Boas práticas para a construção de ciclovias

“La red ciclista de Sevilla
Al contrario que el carril bici de Barcelona, la red de carriles bicis de Sevilla se encuentra completamente segregada del tráfico privado e incluso en la mayor parte de la red, elevada respecto a la calzada.”
https://svqenbici.wordpress.com/category/carril-bici/page/3/

Calzada em espanhol significa rodovia = estrada.

Obviamente tb tem algumas/muitas ciclovias em cima do passeio, mas quando lá estive não me pareceu que fossem mais que as que estão à quota da estrada…

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Escrito por mim há uns tempos:

"A cidade tem muitas ciclovias, mesmo mesmo muitas, mas nas grandes avenidas.
Pelo que me disse um taxista foram retirados muitos lugares de estacionamento nas principais avenidas para dar lugar a essas ciclovias.

Existem também muitas ciclovias em cima de passeios, mas muitas delas não influênciam o passo pedonal. E mesmo onde há muitos “conflitos” não parecem ser beligerantes. Como há mesmo muitas bicicletas a rolar os peões já sabem que não devem andar nas ciclovias.
(…)
Mesmo as zonas mais “antigas” onde não há ciclovias, há imensas infraestruturas para ajudar no uso das bicicletas
(…)
"

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Estão dizer que a maior parte da ciclovia está separada e elevada em relação à estrada.

É precisamente o que eu defendo!

Existe em Sevilha um misto das duas coisas, não há mais nem menos, a diferença é que quando é mais elevada não é a roubar passeios aos peões e é sempre contínua… Ao contrário do que se faz cá que são remendos e excertos. Mas em Sevilha há uma grande maioria de ciclovias segregadas à cota da estrada pois quando foi preciso fazer nas grandes avenidas não se retirou espaço aos peões mas sim o estacionamento, logo o custo de implementação também fica mais barato… Percebes?

Não são a roubar espaço ao peão?

A maior parte das ciclovias lá foram literalmente feitas no passeio. No entanto a maior parte dos passeios têm bastante espaço. Além de que as ciclovias têm tanto uso que os peões raramente circulam nelas.

Usar os passeios existentes para fazer ciclovias pode não ser a situação ideal, mas o facto é que isto permitiu construírem quilómetros de ciclovia em pouco tempo. Há ciclovias para ir a praticamente todo o lado.

Não se conseguiria encher a cidade de ciclovias se estas só fossem construídas quando uma rua ou avenida sofre obras profundas, como tem sido feito em Lisboa.

Mas esta discussão é um bocado estúpida porque eu não defendo que se faça ciclovias onde é passeio, eu defendo que se façam ciclovias segregadas do tráfego motorizado.

Por exemplo na Av. Rovisco Pais a ciclovia está “no passeio”, mas não se roubou espaço ao peão… Acho que essa questão em Lisboa nem se põe porque em boa parte dos passeios nem sequer caberia uma ciclovia.

A questão não está na cota, mas sim na separação, nem no roubar espaço ao peão, mas sim na existência de espaço suficiente para o peão.

Ainda não estive lá, mas esta nova ciclovia de Belém parece-me aquilo que defendo.

Está separada do tráfego motorizado e foi feita por cima daquilo que já existia, sem requerer grandes obras.

Ainda assim preferiria uma separação melhor nalguns locais e não me agrada a questão dos carros estacionados ao lado da ciclovia.

Esta ciclovia foi feita corretamente, à cota da estrada mas segregada e sem retirar espaço pedonal…

Depois evitar outro problema que é os passeios serem feitos de pedrinhas que não são confortáveis para os peões e estes havendo um piso liso preferem a ter de caminhar em passeios desconfortáveis.

Isso aliado à pouca cultura cívica de todos relativamente a esta novidade das ciclovias…

Resumindo: as novas ciclovias devem ser à cota da estrada, segregadas, sem retirar espaço pedonal mas se necessário retirar espaço automóvel. Percebes?

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Eu não percebo a insistência de ser à cota da estrada.

Para mim não é uma questão de cota mas sim de separação. A ciclovia deve estar SEPARADA da estrada. Ao dizeres que a queres à cota da estrada dá a sensação que a queres junto à estrada.

O facto de ser à cota da estrada não significa que não seja segregada… E a principal razão é para não ser usada como passeio para peões.
As fotos anteriores eram de ciclovias à cota da estrada segregadas em Sevilha.
Estrada para veículos.
Passeios para peões.
Uma coisa é uma coisa, outra é outra.
Percebes?

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O óbvio! Mas há quem insistentemente não queira perceber o óbvio!

Fotos do país onde mais se anda de bicicletas per capita, do mundo

http://i.imgur.com/omrLegn.jpg

E já agora, com todo o respeito pelo case study de Sevilha, bem sei que é um exemplo no panorama Ibérico, mas comparado com Holanda ou Dinamarca, ainda está muito longe em termos de percentagem de população que usa a bicicleta no dia-a-dia. Qual é o bike-modal-share de Sevilla?


E já agora, como é que isto pode ser considerado um bom exemplo? Em que planeta?

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O importante não é propriamente q seja à cota da estrada, mas sim q não seja à cota do passeio adjacente.

Sevilha é tida como um case study não tanto pelo modal share (5-6%, creio), mas sim por se tratar de uma cidade q não tinha cultura de utilização de bicicleta e o seu uso ser residual, e ter passado do praticamente zero para valores com alguma relevância em pouco tempo.
Isso foi conseguido devido à construção de uma rede de ciclovias, pensadas e planeadas desde o início para fazer parte de uma rede urbana e com um calendário de construção previamente definido.
O q é o oposto ao q acontece vulgarmente em Portugal, nos poucos locais onde acontece algo, em q as coisas são feitas sem se serem definidas para quê. Veja-se o caso de Aveiro, onde financiamento europeu será usado para uma ciclovia por o pior dos percursos possíveis, e sem ser integrada em rede nenhuma, nem actual (q não existe), nem futura planeada.

O sucesso de Sevilha mostra q esse sucesso é possível, mesmo em locais com baixa utilização da bicicleta. (Muitas vezes, ouvimos o argumento “cá não dá”).
O q se passa, é q mt decisores políticos por cá pensam q foram brindados a nascença com a sabedoria universal. E q nada têm a aprender!

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Exactamente Rui. O que é preciso é que para além das questões técnicas sejam infraestruturas com sentido, princípio, meio e fim… E não excertos e bocados desagregados.

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Ok meus caros, considerando o aumento do bike modal share de Sevilha, talvez seja de facto um excelente case study. Mas a foto que postei da ciclovia no passeio deixando uma margem ínfima para o peão, com uma estrada larguíssima mesmo ao lado, é exatamente aquilo que não se deve fazer.

A Holanda cometeu exatamente os mesmos erros nos anos 1970 quando começou a desenhar ciclovias. Queria promover a bicicleta sem importunar o big king automóvel. Ou seja, ficar verde na foto sem mexer no establishment rodoviário. Hoje toda a gente tem plena consciência que desenhar cidades mais humanas e com mais qualidade de vida e ambiental é impossível sem importunar o status quo automóvel. Parece-me que Sevilha cometeu os mesmos erros, e assim, o limbo dos 5% nunca é ultrapassado.

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Toda a gente, mesmo?

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É um exemplo realista.

Utilizando espaço anteriormente dos automóveis ou dos peões, o que é certo é que as ciclovias foram feitas.

Aqui temos mantas de retalhos…

Estamos totalmente de acordo nesse ponto.

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