Mostra lá essas “análises objectivas”.
Para sustentar o que eu digo, há várias hipóteses. Por um lado, temos uma muito maior população servida pelo terminal de transportes públicos do Cais do Sodré, que acolhe passageiros vindos dos municípios de Almada, Montijo, Seixal, Cascais e Oeiras, servindo assim uma população de cerca de 730 mil habitantes (e não estou a contar com toda a população do município de Lisboa que vive do lado ocidental da cidade). A linha que tanto defendes serve a população de odivelas, com cerca de 150 mil habitantes.
Por outro lado, temos os dados sobre o número de passageiros que passam pelo Cais do Sodré, e que até podemos comparar com os que chegam a outros pontos da cidade. O Cais do Sodré (35500 passageiros) é o principal ponto de chegada de pessoas em transportes públicos, com mais 10 mil passageiros do que o Campo Grande: https://lisboaparapessoas.pt/wp-content/uploads/2021/11/expansaometro_dossier2021.pdf (página 8).
Depois de alguma pesquisa, também fiquei a saber que a estação de comboios do Cais do Sodré é a que mais pessoas movimenta na rede ferroviária nacional, o que é ainda mais assinalável por nem sequer estar inserida na tal rede: Dez estações concentram 38% dos passageiros de todo o país | Rede ferroviária | PÚBLICO
De qualquer forma, espero que estas fontes sejam suficientes para perceberes que a minha afirmação é correcta: a linha circular tem potencial para atrair muito mais passageiros do que a actual configuração. Com isto, não quero dizer que concorde com a obra. Apenas não a ataco só porque poderá reduzir a atractividade da rede de metro para uns quantos passageiros quando tem o potencial para a tornar muito mais atractiva para muito mais gente.