As pessoas idealizam o campo idílico, bucólico e paradisíaco porque transformaram as cidades num inferno. Repletas de carros, ruído de carros, poluição de carros, tráfego provocado por carros. E neste inferno automóvel a que se dá o nome de cidade, o cidadão comum sonha com a casa de campo, para qual se desloca uma vez por semana… de carro. Como se no campo profundo do estado novo houvesse carros. Façamos das cidades locais com mais qualidade de vida, menos carros e mais espaços verdes, que desaparece o fascínio pelo campo e pelo rural.
Não catraio… o que ele está precisamente a dizer é para tornarmos as cidades sítios mais agradáveis e tranquilos de viver, à imagem do que genericamente acontece com o campo. Tu lês tudo ao contrário!
O uso da bicicleta em Lisboa vai crescer.
Não se trata de fazer mais ciclovias, nem de baixar o preço das magrelas, nem de pagar incentivos aos utilizadores e muito menos criar medidas mais restritivas para os motorizados. Nada disso. O uso da bicicleta como meio de transporte privilegiado vai acontecer de forma natural, com a chegada progressiva de estrangeiros, principalmente europeus. Mesmo que não vendam os edifícios do Terreiro do Paço a algum Fundo de Investimento transnacional para se tornarem hotéis de luxo (hipótese que já terá passado pela cabeça de alguns dirigentes amantizados com o lobby do nacional-patobravismo), comprar ou arrendar casa no centro de Lisboa está barato para os estrangeiros.
E o Alojamento Local está a dar uma mãozinha: rua com os residentes, porque vem gente nova lá de fora para o bairro!
Apesar das centenas de malas com rodinhas que podem ser ouvidas de noite ou madrugada a saltitar alegremente pelas calçadas da Baixa Pombalina, Castelo, Alfama, Madragoa, Bairro Alto, Mouraria, Principe Real e etc, já se começam a ver estrangeiros passear de bicicleta, como estão habituados a fazer nas suas cidades civilizadas.
Quem disse que a gentrificação é uma coisa má?!
Enquanto continuarem a demorar 2 anos para expandir uma simples linha de eléctrico e a suprimir comboios e autocarros evidentemente que não vai lá.
O crédito aumentou por causa do anunciado aumento do ISV face à alteração da norma de emissões em Setembro. Basicamente uma medida para legalizar o esbulho fiscal mas cujo único efeito será o de aumentar as importações de sucata poluente da europa central. É este o resultado destas medidas “inteligentes” promovidas por criminosos fiscais. Se acham que pedalar ao pé de carros usados e velhos é mais saudável, desenganem-se.
