Capacete e ciclista urbano: usar ou não usar?

Uso gel nível cimento do lidl :grin:
Funciona bem.

Boa tarde!

Quando era teenager andei muito de bicicleta. Nunca usei capacete. Depois passei uns anos pelas motos, primeiro de Trial e depois de Pista. Sempre com bons capacetes. Tinha um que era o famoso SJ, sem fivelas, tinha um mecanismo de aperto mecânico no próprio capacete, viseira inquebrável, etc.… entretanto foi retirado do mercado porque a malta morria por fratura da cervical, devido ao sistema de aperto. Entretanto deixei as motos, ainda passei uns anos pelo TT 4x4 e agora estou no BTT, sem competir, os ossos já se começam a queixar. Tenho duas bicicletas de montanha, uma elétrica e uma tradicional. Quando comecei a utilizar a bicicleta novamente nestes últimos anos, nem tinha capacete. Quando fui a Santiago, levei um comigo pois disseram-me que em Espanha era obrigatório. E de facto só utilizei o capacete em Espanha. Regressado a terras Lusas, devolvi o capacete que pedi emprestado e depois disso, quando pedalava, pensava às vezes se não devia de utilizar um capacete. Um dia estava no outlet da sportzone e tinha lá um capacete porreiro à venda por 20 euros. Pensei, é desta, vou comprá-lo. Desde essa altura que quase sempre ando com capacete. Na elétrica, que no que observo, é mais necessário o seu uso, curiosamente, é das vezes que mais me baldo em utilizar o capacete. Sobretudo para trajetos curtos. Ir ao Lidl ou tomar um cafezinho à casa dos Croissants, quase nunca levo o capacete. Isto porque vou com roupa normal, faço pouco esforço, o passeio de bicicleta não tem a mesma “liberdade” com o capacete. (tanto quanto sei até 250w de potência não é obrigatório) Já na bicicleta tradicional, em que vou sempre equipado, levo sempre o capacete. Outras vezes, na elétrica, levo o capacete apenas porque ao sair de casa me sinto culpado, do género… é melhor levar o capacete; seria triste ter capacete, não o levar e ter um acidente. (esta autocrítica é a base de todo o princípio na utilização do capacete, por isso é que discordo da obrigatoriedade de utilização de capacete)
Talvez a malta mais nova entenda as coisas de outra forma, não sei. Quando pego no capacete e olho para ele, não me inspira robustez nem grande resistência ao impacto. É duro, no contacto interior com a cabeça e pergunto-me até que ponto num impacto lateral e/ou angular, o mesmo me protegerá de um traumatismo no crânio mas não agravará um traumatismo na cervical. Isto para não falar do rosto e queixo. Bem sei que há estudos, bem sei que um capacete integral funciona melhor mas… também sei que os acidentes são uma roleta russa no que respeita a ferimentos. Entretanto mantenho a opinião de que o uso obrigatório de capacete não deve transitar em lei. Continuo a usar capacete na maioria das minhas deslocações de bicicleta. Continuo a ler os estudos e opiniões daqui da malta. Apenas não critico quem opta por utilizar sempre o capacete ou quem, pelo contrário, nunca utiliza.
Obs: O texto é longo mas, aproveitei que tinha tempo :slight_smile:

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Lembro-me do episódio em que começaram a exigir capacetes homologados aos motociclistas em que os aspecto do homologado disponível que existia era algo do tipo Def… comparado com os a carbono xpto.
Não é o mesmo?
Felizmente não há nessecidade disso :grin: a velocidade, massa, inércia são diferentes nos velocípedes.

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Na altura em que saiu a homologação, só uns quantos capacetes é que não foram abrangidos. Eu, além do SJ tinha um Arai e um Shoei, todos homologados (incluindo o SJ). Eram leves e extremamente confortáveis, mas para utilizar em moto. Nunca para bibicleta :slight_smile: Os Def que referes não conheço, mas já há 15 anos que não pego numa moto, de forma regular. Tanto quanto me recordo a homologação não incidia na estética, abrangia mais o tipo de materiais utilizados na construção, a sua resistência ao impacto, a forma como a viseira quebrava, o tipo de aperto no pescoço, etc… tanto a Shoei como a Arai estavam dentro da homologação.

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Canadá:

Canadá… :stuck_out_tongue:

E lá volta a porca a dar-lhe na farinha…

Morrem 600/ano nas estradas e a aumentar; 75% admite conduzir e usar telemóvel; 75% admite andar regularmente em excesso de velocidade.
E estes atrasados da ACP em vez de quererem mais segurança nas estradas dedicam-se a tentar infernizar a vidas a todos aqueles que não utilizam carro?! Se estão tao preocupados com a segurança dos trotinetistas e ciclistas porque não lhes perguntam o que eles precisam para que seja mais seguro?

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É impressão minha ou o site do ACP está desactualizado? Assinalei a itálico a parte que me parece errada.

A utilização de capacete é recomendada para todos os ciclistas , mas apenas obrigatória para os ciclistas de bicicletas elétricas.

Ou sou eu que não sei o Código?

O ACP tem razão. Mas a ANSR foi informada de que a ser obrigatório, os projectos de bicicletas partilhadas iam ao charco. Pelo que emitiu uma norma técnica a desdizer o Código. Juridicamente não sei, mas o ACP meteu um processo em tribunal. Desconheço o andamento ou até se perdeu a acção, porque estão muito calados…

Alguém me sabe dizer em que ponto específico concretamente está o contador da Duque de Ávila?

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Entre a Av. da República e a Defensores de Chaves, mais ou menos em frente à pizzaria, salvo erro.

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A Pizzaria é o Italy Ristorante, certo?
https://www.google.com/maps/@38.7351157,-9.1443023,3a,19.7y,9.01h,83t/data=!3m6!1e1!3m4!1sp0XSSvNsH_P7BTfBwqdOhg!2e0!7i13312!8i6656

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Certo. Isso mesmo. Salvo erro é por aí.

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Obrigado…

Esta confusão não terá que ver com os diversos patamares de potência e velocidade dos motores?
No início, também havia alguma discussão sobre se as bicicletas elétricas poderiam andar em ciclovia.

O contador está aqui:
http://eco-public.com/public2/?id=100028002

Nas bicicletas elétricas é preciso capacete.

Mas as GIRA são equiparadas a velocípedes porque têm potência inferior a 250 W e a assistência apenas funciona até aos 25 km/h.

Não, não é nada obrigada a usar capacete.
Estás a baralhar tudo.
Legalmente uma bicicleta eléctrica só pode dar assistência com pedalada em simultâneo até aos 25 km/h e até aos 6 km/h sem pedalar.
Tudo o que ultrapassar os limites aqui definidos já entra numa categoria diferente, que não é a de velocípedes.

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Não sei o que o ACP tem a ver com isso…