Parque subterrâneo no Campo das Cebolas

Mais um parque subterrâneo junto ao rio. Mais carros para a baixa da cidade.

O ponto de partida foi o Campo das Cebolas, onde estão agora a começar duas empreitadas, com um custo global de 12 milhões de euros: uma de requalificação do espaço público e outra de construção de um parque subterrâneo, com capacidade para cerca de 200 viaturas.

Infelizmente o discurso político continua a ser incoerente. Fala-se numa limitação do uso do transporte motorizado individual, principalmente no centro da cidade, e depois sucedem-se os anúncios de construção de parques subterrâneos, que deviam situar-se nos limites da cidade, nunca no centro desta.

Fico contente com o início do resto das obras de requalificação do eixo ribeirinho, que, na generalidade, parecem privilegiar a movimentação dos transportes públicos e a acessibilidade pedonal (ainda não há grandes pormenores quanto à mobilidade ciclável nestas obras - seria interessante perceber se teremos uma ciclovia ou mais uma ciclo-coisa), mas para afastar os carros do centro não vale criar condições para que estes se desloquem para lá.

Devem dar continuação à ciclo-coisa da Ribeira das Naus.

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é preciso espaço para meter os popós que estacionam ali atualmente
ainda mais aquilo ali com ministerios ao pé ou com a desculpa de ser para residentes da alfama , o parque é certo.

é a unica maneira que arranjam de fazer obras destas sem levantar ondas…

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Muito provavelmente é o estacionamento (o contrato de concessao) que irá pagar parte consideravel da obra

Bem, a contrapartida parece ser o desaparecimento do estacionamento de superfície…
Se a coisa for levada a sério - e não abranger exclusivamente o perímetro da praça - não me parece mau negócio. Deixam os comércios e moradores de ter desculpa…

Sendo assim é fazer mais estacionamentos subterrâneos junto à frente ribeirinha.

O facto de ficar um pouco melhor não quer dizer que não se deva exigir uma boa solução. Esta solução só vem facilitar o estacionamento em frente ao rio. São mais 200 carros.

Não me parece que a extrapolação seja correcta Tiago, estás a ser um bocadinho demagógico.
O que é a frente ribeirinha? Belém, cheia de turistas?
A zona em apreço é densamente populada e de população tradicionalmente residente. Um parque subterrâneo com uma política de preços diferenciada para residentes e visitantes articulada com a população local pode tirar os carros das ruas esvaziando à partida contestações.
Que eu me lembre das minhas viagens em Espanha as zonas históricas são pedonalizadas mas bem servidas TODAS de parques subterrâneos.

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@ruifmartins, o que digo é que o parque estará junto ao rio e junto a uma das praças mais visitadas: Praça do Comércio. Uma praça que já não devia ter trânsito e que só tem porque o ACP na altura pressionou a CML.

Um parque naquela zona incentiva a levar o carro para a baixa da cidade. Uma zona que já é servida pelo barco, autocarros e metro. O parque devia estar à entrada da baixa e não no final desta. Quem quisesse chegar aquela zona devia usar os transportes públicos ou transportes suaves.

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Desculpa Tiago, esse é um lado da questão, e quanto a esse ok.
Agora como resolves a questão dos residentes? Manda-los tirar dali os carros e está feito?
Achas que uma autarquia pode assumir uma política dessas fora de uma opção integrada para toda a cidade?

Não conheço bem toda a envolvente, mas falando só do Campo das Cebolas acho preferível ordenar o estacionamento e atribuí-lo a residentes. Poupava-se nos custos das obras e não tinha um parque para 200 carros. Será que os 200 lugares é só para moradores?
Já há um parque no Cais do Sodré e salvo datas especiais penso que não enche.