Medina recua ZER (Bye Bye ciclovias pop-up?)

https://www.publico.pt/2020/10/02/local/noticia/medina-recua-remete-restricoes-transito-baixa-lisboa-proximo-mandato-1933749

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São duas coisas diferentes.
Nenhuma das ciclovias pop-up planeadas foi cancelada.

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É o que indicia o discurso do Medina… E os atrasos não são só justificáveis pelas “obras permanentes”.

São temas diferentes! Dentro da mesma vasta abordagem, mas temas diferentes.

Mas que está MUITISSIMO atrasado, está :frowning:

“Até setembro, serão construídos mais 30 km, nas avenidas: Roma, Marechal Gomes da Costa, Ceuta, Lusíada, Berna, Conde Almoster, José Malhoa e Descobertas.”

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Daí estar em interrogação o título. O discurso de Fernando Medina leva-me a crer que já começou em modo de contabilidade eleitoral e que está a ceder à pressão do automóvel. O tempo dirá quem tem razão.

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É uma ciclovia que é criada de forma expedita, geralmente através da conversão uma faixa rodoviária que é delimitada com pinos e repintada tornando-se exclusiva para bicicletas. É uma operação de rápida execução que não envolve obras profundas.

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o plano pop claramente parou… incrivel como nem uma coisa anunciada ha 3 meses para executar logo a seguir conseguem seguir.

basta comecarem com as desculpas que afinal vao ser obras mais profundas para todo o conceito de “pop up” desaparecer… em poucas semanas criaram 10 kms que era a ideia, agora de repente dizem que afinal ha burocracias, ha que pensar melhor, etc, claramente estao a ceder

o barulho que a ciclovia da almirante reis gerou deve ter sido suficiente para nao quererem o mesmo em outras partes da cidade em ano de eleicoes.

provavelmente vao fazer mais umas ciclovias em avenidas com menos contestação (como Lusiadas, Marechal Gomes da Costa para as quais lancaram concurso), mas nao me admirava que avenidas mais centrais onde se sabe que vai gerar polemica (liberdade, resto da almirante reis, gago coutinho, roma, Berna, India) fique em aguas de bacalhau… honestamente se nao reverterem a Almirante Reis já fico contente… ficava mais contente se pelo menos integrassem a dita no resto da rede ciclavel nas duas pontas da ciclovia (ligando-a a frente ribeirinha e a Alameda) mas pelo andar da carruagem duvido

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Importante é dar a notícia.
Já ter uma ideia de fundo sobre o assunto, que permita manter os princípios quando chegam os rezingoes, isso é que é mais difícil.
Mais do mesmo :disappointed:

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Depende da perspectiva. Para quem acha que o carro tem um direito natural a monopolizar o espaço público das cidades, qualquer ciclovia ou qualquer outra utilização que não seja direccionada para veículos motorizados é sempre vista como uma agressão e uma afronta sem perdão. Não é um fenómeno novo a expressão desse sentimento de raiva, como se tivessem sido despojados da roupa que vestem, basta lembrar o que se disse quando se começaram a desmantelar os parques de estacionamento em que estavam convertidos as praças com monumentos. Para quem acha que a cidade é para todos é um sentimento de libertação.

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Bom, a questão não será essa. Suponho que as vias rodoviárias são construidas tendo como base algum estudo de tráfego pelo que a supressão de algumas delas de forma aparentemente arbitrária poderá ter efeitos nefastos ao nível de congestionamentos.
Ainda que seja aceitável em centros históricos, onde a oferta de TPs existe com alguma abundância, verifico que tal também foi implementado no extremo norte do Parque das Nações onde essa oferta é reduzida além de criar uma assimetria na capacidade rodoviária.
Por outro lado esta abordagem contradiz o conceito de coexistência pacífica de meios de locomoção.

Achas mesmo que há um conceito de coexistência pacífica ?

Sou da opinião que a expansão da rede de ciclovias deve assentar sobretudo em critérios políticos. Queremos uma rede ampla e densa de ciclovias que torne as deslocações em bicicleta seguras, rápidas, eficazes e torne racional a adopção desse meio de transporte no contexto urbano?
Trata-se de induzir/fomentar o uso de um meio de transporte que apresenta uma infinidade de vantagens sobre o carro/motorizada individual e não há nada de novo nisto. Também se fomenta o uso de transportes públicos através da comparticipação do orçamento nos passes sociais ou com criação de corredores BUS.
Por norma o apelo a estudos de tráfego está a ser usado como última trincheira de resistência de quem não quer ciclovias. De certa forma é para legitimar a causa pró-automóvel. Lá está, os mesmos carros passam mais rapidamente em 3 faixas do que em 2 e assim por diante. Faz sentido desenharmos as cidades para isso? Para permitir que uma quantidade absurda de automóveis consiga aceder ao centro em pouco tempo, geralmente concentrados em horas de ponta? Ter de assegurar espaço público (um recurso extraordinariamente escasso) para o parqueamento e pior, desenhar múltiplas vias para só terem um uso real na hora de ponta e fomentarem velocidades perigosas/ruído/poluição fora delas. Mais… quanto mais rápido lá puderem aceder mais tentador será usá-los. Rapidamente as 3 faixas deixarão de ser suficientes…
É semelhante com as bicicletas. Já é evidente que foram subdimensionadas as ciclovias nos eixos centrais.
Se queremos mudar o paradigma temos de começar por algum lado.
Se em Lisboa, hoje, quiséssemos converter o Castelo de São Jorge num imenso parque de estacionamento duvido que houvesse um apoio forte a essa ideia. No entanto era exactamente nisso que ele estava convertido há não muito tempo. Quando se proibiu esse uso o que se sentiu foi um enorme movimento de resistência. Os automobilistas não queriam abdicar do seu estacionamento e aqueles que queriam usufruir desse espaço não estavam nem mobilizados nem organizados. Hoje quem já pode viver esse espaço seguramente quem não se resignaria a perdê-lo.
É semelhante com as ciclovias. Crie-se uma rede densa, com estacionamento (uma bicicleta sempre ocupa bastante menos espaço) e as vantagens serão de tal forma evidentes que servirá para criar e mobilizar os seus próprios defensores.
Parece-me absurdo ambicionar uma harmonia entre competidores para o espaço que não se pode reproduzir. Ela não vai ocorrer. As ruas já estão totalmente preenchidas. Se queremos espaço para uma ciclovia ou o tiramos aos passeios, ou às faixas rodoviárias ou aos estacionamentos ou às zonas verdes. É uma decisão política e pouco técnica e mais relacionada com o nível de ruído que estamos dispostos a ter. A solução cobarde é tirar o espaço aos passeios (os peões não estão mobilizados e não fazem muito barulho…) a solução arrojada é tirar aos carros.

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Exacto! Numa qualquer reunião camarária isso foi referido, que se pedem estudo e pareceres para ir protelando decisões.
É um tipo de “filibuster” para adiar e adiar e adiar…

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Acho, com excepção das autoestradas, o código da estrada não discrimina tráfego para utilizadores privados. A discriminação está a surgir agora com esta exclusividade.

Decisões políticas são regra geral irracionais e pretendem agradar apenas a lobbies / minorias.

A comparticipação é geográficamente limitada e restrita a segmentos específicos da população.

Os estudos de tráfego são sistemáticamente ignorados em todos os projectos de construção e portanto as capacidades das vias pecam sempre por defeito.

Dr. Three vai dar uma volta para o reino do anonimato…

A sexta, 9/10/2020, 16:42, Koloth via Fórum da MUBi [email protected] escreveu:

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Dentro da cordialidade temos direito de expressar opiniões. Mesmo que nem todos estejamos de acordo…

Certo :slight_smile:

A sexta, 9/10/2020, 20:02, Nuro Carvalho via Fórum da MUBi [email protected] escreveu:

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As pop-up vão avançar. Avenida da Índia, Lusíadas, Marechal Gomes da Costa, a que liga Benfica a Sete Rios. Mas a malha burocrática é muito densa, infelizmente. É uma pena que a CML não tenha uma equipa ou empresa municipal de obras públicas

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O que a malta quer saber é avenida de Roma, Almirante reis e gago Coutinho que a par do eixo central seria o 2 eixo mais importante da cidade.

Mas essas depois do ruído dos Vizinhos na Almirante reis duvido que avancem tão cedo…

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