Portugueses fazem cada vez menos exercício físico

“De um modo relativamente generalizado, a população portuguesa evidencia atitudes e percepções positivas em relação à actividade física”, mas apenas 5% dos inquiridos disseram praticar regularmente actividades físicas, como andar de bicicleta para deslocações, dançar ou fazer jardinagem.

Segundo o Eurobarómetro, que permitiu analisar evolutivamente vários indicadores face aos dados obtidos em 2009 e 2013, apenas 5% dos portugueses inquiridos disseram praticar regularmente actividades físicas, como andar de bicicleta para deslocações, dançar ou fazer jardinagem, valor inferior à média europeia (14%). Em contraste, o número dos que nunca praticaram estas actividades situou-se nos 64% (60% em 2013 e 36% em 2009).

Apesar de se observar “uma tendência crescente para as pessoas utilizarem os espaços públicos”, com cada vez mais pessoas a caminhar, a utilizar a bicicleta, a brincar com os filhos no parque, “isso ainda não marca uma tendência nacional expressiva que se reflicta ao nível de dados epidemiológicos”. “Mas estamos confiantes que estamos a traçar o melhor caminho”, adiantou.

Globalmente, os dados mostram atitudes positivas em torno da actividade física: 93% consideram que é muito importante aumentar a utilização diária dos transportes públicos ou da bicicleta como formas de mobilidade, 100% consideram que a prática regular de actividade física aumenta a qualidade de vida.

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“A review of 15 studies found that exercising in the early evening improved sleep, and cycling had the strongest effect.”

cada trabalhador português inativo custa 336 euros em cuidados de saúde e 806 euros em potencial perdido no aumento do PIB devido ao absentismo e à perda de produtividade. Tudo somado são 1142 euros de perdas por ano, o que representa 7% do rendimento médio disponível per capita.

o estudo da Deloitte aponta a necessidade de incentivar a prática de exercício no país, sublinhando que um investimento de 980 euros para apoiar uma pessoa sedentária a tornar-se ativa tem um retorno assegurado para a economia e sociedade num período inferior a um ano.

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“Investir na actividade física é poupar dinheiro”, resume Marlene Nunes Silva, directora do Programa Nacional de Promoção da Actividade Física, criado pela Direcção-Geral da Saúde portuguesa (DGS). Como recorda a investigadora, este é o primeiro relatório que avalia o impacto do Plano de Acção Global de Actividade Física (GAPPA, na sigla em inglês), lançado em Portugal em 2018 e onde se definiu o objectivo prioritário: reduzir em 15% a prevalência da inactividade física até 2030.

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O GAPPA definia um período de temporal de mais de uma década para cumprir os objectivos a que se propunha. De 2018 a 2030, além da redução da população inactiva, pretende-se um aumento da mobilidade activa, dos espaços abertos para exercício físico e a inclusão de disciplinas de educação física em todos os países. “O investimento é muito desigual por áreas estratégicas e por regiões do globo”, atenta Marlene Nunes Silva.

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O cenário não é totalmente favorável. Há muitos aspectos para mudar. “Uma área-chave são as parcerias intersectoriais – precisamos de respostas coordenadas”, responde a investigadora em ciências do desporto.

E traça o percurso: “Não adianta ter uma ciclovia ou ecovia que, depois, não liga duas ou três zonas. Depois, quando chego ao trabalho, tenho um local para guardar a bicicleta? Tenho a possibilidade de mudar de roupa ou tomar um duche?”

Dá outro exemplo, recorrendo às áreas metropolitanas: “Uma pessoa que vive no subúrbio de uma cidade pode trazer a bicicleta no comboio. Mas os comboios estão sempre cheios. As pessoas não conseguem entrar, quanto mais a bicicleta. A mobilidade activa tem de ser a escolha mais fácil”, aponta.

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Gráfico a mostrar nas próximas reuniões políticas (de 2022, deve ser do Eurobarómetro)

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Fui procurar, e é daqui:

(Special Eurobarometer 525 - Sport and Physical Activity , Setembro 2022)

Never is the most common answer in nine countries: Portugal (72%), far ahead of Greece (53%), Romania (52%),

Since 2017, the share of respondents who never engage in other physical activity has decreased in 23 EU Member States (…) Conversely, it has increased in four countries: Portugal (72%, +8),


Mas, pelo menos, somos coerentes. Nem nos mexemos para outras actividades, mas também nem para fazer desporto:

In terms of evolutions since 2017, the share of respondents who say that they never exercise or play sport has fallen in 17 EU Member States (…) Conversely, it has risen in seven countries, most notably in Poland (65%, +9), Hungary (59%, +6) and Portugal (73%, +5).


In six countries, more than one in five respondents say that they had never walked for at least ten minutes at a time in the previous seven days, with the highest levels in Portugal (29%),


Country Factsheet - Portugal

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