Apelo à CML - É preciso mais estacionamento para residentes

Para transporte no dia a dia uso a bicicleta…

Princípio da boa fé.

Pago um valor à EMEL para poder estacionar numa determinada zona pelo que conto que a EMEL me disponibilize um lugar para estacionar, tão simples quanto isso

Tem tudo, cada vez Lisboa é menos funcional para quem nela vive…

Põe-se a estética à frente da funcionalidade

Eu acho Lisboa cada vez mais funcional. Visões…

Mas estou a ver que o seu carro não se desgasta. Nunca vai precisar de o substituir, é eterno. Sendo assim, como gastou dinheiro com a sua compra e não vai voltar nunca mais a gastar dinheiro na compra de outro, sim, sai muito barato. O desgaste é de longe a maior despesa de um carro… gostava de ter um carro livre dessa despesa, como o seu.

Você afirma que não tem posses para arrendar uma garagem para estacionamento. Então tem que ser o Estado a subsidiar-lhe o estacionamento? Não sabia que era um bem fundamental…

Eu nunca li um contrato da EMEL, mas tenho sérias dúvidas de que a EMEL se comprometa a disponibilizar X lugares. Tenho ideia que apenas disponibiliza determinada(s) zona(s), nunca um número certo de lugares.

Vive em Lx?

Tem carro?

Também está a sofrer na sua zona de residência de anulação de lugares para estacionar?

Ou apenas é um “turista”?

Comprei o carro com 10 anos, o desgaste é irrelevante.

Seja como for o investimento já foi realizado e tenho que rentabilizá-lo

Já agora, com o trabalho de campo que já fiz o carro já se pagou…

Também referi que na zona em que vivo não há garagens…

Seja como for quando vim viver para Lx fiz um contrato com a EMEL em que pago um valor anual para estacionar numa determinada zona e a EMEL tem a obrigação de disponibilizar esse lugar.

Eu pago o valor estipulado pela EMEL para estacionar numa zona determinada, pelo que se pressupõe que há lugar para estacionar.

Caso contrário a EMEL está a cometer uma fraude ao vender ilusões…

Sou dos arredores e passo a vida em Lisboa. Sei o que se passa nos arredores e sei o que se passa em Lisboa. Ando de carro em Lisboa, estaciono em Lisboa, ando de transportes em Lisboa, e tenho amigos que vivem em Lisboa. Vivo numa zona de estacionamento caótico. Asseguro-lhe que há poucas zonas de estacionamento tão caótico como esta. Assim de repente, só a Penha de França é que “ganha”. Portanto sim, sei muito bem o que é não ter estacionamento em lado nenhum. E não me vê queixar disso. Eu queixo-me é da quantidade desmesurada de carros que existem, frequentemente em números muito para lá das necessidades reais das pessoas. É isso que eu vejo. Não digo que seja o seu caso, mas quando encontramos adversidades, procuramos soluções. Foi o que algumas pessoas aqui lhe apresentaram. O desgaste de um carro não pára aos 10 anos… que disparate.

Em Lisboa os transportes em geral são fantásticos. Ainda hoje andei de transportes em Lisboa, e quando trabalhava por lá usava todos os dias. Maravilha! Se os acha maus (já vi que os acha maus) experimente o que existe fora de Lisboa. Experimente usar Vimeca ou Scotturb em vez de Carris/Metro.
Eu quando estou em Lisboa, de transportes meto-me muito rápido em qualquer lado… excepção feita para quando estou no autocarro preso no trânsito… boa. Percebe onde está a origem da ineficiência de tudo isto?

Ai o desgaste é irrelevante? Então quando precisar de trocar de carro e se desfizer dele, vai obter dele (seja ao vendê-lo, seja para retoma) o mesmo dinheiro que deu quando o comprou? Muito bom.
Essas são as contas que as pessoas ainda não aprenderam a fazer. Você pode dizer que é engenheiro, que é estatístico, que é isto e é aquilo… mas olhe que já vi matemática mais rigorosa em balcões de café.

Não se pressupõe que hajam lugares coisa nenhuma. Isso não é coisa que se pressuponha. Era bonito, que se pressupusesse que o Estado concessionasse espaço da via pública a particulares para depois não poder gerir ou intervir nesse mesmo espaço… lugares vitalícios.
Um dístico mais não confere que um direito especial, mais propriamente de isenção do pagamento de parquímetros.

Se visse a sua vida a andar para traz por causa da actuação da câmara onde vive também ficaria revoltado…

E eu geralmente só uso o carro ao fds…

Você não lê tudo…

Quando me desfizer do carro volto a comprar um carro baratinho, volto a fazer trabalho de campo com ele e vai acabar por me dar lucro com o pagamento ao quilometro como aconteceu com este, que já se pagou pelo menos duas vezes, e com o anterior…

É claro que se pressupõe.

Eu pago por um serviço, o serviço é ter um lugar para estacionar sem pagar mais numa dada zona.

Se o serviço é pago e o serviço não existe obrigando-me a estacionar noutra zona em que sou obrigado a pagar para além do estipulado está a ser cometida uma fraude.

Sabe, dizer essas coisas é fácil… não há muitas maneiras da câmara de Oeiras agravar a minha situação onde resido… eu rezo para que comecem a multar de vez, a ver se desaparece tanto carro daqui!

Não… dístico de residente não é um serviço.
Um serviço é o seguro que paga do carro e da casa, ou outros, a internet e a televisão, o telemóvel, o passe dos transportes, o que paga todos os meses à EDP. Ou quando vai ao cabeleireiro. Etc

Um serviço é um activo não tangível que lhe é fornecido por outra entidade para uso exclusivo seu, e a seu título, tipicamente através do pagamento de um preço fixado ou acordado. Um lugar de estacionamento está muito longe de ser algo não tangível (é muito tangível!), nem lhe é fornecido por ninguém e muito menos é para seu uso exclusivo. É um bem público!
Nem são praticados preços, são praticadas taxas! E uma taxa, tipicamente, serve ou para financiar algo que é de todos, ou para reprimir comportamentos que não sendo ilegais, têm um impacto negativo. É aqui que entram os parquímetros, e os respectivos dísticos.

Acha mesmo que se pressupõe que a câmara ou um organismo público não possa gerar o espaço público conforme a estratégia mais adequada? Essa está boa…

Ahhh, quando se desfizer do carro sempre volta a gastar dinheiro noutro! Então este que tem sempre se desgasta… :smirk:

Eu pago uma taxa em troca de um serviço, poder estacionar na minha área de residência sem ter de pagar mais por isso para além da taxa que me é cobrada.

O que espero do executivo camarário é a reposição dos lugares de estacionamento que foram roubados aos lisboetas ou que se crie alternativas.

A questão é que a estratégia mais adequada deve ter em conta o bem estar nos munícipes, aqueles que residem em Lisboa.

O bem estar dos munícipes de Lisboa está a ser posta em causa pelo actual executivo camarário.

Não me admira que um não residente como você pense que as coisas estão melhores, pudera, não sente na pele o lado pernicioso da actual política camarária.

Espero que um novo executivo camarário volte a devolver Lisboa aos lisboetas.

Veja lá que os lisboetas estão tão insatisfeitos, que até vão reeleger o executivo. Não é de admirar que alguém ainda carro-dependente se sinta afectado. Eu elogio a câmara de Lisboa precisamente porque está a seguir um caminho completamente oposto a Oeiras, este sim, que me incomoda bastante. Já lhe disse, não me chateia não ter lugar para estacionar na minha zona (que você está para aí com esse discurso, que não sinto e não sei o quê, mas vai na volta e tenho menos estacionamento na minha zona que você na sua), chateia-me é haver aqui tanto carro. Visões… há quem insista em se manter agarrado ao século 20.
Não me choca, provavelmente há 50 anos atrás quando o mesmo se fez em Amesterdão houve resistência de alguns, e afinal sempre somos um povo muito conservador e agarrado às velhas práticas.
Você aponta-me o ser fora de Lisboa, mas eu até já o vi defender uma coisa que foi feita para servir os que vêem de fora enquanto eu a acho mal, e foi feito com o dinheiro dos munícipes de Lisboa, que é o túnel do Marquês. Isto é uma incoerência da sua parte. Olhe, todos os meus amigos que residem em Lisboa estão muito contentes com a política seguida, e alguns andam muito de carro. Podia dizer que é por ser malta nova e então apontar-lhe o defeito de ser mais velho, mas prefiro ter a decência de não lhe apontar o que quer que seja (até porque há aqui malta mais velha que não tem o mesmo pensamento antiquado e auto-dependente que você). Adivinhe lá para onde eu vou morar assim que conseguir sair de Oeiras?
Também lhe posso dizer que não admira que para si seja fácil falar, não reside na República Automobilizada de Oeiras. Quer trocar?

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Ai sim, quem diria, Fernando Medina foi “discursar” no fim do desfile de Carnaval das escolas de Arroios e foi genericamente ignorado pelos pais das crianças que acompanharam o desfile e não eram propriamente poucos…

Ainda não percebeu que eu ando na maior parte do tempo de bicicleta e uso o carro apenas um dia por semana?

Ainda não percebeu que quem usa o carro todos os dias é menos afectado uma vez que a EMEL só multa durante a semana das 9:00 às 19:00 e durante o restante tempo é uma autentica rebaldaria com o ressurgimento do estacionamento anárquico?

Eu tendo um filho menor com 8 anos preciso de carro para algumas deslocações, se não tivesse filho eventualmente poderia dispensar de ter carro.

Caso a situação piore terei de sair de Lx e começar a usar o carro todos os dias ou deixar o carro no emprego durante a semana para depois colocar o carro na sexta à noite num local qualquer para depois o usar no Sábado e trazê-lo para o trabalho na segunda-feira.

Irei acabar por andar de bicicleta menos um dia por semana o que corresponde a um aumento do gasto e da poluição porque o executivo camarário não tem respeito pelos lisboetas.

O túnel do Marquês é uma excelente obra que uso muitas vezes que ando de carro. Dramático foi quando a obra esteve embargada por causa de uma providência cautelar.

Se os seus amigos estão contentes é porque não têm filhos e não os têm de levar às várias actividades de carro ou então têm garagem onde colocar o carro.

Todos os pais dos colegas do meu filho que moram na zona envolvente de Arroios com quem falei sobre o assunto estão fulos com a câmara municipal.

Não se trata de pensamento mais ou menos antiquado, para um gajo de 45 anos que anda a maior parte dos dias de bicicleta não me parece que tenha um pensamento antiquado, trata-se isso sim de estarem a dificultar e muito a minha vida…

Não me f. a vida, e o actual executivo camarário não tem feito outra coisa…

Já vivi em Oeiras, na Quinta do Marquês, e sei como é

Tenho casa em São Marcos e na zona onde está a casa é bem mais fácil para estacionar do que está a ser em Lx…

Este é o problema: http://www.dn.pt/sociedade/interior/em-dois-anos-lisboa-ganhou-mais-15-mil-carros-por-dia-5467350.html
Só diminuindo esta quantidade de automóveis é possível circular melhor em Lisboa.
Isto só se conseguirá se se dificultar a vida a quem anda de carro:

  • Aumentando o custo do estacionamento para residentes e não residente

  • Portajando a entrada em Lisboa

  • Melhorando a qualidade e oferta dos transportes públicos

  • Apostando a sério na mobilidade em bicicleta

Aceitam-se mais sugestões

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Uma coisa são os que usam o carro no seu dia a dia e trazem-no para Lx nos seus movimentos pendulares.

Outra bem diferente é estarem a prejudicar quem usa o transporte público ou a bicicleta nos seus movimentos pendulares mas por diferentes vicissitudes da vida como por exemplo terem filhos necessitam de ter carro.

Eu como Lisboeta estou a ser mais do que prejudicado.

Não me importaria de pagar mais, até 25€ mensais, desde que me seja assegurado a disponibilidade de ter lugar para estacionar perto de casa mesmo que não seja coberto.

@Freire é pouco relevante que seja utilizador diário de bicicleta, se depois tem um discurso e assume posições típicas de quem não quer ver mudado o paradigma no qual o automóvel é o centro de tudo. Se quem usa o carro todos os dias é menos afectado, então têm de se afectar mais. Não é afectando menos os restantes em detrimento do espaço pedonal…
Eu também uso o túnel do Marquês. Continua a ser uma obra absurda, que só injecta mais carros dentro da cidade. O autocarro que apanho é fortemente afectado por todos esses carros, perdeu competitividade face ao automóvel. O dinheiro tinha sido muito melhor aplicado a desenvolver a rede de transportes públicos.

São Marcos para estacionar é um mimo. Mas São Marcos não é cidade. Percebe a diferença? Não tem uma densidade populacional pesada.
E ter filho não pode servir de desculpa… existem transportes públicos. E não venha com a conversa que não prestam. Tem metro em Arroios, e esse mesmo metro liga-o a uma série de complexos desportivos. Que mais quer? E se a natação onde o seu filho anda não tem metro, certamente tem autocarro. Demora mais que ir de carro? É provável, mas percebe o que implica viver em sociedade? É isso mesmo, todas as acções e decisões que tomamos influenciam ou são influenciadas pelos outros. Se viver em São Marcos provavelmente demora menos tempo a percorrer a mesma distância que vivendo em Arroios… claro, está inserido numa comunidade da qual fazem parte muito menos pessoas, existem menos interesses e liberdades alheias a ter em conta.
Já pensou, também, que se calhar tem muitos vizinhos com mais de 1 carro? Se calhar a solução não é dar estacionamento a toda a gente, mas taxar brutalmente segundos carros.
Ou então em vez de reclamar por mais estacionamento, reclame por mais transportes públicos.

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Vou contar-lhe uma coisa, eu vivo nos Olivais, junto à minha casa sempre houve lugares até há 5 anos atrás. Na praceta onde está o prédio onde vivo há cerca de 60 lugares de estacionamento, a praceta tem dois prédios com 49 apartamentos cada. Em cada apartamento há pelo menos 1 carro, se bem que os há sem nenhum e outros com 2. Mas sempre foi havendo lugares. Há anos a ANA foi privatizada e os funcionários do aeroporto de Lisboa deixaram de ter estacionamento gratuito no aeroporto, passaram a estacionar à minha porta. Deixou de haver estacionamento. Chego a deixar o carro a mais de 500 m de casa e voltar de bicicleta para casa, depois de perder mais de meia hora à procura de lugar legal. Passeios, jardins, todos os locais onde há um espacinho está juncado de carros. A Polícia Municipal não quer saber, a junta de freguesia também não. Prefiro pagar, e ter lá a EMEL a gerir o espaço e não me preocupar com esta questão.

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O discurso que tenho é de quem está a ser afectado por este executivo camarário desrespeitador do Lisboeta que em vez de lhe facilitar a vida só o prejudica.

O carro não é o centro de tudo mas não o dispenso por ter filho pequeno e pais idosos…

São Marcos não tem densidade populacional pesada? Está a gozar? é um subúrbio com prédios com 5 a 9 andares a maior parte deles sem garagem…

A densidade populacional é bem mais pesada do que grande parte das zonas de Lx, a minha em particular em que a maior parte dos prédios tem até 3 andares…

De carro demoro 5 minutos até ao complexo desportivo, tenho estacionamento à borla a partir do qual depois vou para telheiras fazer compras e todas as semanas encho uma mochila de 60 L mais um garrafão de água e outro saco de compras e mochila das coisas da piscina.

Não está à espera que obrigue o meu filho a levantar-se 30 minutos mais cedo porque os horários do metropolitano são um pavor ao fds, depois saia da piscina e vá de transportes até telheiras e depois de telheiras vá de volta para Arroios com a mochila de 60 L, as minhas coisas da piscina, saco de compras e garrafão de água.

Para exercício ao sábado já me basta as 50 e tal piscinas que faço durante a sessão de natação.

Se para si tal é viável, para mim não é, ainda para mais que não daria tempo para que o meu filho chegasse aos escuteiros às 15 horas.

Eu não reclamo mais estacionamentos, apenas quero que sejam repostos os que foram roubados

Eu não me importo de ter a EMEL, desde que seja assegurado que os residentes têm lugar para estacionar os seus carros.

Errado, o “serviço” é para não ser necessário pagar parquímetro. Em lado nenhum diz que há lugares garantidos.

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Claro. E nunca seria garantido, a não ser que fosse exclusivo para os moradores.

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Se não houver lugares terei de pagar parquímetro uma vez que terei de parquear numa zona que não a minha, logo estarei a pagar para não ter de pagar parquimetros e terei de os pagar, logo estarei a ser burlado

Até há bem pouco tempo o problema não se punha.

Agora é que as coisas estão a ficar cada vez mais complicadas e a câmara não faz nada…