerando que por norma um carro a diesel é trocado menos vezes, porque se considera um investimento maior, diria que a média de idade dos carros a diesel em Portugal rondará os 15 anos. Tens dados em contrário? Achas que carros com 15 anos cumprem o Euro 6?

Não foi isso que disse, apenas afirmei que não deveriam colocar tudo o mesmo saco.

Depois de ler isto tudo, digo-os que este troll consegue deturpar e enganar o “comum” português. Só falta dizer que andar de bicicleta polui… Enfim vamos ter de levar com este artista.

Mas ele já disse isso…

Que a nossa flatulência/alimentos que ingerimos a mais por andarmos de
bicicleta, emitia mais CO2, que o carro Euro6 que ele conduz :wink:

Só se esqueceu de referir que ele também precisa de comer…

Enfim, contas de merceeiro para enganar os “distraídos”…

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Os betinhos bem instalados em apartamentos de 500 000 € vão arrotando postas de pescada. Esquecem-se no entanto que existe mais país do que Lisboa. Essa Lisboa que teima em centralizar tudo o que é emprego mas que vive da servidão dos indígenas da periferia.

Olha disse algo de jeito. Começo a gostar dele