Auto-estradas Nacionais e Portagens

O que eu quis dizer é que não haveria grande interesse em comprar carros com grandes potências se não conseguissem andar a mais de 50 km/h nas localidades ou de 120 km/h nas auto-estradas. Para isso, qualquer carro serve. Até poderiam ser vendidos, mas as quebras nas vendas desciam a pique.

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Portanto nos EUA onde o controlo de velocidade é efectivo e musculado não se vendem carros com motores potentes … ???

Começaste por dizer que não havia ISV/IA em Espanha, para agora me vires dizer que tem valores mais baixos. Nunca discuti valores, disse apenas que existia um congénere ao IA em Espanha, como em todos os países da Europa. Não vou agora discutir valores, porque simplesmente não os conheço.

Já agora, sabes qual o país do mundo onde se paga menos impostos sobre o automóvel?
Venezuela, apenas uma curiosidade!

Em temos enviei um ofício ao presidente do IMTT exatamente colocando essas questões.

Atenção em qualquer caso que pode haver mesmo problemas de privacidade. Nunca sabemos como os dados são de facto tratados. Claro que hoje, com as apps da Google e da facebook em cada smartphone, parece que poucos ligam a isso, mas o tema muda de figura quando é o próprio estado a ter esses dados.

Vendem, talvez para as ultrapassagens e arranques. Em qualquer caso a sociedade de consumo americana, não é propriamente conhecida pela sua racionalidade. Lembro-me dos primeiros carros que consumiam 30 litros aos 100km.

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A questão da limitação da velocidade é mesmo um lobbie, e dos grandes, do sector automóvel. A limitação para os 120 km/h para veículos portugueses não me parece muito exequível ou mesmo útil. Alguém poderá dizer que vai frequentemente ao estrangeiro, para países com limites diferentes, o que implicaria estar a programar/desprogramar a centralina e, mais importante, não limitaria a velocidade dentro das localidades para zonas de 20, 30, 40, 50, 60 ou 70 km/h. Nem fora das localidades para 90 km/h. Etc. Portanto, em termos práticos, de pouco adiantaria. A questão da protecção de dados, seria algo que talvez fosse fácil de salvaguardar no caso da localização por GPS e limitação em função da localização, assim como a transição entre zonas para evitar cortes repentinos na potência do motor, etc. Isso sim, mexeria com os interesses instalados da industria automóvel e respectivos lobbies, mas talvez fosse a solução para, pelo menos, algumas centenas de mortos/ano em Portugal vítimas de acidentes rodoviários. Portugal não tem tomates, quer a nível político quer a nível cívico, e comemos o que nos enfiam pela boca abaixo sem pestanejar. Até nos conseguiram pôr a escrever com a ortografia brasileira (mais coisa menos coisa) e qualquer dia, a falar também. É triste, mas é uma realidade. Nem uma coisa simples, como autorizar a passagem de um traço contínuo para ultrapassar uma bicicleta, à semelhança de Espanha, conseguimos fazer. Às vezes dá vontade de emigrar. Irra!

Verdade! Mas há todavia muita sinistralidade por excesso de velocidade em AE e estradas nacionais, e nesses casos as velocidades em causa são sempre acima de 120km/h.

Claro que seria a solução ideal, e não só, mas também para fiscalidade. O IUC poderia ser muito mais refinado em função do local, hora, trajeto, etc. para que pessoas que nunca usassem o carro nem sequer pagassem IUC, por exemplo.

Mas neste caso, julgo que seria fácil deturpar a centralina. Basta veres que há já por aí no mercado negro uma série de pessoal que muda a centralina, para, poluindo muito mais, dar mais potência ao motor.

Deturpam a centralina porque é possível deturpar a centralina. Decerto que a tecnologia poderia arranjar uma forma de encriptação de dados de forma a não ser possível fazer “manigâncias”. Além de que. com a legislação apropriada, a multa a aplicar em caso de fraude (ou mesmo pena de prisão), poderia ter um efeito dissuasor adequado. Este esquema, possível é, mas os grupos de pressão (ACP, indústria, etc.) nunca deixariam legislar nesse sentido.

Os modelos mais recentes não permitem alterações do ECU sem ligação validada no servidor central da marca, portanto a tecnologia está lá e é do interesse da indústria restringir o acesso às configurações dos motores ao contrário do que queres fazer crer!

Peço desculpa mas eu não quero fazer crer nada nem fui eu que mencionei o facto da centralina poder ser alterada.

Agora combina com isto:

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The reason that electrical power and air travel don’t fail every time they get crowded is that we raise prices to manage demand. If things cost more, people use less of them. We all accept that airline tickets are more expensive during the holidays. And yet we miss that this very same, simple system of pricing could solve our congestion problem.
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Tentar aplicar as regras de mercado a produtos essenciais é no mínimo hipócrita. Neste momento os combustíveis são como o pão, se custar mais, cidadãos serão capazes de matar para obter pão ou combustíveis. É uma questão de sobrevivência.

Quando a economia liberal exige disponibilidade e mobilidade e se instala em locais sem transportes públicos não resta outra hipótese ao empregado senão ir de carro senão fica no desemprego e não sobrevive.

Infelizmente esses economistas de cartilha não conseguem perceber essa realidade, em geral porque vivem bem no centro da cidade e ignoram por completo a realidade de quem não tem posses para lá se instalar.

@Three também podias viver no centro da cidade, nao tinhas era direito a tantos metros quadrados. Não tem mal nenhum viver no extremo dos subúrbios para deter mais metros quadrados, não esperes é que os demais cidadãos tenham de suster essa opção individual.

E desde quando combustível líquido é um bem fundamental equiparado ao pão?

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Pagavas tu o custo disso? Não pareces fazer ideia da diferença de preço da habitação.

Pelo contrário, sou eu que pago pelas comodidades de quem vive no centro da capital. Esses “demais” cidadãos como lhes chamas são uma minoria privilegiada !

A partir do momento em que dependes dele para semear, lavrar, colher, produzir fertilizantes, conservar e distribuir alimentos ao consumidor, ou achas que a sociedade actual vive de uma economia agrária medieval ? Já para não falar de tudo resto, construção, medicamentos, etc.

Não querendo “picar” ninguém mas haverá estatísticas sobre a quantidade de portugueses que residem nos grandes centros urbanos vs periferias?

Simples, em Lisboa vivem 500 000, na periferia (AML sem Lisboa) vivem 2,3 milhões agora adivinha onde está a maioria ?

Ok. e há dados sobre quantos desses se movem para dentro dos grandes centros urbanos todos os dias (podemos usar Lisboa como exemplo)?

Pelo menos 50 % desses 2,3 milhões movem-se em direcção ao centro para o emprego, 500 000 para Lisboa Cidade e os restantes para os parques empresariais da Amadora, Expo, Sacavém, Odivelas, Oeiras, Lumiar.

Certo.
Eu coloco esta questão apenas para perceber o porquê de ficar “aborrecido” com as comodidades da Capital. No meu entendimento, salvo melhor opinião, numa cidade onde se movimentam milhares de pessoas e no caso de Lisboa provavelmente quase 2 milhões diariamente é normal que sejam criadas infraestruturas para receber tamanho afluxo e que sejam dadas as devidas condições a estas pessoas. Quem vive em Lisboa aproveita todas as comodidades que o centro criou e lhes oferece. Mas se pensar bem os moradores pagam um preço por estas comodidades e não me refiro apenas ao valor dos imóveis. Os níveis de poluição são altíssimos, o ruído é muito e quase nonstop, são bombardeados com turistas e níveis elevados de criminalidade. Penso que será assim em qualquer parte do Mundo.

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Acho que é precisamente o oposto.

O dinheiro é gasto na construção e manutenção independentemente de quem lá anda.

Meter portagens só serve para essas infraestruturas serem completamente subaproveitadas.

Nós pagamos à mesma. Percebam isso. Só muda o facto de que com portagens o dinheiro foi gasto para meia dúzia de pessoas usufruir.