Boas práticas para a construção de ciclovias

Pode ser “adversário”, “concorrente”?

Desculpem, apareci aqui para comentar só porque li o 3 todo politicamente correcto a criticar humor negro, e a querer fomentar uma “discussão construtiva”…

Vou para casa ver se já lá tenho a Salma Hayek à espera, que hoje parece que é o dia dos milagres.

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Eu alteraria o ponto 1 para “colocar ciclovias sempre a cotas diferentes da estrada e com delimitação física desta; possivelmente à cota do passeio”.

Para mim o importante é separar as ciclovias das estradas. As ciclovias são um grande incentivo a quem não se sente à vontade para andar juntamente com os carros, por isso devem ser feitas longe destes. Quem se sentir à vontade PODE continuar a circular na estrada.

Idealmente, devem estar também separadas dos passeios, mas não considero ser a prioridade. É que enquanto apanhar peões na ciclovia é um incómodo, é algo que está sob o nosso controlo. Já levar com um carro de costas…

O ponto 2… Para mim tudo o que não é passeio é espaço roubado ao peão. Se o passeio for largo e for mais simples construir a ciclovia no passeio, siga.

O ponto 4… A ciclovia deve ter sempre duas vias para ser possível um ciclista ultrapassar outro com facilidade. Portanto, o ideal é haver ciclovias bidirecionais em ambos os lados, se não houver espaço para 4 vias (2 de cada lado), faz-se 2 vias num dos lados, ou seja, uma ciclovia bidirecional num dos lados.

Essencialmente esses pontos parecem defender os interesses de quem já anda sem ciclovias, enquanto para mim as ciclovias devem ter em vista aumentar o uso da bicicleta como meio de transporte.

Por que é que as ciclovias devem estar à cota do passeio? Não devem, bem pelo contrário!

Mas não, as bicicletas podem andar na estrada, é esse o princípio, e a ciclovia serve exatamente para dar mais segurança ao ciclista, segregando-o dos carros.

Isso é a prioridade máxima. Colocar ciclovias junto aos passeios é criar conflitos completamente desnecessários com peões.

Não, não siga!

Os teus comentários, com o devido respeito, é típico de novato

Qual a cota destas ciclovias?

@rf17 mais uma vez peço-te para perderes 20 minutos e para leres este artigo

https://www.veraveritas.eu/2016/10/ciclovias.html

Como disse, parece-me que defendes ciclovias na perspetiva de quem já se desloca de bicicleta usando a estrada. O que tu pretendes são o equivalente a vias bus para bicicletas.

Dizes que os meus comentários são típicos de novato porque eu defendo ciclovias que realmente trazem novas pessoas para este modo de locomoção.

Quem já anda na estrada, é livre de o fazer. As ciclovias devem estar bem separadas das estradas para servirem de alternativa a todas aquelas pessoas que não se sentem à vontade para circular junto aos veículos motorizados e que de outra forma não utilizarão a bicicleta.

O que eu defendo serve a maioria das pessoas, o que tu defendes serve apenas a minoria que atualmente utiliza bicicleta.

Em nenhuma das regras citadas no artigo sobre as boas práticas para a construção de ciclovias, vês escrito que as ciclovias devem estar junto à estrada. Diz apenas que deve estar à cota da estrada, o que é bem diferente de estar junto aos carros.

  • Onde é que está a estrada com carros nesta foto desta ciclovia?
  • Porque motivo nesta ciclovia as pessoas terão medo de andar?

Digo que és novato, claramente, porque defendes medidas de novato, colocar ciclovias nos passeios, roubando espaço aos peões, que acentuam conflitos perigosos e indesejados.

Mas eu não disse o contrário. A haver ciclovia (nem sempre é necessário se houver moderação de velocidades dos carros), todas as boas práticas sugeridas perante tal ciclovia envolvem a sua segregação.

Não, não são vias BUS, porque os carros estão proibidos de circular sobre ciclovias, ao contrário das vias BUS.

As boas práticas baseiam-se na Holanda, o que tu defende pratica-se em Portugal. Onde é que há mais ciclistas?

Eu baseio-me em Sevilha.

“La red ciclista de Sevilla
Al contrario que el carril bici de Barcelona, la red de carriles bicis de Sevilla se encuentra completamente segregada del tráfico privado e incluso en la mayor parte de la red, elevada respecto a la calzada.”
https://svqenbici.wordpress.com/category/carril-bici/page/3/

Calzada em espanhol significa rodovia = estrada.

Obviamente tb tem algumas/muitas ciclovias em cima do passeio, mas quando lá estive não me pareceu que fossem mais que as que estão à quota da estrada…

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Escrito por mim há uns tempos:

"A cidade tem muitas ciclovias, mesmo mesmo muitas, mas nas grandes avenidas.
Pelo que me disse um taxista foram retirados muitos lugares de estacionamento nas principais avenidas para dar lugar a essas ciclovias.

Existem também muitas ciclovias em cima de passeios, mas muitas delas não influênciam o passo pedonal. E mesmo onde há muitos “conflitos” não parecem ser beligerantes. Como há mesmo muitas bicicletas a rolar os peões já sabem que não devem andar nas ciclovias.
(…)
Mesmo as zonas mais “antigas” onde não há ciclovias, há imensas infraestruturas para ajudar no uso das bicicletas
(…)
"

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Estão dizer que a maior parte da ciclovia está separada e elevada em relação à estrada.

É precisamente o que eu defendo!

Existe em Sevilha um misto das duas coisas, não há mais nem menos, a diferença é que quando é mais elevada não é a roubar passeios aos peões e é sempre contínua… Ao contrário do que se faz cá que são remendos e excertos. Mas em Sevilha há uma grande maioria de ciclovias segregadas à cota da estrada pois quando foi preciso fazer nas grandes avenidas não se retirou espaço aos peões mas sim o estacionamento, logo o custo de implementação também fica mais barato… Percebes?

Não são a roubar espaço ao peão?

A maior parte das ciclovias lá foram literalmente feitas no passeio. No entanto a maior parte dos passeios têm bastante espaço. Além de que as ciclovias têm tanto uso que os peões raramente circulam nelas.

Usar os passeios existentes para fazer ciclovias pode não ser a situação ideal, mas o facto é que isto permitiu construírem quilómetros de ciclovia em pouco tempo. Há ciclovias para ir a praticamente todo o lado.

Não se conseguiria encher a cidade de ciclovias se estas só fossem construídas quando uma rua ou avenida sofre obras profundas, como tem sido feito em Lisboa.

Mas esta discussão é um bocado estúpida porque eu não defendo que se faça ciclovias onde é passeio, eu defendo que se façam ciclovias segregadas do tráfego motorizado.

Por exemplo na Av. Rovisco Pais a ciclovia está “no passeio”, mas não se roubou espaço ao peão… Acho que essa questão em Lisboa nem se põe porque em boa parte dos passeios nem sequer caberia uma ciclovia.

A questão não está na cota, mas sim na separação, nem no roubar espaço ao peão, mas sim na existência de espaço suficiente para o peão.

Ainda não estive lá, mas esta nova ciclovia de Belém parece-me aquilo que defendo.

Está separada do tráfego motorizado e foi feita por cima daquilo que já existia, sem requerer grandes obras.

Ainda assim preferiria uma separação melhor nalguns locais e não me agrada a questão dos carros estacionados ao lado da ciclovia.

Esta ciclovia foi feita corretamente, à cota da estrada mas segregada e sem retirar espaço pedonal…

Depois evitar outro problema que é os passeios serem feitos de pedrinhas que não são confortáveis para os peões e estes havendo um piso liso preferem a ter de caminhar em passeios desconfortáveis.

Isso aliado à pouca cultura cívica de todos relativamente a esta novidade das ciclovias…

Resumindo: as novas ciclovias devem ser à cota da estrada, segregadas, sem retirar espaço pedonal mas se necessário retirar espaço automóvel. Percebes?

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Eu não percebo a insistência de ser à cota da estrada.

Para mim não é uma questão de cota mas sim de separação. A ciclovia deve estar SEPARADA da estrada. Ao dizeres que a queres à cota da estrada dá a sensação que a queres junto à estrada.

O facto de ser à cota da estrada não significa que não seja segregada… E a principal razão é para não ser usada como passeio para peões.
As fotos anteriores eram de ciclovias à cota da estrada segregadas em Sevilha.
Estrada para veículos.
Passeios para peões.
Uma coisa é uma coisa, outra é outra.
Percebes?

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O óbvio! Mas há quem insistentemente não queira perceber o óbvio!

Fotos do país onde mais se anda de bicicletas per capita, do mundo

http://i.imgur.com/omrLegn.jpg

E já agora, com todo o respeito pelo case study de Sevilha, bem sei que é um exemplo no panorama Ibérico, mas comparado com Holanda ou Dinamarca, ainda está muito longe em termos de percentagem de população que usa a bicicleta no dia-a-dia. Qual é o bike-modal-share de Sevilla?


E já agora, como é que isto pode ser considerado um bom exemplo? Em que planeta?

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O importante não é propriamente q seja à cota da estrada, mas sim q não seja à cota do passeio adjacente.

Sevilha é tida como um case study não tanto pelo modal share (5-6%, creio), mas sim por se tratar de uma cidade q não tinha cultura de utilização de bicicleta e o seu uso ser residual, e ter passado do praticamente zero para valores com alguma relevância em pouco tempo.
Isso foi conseguido devido à construção de uma rede de ciclovias, pensadas e planeadas desde o início para fazer parte de uma rede urbana e com um calendário de construção previamente definido.
O q é o oposto ao q acontece vulgarmente em Portugal, nos poucos locais onde acontece algo, em q as coisas são feitas sem se serem definidas para quê. Veja-se o caso de Aveiro, onde financiamento europeu será usado para uma ciclovia por o pior dos percursos possíveis, e sem ser integrada em rede nenhuma, nem actual (q não existe), nem futura planeada.

O sucesso de Sevilha mostra q esse sucesso é possível, mesmo em locais com baixa utilização da bicicleta. (Muitas vezes, ouvimos o argumento “cá não dá”).
O q se passa, é q mt decisores políticos por cá pensam q foram brindados a nascença com a sabedoria universal. E q nada têm a aprender!

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Exactamente Rui. O que é preciso é que para além das questões técnicas sejam infraestruturas com sentido, princípio, meio e fim… E não excertos e bocados desagregados.

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