Quando se nega infraestrutura ciclável adequada para todos, resulta nisto.
[fotografia de Madrid por Mark Wagenbuur @BicycleDutch]
Quando se nega infraestrutura ciclável adequada para todos, resulta nisto.
[fotografia de Madrid por Mark Wagenbuur @BicycleDutch]
Mas o que significa isso exatamente de “infraestrutura ciclável adequada para todos”?
NEste caso em particular da foto, é a de uma interseção no cruzamento que permita facilemnte a bicicleta cruzar e rolar no sentido contrário ao lado do carro, ou a de uma ciclovia segregada?
(só para eu entender)
@Nuro_Carvalho, não percebi a dúvida:
Infraestrutura ciclável?
Adequada?
[imagem Mark Wagenbuur]
Para todos?
mas na imagem de cima a infraestrutura é “ciclável” ou não?
(a minha filha tem um vestido igualzinho a esse da foto de baixo, a globalização é uma cena…)
A pergunta não é se é ciclável. A pergunta é se é adequada para todos.
Deixarias a tua filha ir por essas sharrows sozinha de bicicleta para a escola de manhã, e para casa à tarde, ou para um ATL numa tarde escura de inverno?
Satisfazes-te com infraestrutura só para ti, para mim e para mais uns poucos, ou queres uma infraestrutura apelativa para toda a população, indiferentemente da idade, sexo, ou aversão ao tráfego automóvel?
esta foto é de ontem, em Matosinhos
alguem conhece isto?!
O @Rui já tinha partilhado noutra conversa deste forum com o nome apropriado “diarreia mental”: Diarreia mental.
Ahhh, ok!
Infelizmente acho que nem com “infraestruturas adequadas para todos” na nossa metrópole a deixaria andar sozinha.
Já se existissem essas ditas infraestruturas seria mais simples acompanhar de bicicleta no trajeto ao invês de a levar de carro… Eu sou apologista de infraestruturas separadas/segregadas onde fazem sentido.
eu tirei esta foto de um facebook de um amigo, mas entretanto ja percebi que a foto não é dele mas sim do tal grupo de Matosinhos
A utilização de soluções deste tipo não me choca nada, pelo contrário, acho muito positivo a partilha de via com os restantes veículos, colocando avisos e limites de velocidade reduzidos como no exemplo. É muito mais simples tecnicamente, mas barato e contribui para a redução das velocidades em ambiente urbano.
Dou-vos o exemplo da N6: acho que em vez de uma ciclovia construída de raiz, a roubar espaço ao mar e aos peoes (já não falando no seu custo), acho que seria bem mais exequível e barato, transformar a Marginal mais amiga com velocidade mais baixa e colocar uma faixa em cada sentido com esse tipo de aviso e velocidade limitada.
É verdade que os exemplos que dão são melhores soluções mas sendo pragmático e vendo o traçado das ciclovias construídas em Portugal - salvo honrosas exceções - e o dinheiro gastou nas mesmas, acho que faz muito mais sentido utilização deste tipo de soluções (volto a referir) reforçando o limite de velocidade e avisos da presença de bicicletas.
Era tão bom que alguém fizesse uma ciclovia aqui… neste troço:
ahahah isso é sugerir usar ciclistas como forma de reduzir a velocidade de veículos motorizados (tipo lombas) que obviamente poe em risco a segurança dos utilizadores mais vulneráveis. Uma melhor solução é colocar a rua apenas de 1 sentido com uma largura de 2,5m no maximo. Isso sim reduz velocidade e providencia espaço para outros modos de transporte.
Os locais na Holanda onde se vê automóveis e bicicletas a partilhar a mesma rua sao, geralmente, estradas de acesso apenas e cujos condutores tem apenas intenção de atingir algum local nessa zona, logo nao tem tanta urgência e nao precisam de andar em velocidades excessivas.
Colocar sinais nao faz diferença nenhuma, especialmente se a largura da estrada se mantiver convidativa a maior velocidade. O mais recente exemplo que presenciei em Portugal é Vilamoura, que tem uma “zona vida” com limite de 30km/h mas a estrada é convidativa para pélo menos 50km/h se não for 70.
E esses pais já deixariam essas filhas fazer isso nas ciclovias urbanas portuguesas?..
Eu deixo, e tenho amigos que deixam. Na Marginal por exemplo só pelo passeio quando vai para a escola, ou regressa a casa.