Como o titulo sugere e como alguns já sabem. Recebi no domingo as 11 da manhã um sms ignóbil que me deixou confuso em vários aspectos. Primeiro não sou um tipo de carros, nem tenho algum. Como a emel sabe o meu número? Ao dar cambalhotas na cena ao estilo salvador dali ou ao clássico jogo do empurra (aquele clássico em que a m***** faz-se depois andam-se todos a bater de maluco).
A única hipótese que me ocorre foi um registo que fiz na GIRA mas que ao tentar aceder, não vejo nenhuma informação de número de telemóvel registado.
Estou em crer que houve aqui usurpação de dados, em que caso a situação ocorresse com normalidade se calhar nem levantava a questão. Mas como foi o que foi, só me resta invocar o meu direito ao esquecimento, com eliminação completa dos meus dados.
Que deprimente, f******* dscpem-me mas é mesmo deprimente.
A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) vai investigar as mensagens de texto enviadas pela Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) no passado sábado. Várias pessoas receberam mensagens de alerta para a chegada da tempestade Leslie ao longo do fim de semana.
Em conformidade com o RGPD, pode dirigir-se à entidade e solicitar acesso aos dados pessoais que a mesma conserva sobre si. Tem também o direito de saber quais os seus dados pessoais, como são utilizados e conservados e pedir para que sejam apagados (existindo limitações impostas por lei, caso a caso).
Se os seus dados pessoais foram utilizados para um fim ao qual não se destinavam, a coisa pode complicar para quem os usou… Se os seus dados foram obtidos pela EMEL a partir de uma outra fonte (sem que o titular dos dados tenha autorizado/consentido a transferência/uso) a coisa pode complicar, porque se pode enquadrar como um acesso não autorizado a dados.
Vamos ver qual o resultado da investigação do CNPD. Eu estava à espera que acontecesse algo assim envolvendo uma entidade de maior porte/notoriedade em Portugal para ver o que o CNPD vai fazer. E eles também devem estar à espera de uma oportunidade para “brilhar”. Vamos ver…
São várias as fontes onde pode confirmar o acima indicado. Incluindo o próprio texto do RGPD. Mas deixo uma onde pode ler de forma ligeira sobre o assunto:
Isto parece a história de um indígena que recebeu um espelho e achou que lhe tinham roubado a alma…
Ora bem, a CML achou por bem informar os cidadãos de Lisboa (e apenas eles) da iminência de uma tempestade e para isso utilizou a plataforma de comunicação da EMEL.
Sucede que, uma rede móvel comercial não foi concebida para emergências em massa e portanto quando se tenta enviar mensagens a todos os clientes a rede satura e coloca-as em espera, em particular quando se tratam de milhões de clientes. A mensagem foi enviada aos operadores e estes efectuaram um general broadcast para todos os terminais registados na cidade. Não existe violação de dados nenhuma, são mensagens de emergência previstas na lei. O erro foi ter usado a plataforma de uma empresa em particular o que revela puro amadorismo.
1º não tenho nada com a EMEL e na infima possibidade não tenho nenhum contacto telefonico no meu registo da GIRa.
2º se historicamente sabemos que a plataforma (ISP) não tem capacidade de sms’s à maluca e em massa porque marrar no mesmo erro? Pior, isto nem é excesso de zelo, é para mim uma trapalhada mal feita e só para fogo de vista.
Se eu agora por opção pessoal invocar o meu direito ao esquecimento EMEL e GIRA ou o raio que os partam, deixo de ser um potencial cidadão alvo de um alerta para uma eventual situação de origem natural? E quem nunca registou nessas plataformas? Não é cidadão?