Condutor imprudente quase que atropela ciclista de frente

@Filipe_Marques,

Obrigado por ires com este processo para a frente. Pode eventualmente não parecer, mas é um esforço real em prol da mobilidade em bicicleta. Força!

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Boas! Um advogado de defesa a mandar-me a baixo? Explica lá que não percebi! :slight_smile:

O advogado de defesa vai tentar passar a imagem que tu és o ciclista mais irresponsável do mundo, descredibilizando-te e assim fazendo cair a acusação. Espera perguntas como:

  • Por que ias no meio da via?
  • A lei diz que os veículos devem circular o mais à direita possível. Tu ainda tinhas 3cm à tua direita. Por que não ias o mais à direita possível?
  • Fizeste de propósito para te chegares à esquerda quando viste o condutor a ultrapassar?
  • Porque não abrandaste ou paraste?
  • Sabes qual é o limite de velocidade nessa estrada?
  • Qual a cor da tua roupa? Não tinhas amarelo fluorescente com luzinhas e sininhos? Como esperas que um condutor te veja quando ias a alta velocidade assim vestido?
  • Tinhas luzes?
  • Tinhas capacete? Um ciclista sem capacete, mesmo legal, demonstra falta de cultura de segurança, isto é não sabe o que anda a fazer na estrada, mete-se em situações perigosas e acusa motoristas de o fazer.
  • Tinhas refletores frontais, traseiros e nas rodas?
  • A que altura está o refletor frontal?
  • A bicicleta foi inspecionada pela polícia no seguimento da ocorrência?
  • Por que andas com câmara?
  • Essa câmara está registada na Comissão de Protecção de Dados?
  • Andas à procura de problemas para gravares com tua câmara?
  • Tens alguma formação para andar de bicicleta?
  • Tens carta?
  • A que velocidade ias? Não sabes? Nem sequer sabe a que velocidade vai, Meretíssimo!!!
  • A que velocidade ias? 25km/h? Que fique registado que a testemunha ia a uma velocidade irresponsável e perigosa.

Be fucking prepared.

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He he he, bem se for um questionário desse tipo é para rir! :slight_smile:

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Eu diverti-me mais a escrever do que tu te vais divertir. Força, pá.

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Olá, Filipe!
Vi o vídeo. Assustador e revoltante. Já partilhei.
Fazes muito bem em denunciar. Temos mesmo que nos fazer ouvir por todas as vias.
Força!

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Desculpa, só agora me apercebi que o caso vai a tribunal.
Obrigada pela coragem, pois realmente é um serviço a todos os utilizadores.
Eu já estive em tribunal, na sequência de um acidente de viação com a minha bicicleta. Mas foi por atropelamento de um peão, sendo eu a acusada.
Foi em Junho de 2013, no cruzamento entre Antero de Quental e Constituição, no Porto.
Uma senhora atravessou a rua com sinal vermelho, nem olhou, pois não ouviu nada…travei, gritei, mas não pude evitar chocar contra ela…caímos ambas.
Segundos depois de se levantar e se queixar, diz-me logo. “Mas vai-me pagar…” “Vou pagar o quê?” "O champô…"
Perante o insólito da situação fiquei pasmada, até que percebo que ela está a apontar para o saco plástico no chão, donde efetivamente se via um frasco de champô a verter no chão.
Inicialmente, pela vontade de resolver a situação, até lhe disse logo, “ok, vamos la´comprar o shampô”. Mas a senhora, depois, influenciada por um homem que surgiu do outro lado da rua a vociferar contra mim, decidiu chamar a polícia, Ficou registada a ocorrência. Quase um ano mais tarde, recebi intimação, e em sequência fomos a tribunal para um julgamento que o meu advogado oficioso classificou como “um número de circo”.
A senhora D. Rosalina pintou a história de todas as cores, alegando que estava verde quando passou, e desta feita já queria pagamento por cosméticos vários, já não era só o champô… Beneficiou-me muito o facto de ela não ter um discurso minimamente lógico. Inclusive, interrompeu o Juiz, enquanto este a interrogava! Também me beneficiou ter uma testemunha, que mesmo não tendo visto o acidente, viu a D. Rosalina entrar e sair do seu estabelecimento, imediatamente antes da ocorrência. Melhor ainda, a D. Rosalina, estupidamente, desmentiu que estivera no dito estabelecimento, quando isso não provava nada…
Bom, que sirva de anedota esta história e para pensar que há julgamentos que correm bem, para o nosso lado.
De salientar que em situações destas, convém procurar assegurar testemunhas, quanto antes. E ter muito cuidado com os peões, especialmente se levarem sacos com champô!
Espero que a abundante distribuição de estupidez humana também te favoreça!
Boa sorte!

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Boa tarde! Obrigado pelo apoio, beijinhos! :slight_smile:

Boa noite pessoa!

Passei só para dizer que em relação ao meu caso, fui ontem ouvido na GNR e entreguei o vídeo a pedido do Ministério Público, vinha também uma minuta que pedia que eu pormenorizar-se os acontecimentos! De louvar o profissionalismo do GNR que me atendeu que ficou assustado quando viu as imagens e mostrou total indignação com a manobra do condutor, segundo ele, quando o Ministério Público pede imagens e declarações ao pormenor quer dizer que a coisa ficou preta para o lado do condutor! Para o pessoal que já passou por alguma situação parecida, pediram algum tipo de indemnização? Sempre que houver novidades vou mantendo actualizado o post, beijos e abraços! :slight_smile:

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Como é evidente pelas respostas aqui apresentadas, os ciclistas não têm deveres, apenas direitos.Ainda não perceberam que as vias públicas são espaços partilhados e por isso têm de existir regras que todos devem seguir pelo que atitudes arrogantes e prepotentes com o falso argumento de que ciclistas não provocam estragos e por isso podem continuar anónimos e impunes apenas vão agudizar o conflito.
E pegando no exemplo, se um ciclista violar o semáforo vermelho e por consequência abalroado por um automóvel a culpa é do automobilista? Quando um ciclista atravessa uma passadeira a um velocidade considerável não permitindo que um automobilista consiga antecipar o atravessamento e consiga parar a tempo a culpa será do automobilista?
Portanto os maus ciclistas são culpa das más infraestruturas! Hilariante !
De forma análoga, os ladrões e assaltantes são culpa das desigualdades sociais e por isso não deveriam ser presos e julgados!

E são-no de facto em grande percentagem ! Infelizmente!

Outra vez o mesmo disco? Já evoluímos para a era digital. Estava na altura de largar as cassetes e mudar a conversa. É sempre o mesmo discurso dos “deveres” e dos “direitos”. Já chateia.

Sim, os condutores de veículos motorizados têm deveres e direitos. Sim, os condutores de velocípedes têm deveres e direitos. Sim, os peões têm deveres e direitos. Alguns deveres e direitos são comuns a todos os tipos, outros são bastante distintos.

Conversa da treta, pá. Parece que estamos a ensinar miúdos de 6 anos a atravessar a estrada.

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Algo que muitos ciclistas adultos não sabem fazer …

Mas tu viste o video?
Deveres e direitos? Mas alguém está a exigir um previlégio, ou a exercer o dever?
Se tiveres aí videos teus a seres atropelado por uma bicicleta, então partilha, e terás o meu apoio. até lá isso é um ressabiamento que não se compreende. Tens alguma costela de taxista? bolas…

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Ainda hoje de manhã um ciclista montado na respectiva atravessou uma passadeira para peões 20m à minha frente circulando a uns 20km/h surgindo não se sabe de onde e obrigando-me a travar a fundo. Se fosse eu a levá-lo à frente já era um assassino e mais outros adjectivos mas assim não tenho como identificá-lo e apresentar queixa por circular nas passadeiras montado numa bicicleta. Ressabiamento? Não me parece !

De qq forma estava apenas a responder ao “capitão” cujo argumento apresentado para ter identificação era a morte dos 5 ocupantes de um carro provocada por um ciclista, porque se fossem só 4 poderia continuar impune…

Ainda hoje de manhã passei por 3 passagens para velocípedes montado na bicicleta e por uma passadeira onde tive de desmontar. Até me dei ao trabalho de cortar o video para mostrar:

A meu ver, isto é simplesmente um não assunto. Estas travessias só existem porque a infraestrutura está mal concebida em muitos casos. Se observares, o cuidado que se tem entre atravessar montado ou a pé (passagens para velocípedes vs. passadeiras) é praticamente o mesmo: olhar, comunicar visualmente com o condutor e passar. No primeiro caso é possível atravessar mais depressa reduzindo o período de exposição ao perigo e reduzindo o tempo de paragem de quem vem de carro.

Mais alguma coisa?

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@pmmsanches nessas primeiras passagens para velocípedes, uma vez uma condutora que parou para eu passar (como era seu dever) abriu o vidro e me disse que tinha de atravessar a pé. Devem ser estes os deveres que querem que tenhamos… andar com a bicicleta pela mão para todo o lado. Se calhar é isso, não sei. Porque de resto… não estou a ver que mais falta. Será outra vez a conversa das matrículas, seguros e impostos de circulação??

Mas olha Pedro, só uma nota: essa passadeira que indicas no fim como sendo apenas passadeira, é na verdade também uma passagem para velocípedes, como podes observar nesta imagem… o problema é que está já muito gasta e imperceptível. Mas é uma passagem para velocípedes, e deve estar devidamente identificada nalguma “carta” municipal… ou coisa que o valha.

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Aconteceu-me o mesmo na semana passada. Mas comigo foi um cavalheiro. Ainda o consegui apanhar no semáforo mais à frente para lhe ensinar aquilo que ele devia saber. Lá admitiu e pediu desculpa e seguiu viagem.

Esta passadeira já teve uma passagem para velocípedes adjacente como muito bem mostras no Gmaps. O problema é que há uns tempos aquilo foi repintado e esta passagem desapareceu para dar lugar apenas a uma passadeira. Até pode estar identificada numa “carta municipal”, a verdade é que à luz do Código da Estrada, não está assinalada como tal e portanto, não tem validade. É que agora nem sinalização vertical, nem horizontal.

E o mesmo acontece aqui:

Em 2009 dava para ver ainda melhor. Até tinha uma bicicleta pintada.

Creio que terem repintado apenas a passadeira, não implica que se tenha acabado com a passagem para velocípedes. Em termos legais, a ocorrência mais próxima (que tenha originado em conflito) que conheço, é de dois automóveis que colidiram num cruzamento em que supostamente antes havia um sinal de cedência de passagem mas tinha desaparecido (sobrava o poste). Ora, quem vinha de onde nunca houve sinal de cedência de passagem, já conhecia a zona e estava a contar com a cedência de passagem do outro lado, mas quem vinha desse lado não viu sinal nenhum e estava a contar com a regra geral de prioridade pela direita, e pimba!
A câmara é que foi responsabilizada pelo acidente, neste caso em particular.
O que penso que normalmente sucede é, a culpa recai sempre no utilizador onde supostamente o sinal deveria de estar. Mas a câmara tem a responsabilidade de assegurar que os sinais de trânsito estão lá e estão visíveis e, não sendo o caso, recai-lhe o dever de ressarcir devidamente as partes envolvidas.

Não vejo porque motivo no caso da passagem para velocípedes ocorreria de maneira diferente. Ou seja, penso que os veículos que circulam na estrada têm de te ceder prioridade na mesma, sempre, mas em caso de acidente, por a passagem não estar devidamente assinalada, a câmara tem de transferir as responsabilidades do condutor para si.
Ou seja, isto implica que, se um dia um polícia te autuar por passares ali montado na bicicleta, podes contestar a coima e com resultados positivos, porque nos documentos oficiais a passagem está lá (certamente que nunca a tiraram dos documentos, e se uma vez existiu, é porque alguma vez existiu também na documentação municipal).

É claro que no nosso caso nós pagamos com o corpo e como em todas as interacções entre bicicletas e carros, deve existir precaução. Quando ali passo, passo sempre montado, e há sempre carros que param (às vezes custa… mas vou-me chegando com cuidado para os forçar a parar, em segurança).

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