Comportamento dos condutores em Braga

Recuperando um post num tópico diferente, hoje fiz mais uma contagem, que apresento abaixo da citação.

No dia 17/5/2018:

Hoje fiz um exercício enquanto lanchava.

Em 30 minutos, contei quantos condutores respeitavam a passagem de ciclistas (sinal de cedência de passagem para ciclistas) e passadeira. Esta zona caracteriza-se por ser de grande afluência de desportistas, ciclistas e peões em passeio. A velocidade recomendada é de 30 km/h.

Vídeo do local
https://youtu.be/a07Sp1t3lB4

Num total de 84 automóveis que se aproximavam da passadeira e da passagem de bicicletas, enquanto estavam peões/ciclistas a atravessar, a iniciar a travessia ou a menos de 1 metro da travessia, tivemos os seguintes números:

43 condutores (51,19%) pararam e respeitaram a travessia;
29 condutores (34,52%) não pararam, ou aceleraram já com peões/ciclistas a atravessar;
12 condutores (14,29%) travaram em cima da passadeira, demonstrando desatenção;
Verifiquei ainda que 2 condutores pediram desculpa, 15 condutores demonstraram condução agressiva, 11 iam ao telemóvel.

Este estudo foi feito no dia de hoje, 17-05-2018 no período entre as 19:00 e as 19:30.

Não foi possível estudar o comportamento dos peões e ciclistas de forma a obter um resultado exacto, mas em geral, os peões olharam para ambos os lados.

Foi feito um estudo na mesma passadeira que contraria COMPLETAMENTE os dados que recolhi, no que respeita às conclusões do comportamento dos automobilistas. Decidi fazer este estudo porque em muitas travessias neste local, deparei-me com situações de perigo eminente.

https://www.diariodominho.pt/2018/02/21/comportamento-de-peoes-e-automobilistas-em-passadeiras-um-estudo-efetuado-na-cidade-de-braga/1

O policiamento nas ciclovias DEVE ser feito, a fiscalização a este tipo de condutores deve ser obrigatória e urgente.

Neste caso concreto, nunca vi 1 carro da polícia a passar no local. E todos os dias vou buscar pão, a maior parte das vezes de bicicleta.

Hoje, dia 18/5/2018, fiz nova contagem, e, talvez por ser sexta feira, foi ainda pior, apesar da amostra ter sido mais pequena.

Do total de 44 veículos, no mesmo molde do estudo anterior, verificou-se:

18 condutores (41%) pararam e respeitaram a travessia;
18 condutores (41%) não pararam, ou aceleraram já com peões/ciclistas a atravessar;
8 condutores (18%) travaram em cima da passadeira, demonstrando desatenção;

Numa das travessias de um ciclista, verificou-se total desrespeito pela prioridade cedida, tendo os dois veículos em ambos os sentidos contornado o ciclista quando o mesmo se sentiu em perigo e parou no meio da faixa de rodagem. Este estudo ocorreu das 17:55 às 18:12.

Vou tentar filmar da próxima vez, pois só visto é que muitos vão acreditar.

Eu estive a torcer para que a percentagem de condutores que não respeitam os outros utilizadores da via baixasse para os 10%. Talvez por ser sexta feira, talvez por já virem desesperados com o trânsito das imediações, mas nada desculpa o que assisti.

Ainda hoje de manhã, aconteceu isto:

ALERTO AOS MAIS SENSÍVEIS QUE CONTÉM LINGUAGEM IMPRÓPRIA. Peço desculpa, mas fiquei mesmo nervoso e chateado com este condutor.

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Hoje encontrei um grupo peculiar.

Um vizinho da minha mãe estava na esplanada do Bom Jesus a tomar um café. Prontamente me convidou a sentar. Com ele, estavam mais dois amigos. Tinham vindo os 3 desde o centro da cidade, subiram quase 4 km (não é das piores subidas, mas sobe bem).

Perguntei-lhes se costumam sofrer umas razias quando vão juntos. “Ui! Muitas!” Um deles, contou então a história: Em Rendufinho (Póvoa de Lanhoso), há um ano, sofreu um acidente. Vários testemunhas viram o acidente e um deles garantiu que a condutora vinha ao telemóvel, não teve cuidado na ultrapassagem e acabou por embater por trás. Ele não quis acreditar nessa versão, pois a senhora esteve com ele o tempo todo e foi muito carinhosa. Este senhor partiu o fémur, junto à anca, recuperou num mês e meio e voltou à estrada.
Confessa ter tido medo de pedalar na estrada, sentia-se desconfortável quando ouvia um carro atrás. Já tinha tido um acidente com fuga do condutor que lhe partiu todos os dentes da frente. Apesar de tudo, não deixa de convidar os amigos e seguirem com a sensação que juntos estão mais seguros.
Depois de amanhã vai fazer 80 anos, mas tem mais saúde que muitos jovens que aí andam. OS amigos já passaram os 70. Fiquei admirado com a força de espírito e de vontade de viver, quando muitos vêm a velhice como uma espécie de “fim de vida”.

Depois do café, fomos por caminhos diferentes. Comecei a pensar em todos os casos de razias que sofri, e tenho aquela injecção de adrenalina que já senti quando a minha vida foi posta, por várias vezes em causa. Todos os dias sinto a mesma insegurança, todos os dias vou para a estrada. E da estrada ninguém me vai tirar tão cedo. São estes dois sentimentos contrários que me fazem questionar se devo continuar. E até as forças me faltarem, vou continuar. Ninguém me pode tirar a liberdade de respirar, de contemplar, de experimentar novos caminhos, de viver.

É o único combustível que nos deveria mover.

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É esse o espírito! Never settle! Never give up!