Nas provas desportivas é mesmo por causa das quedas e das velocidades elevadas. Ninguém se lembra de fazer BTT sem capacete. E a BTT não envolve carros.
É ironia…o capacete não valer nada.
Mas, afinal, é ou não obrigatório? A Lei diz que sim, mas não? Já não percebo nada…
Está visto que os capacetes são um dos assunto predilectos neste forum. Não faltam opinadores!
Mas obrigatoriedade porquê? Eu ando ando quase diariamente de bicicleta na cidade desde 2005 e com médias, parando nos semáforos, de 17-19 km/h, mais ou menos. Já caí, mas felizmente nunca bati com a cabeça. Já bati com a cabeça noutras situações, incluindo em casa ou a correr no meio do monte em treinos ou provas de trail. Grande parte das lesões cranianas graves dá-se em acidentes de automóvel, mesmo com cintos, air-bags, etc. Porque deveria ser obrigatório usar o capacete em bicicletas e não a correr, em casa, a andar de automóvel, a andar na rua, já agora, ou em qualquer outro tipo de actividade humana? É algum fetiche?
Se as pessoas devem usar capacete? Sim, se se sentirem mais seguras e se, com o uso de capacete não se sentirem tão mais seguras que relaxem na sua segurança, ficando ainda mais vulneráveis por causa do capacete.
Já foi provado que os automóveis tendem a passar mais perto de alguém que leve capacete. Principalmente se for vestido com licra. Aliás, com pena minha, embora não use, já constatei que o “ódio” de alguns condutores incide quase exclusivamente em ciclistas que usam licra. Vá-se lá compreender a mente humana. E depois, logo em segundo lugar, nos que passam vermelhos!
Claro que existem situações onde o uso do capacete é fortemente aconselhado, embora não seja obrigatório. A fazer BTT em terrenos íngremes ou a fazer downhill. Mas aí, quem se lembra de fazer isso sem capacete?
Agora, em cidade? O capacete obrigatório? É um absurdo. E a prová-lo está o facto de não ser obrigatório em lugar nenhum do mundo excepto em algumas “chafaricas” onde essa e mais algumas excentricidades são a ordem do dia em termos de legislação.
Em que planeta ?
Novamente, em que planeta? Se se for um condutor gay!
Quanto à primeira questão (qual o planeta), este é o mais recente artigo (Fev 2019) de uma longa história desde um artigo originalmente publicado em 2007.
ou
Quanto à segunda, a minha afirmação é que constatei (o que inclui conversas com automobilistas, pesquisa de debates fora e dentro da internet, etc.; mas neste planeta diga-se). Não tinha propriamente intenção ou imaginação suficientemente tortuosa para inventar uma coisa destas. Simplesmente acontece. Ponto. Está constatado e apenas quem não tem relações sociais em que aborda estes temas, não se apercebe do facto.
É claro que, em caso de acidente em que se bata com a cabeça numa pedra, é melhor ter capacete do que não ter. O problema é outro, uma vez que, em situações normais (excluíndo o desporto), a probabilidade de cair e bater com a cabeça numa pedra é muito baixa. E, aí, outros factores, muito mais importantes, devem ser levados em consideração. É como obrigar as companhias de aviação a disponibilizar pára-quedas aos passageiros. E esperar que corra tudo bem caso o avião vá a cair e os passageiros comecem a saltar. É possível, se bem que muito improvável. Mas é exagerado, não é?
O mesmo se passa aqui. Se houver gente propensa a quedas por tudo e por nada, mesmo a passear na ciclovia, o melhor é usar capacete. Se não, não.
A Austrália não é um bom exemplo. Com menos gente a andar de bicicleta, é natural que os acidentes diminuam. Pode ser um caso de estudo de fracasso da implementação de um programa para aumentar os utilizadores de bicicleta…
Mas não nula, e tendo em conta a “qualidade” das ciclovias e vias onde se circula de bicicleta, e a existência de pedras por todo o lado (lancis, pavimento empedrado, marcos, etc) a probabilidade de encontro da cabeça com uma pedra é bastante elevada.
E no entanto disponibilizam coletes salva vidas mesmo sabendo que a maior parte das amaragens corre mal e o colete de nada serve.
Até posso concordar com a inutilidade de um capacete se conduzires um tadpole trike, mas essas são praticamente inexistentes!
Não pela minha experiência… Em cidade, ao longo de 15 anos de deslocações diárias para o trabalho ou circulação em cidade para outros fins utilitários (cerca de 43 mil quilómetros) lembro-me de ter caído uma vez por causa de asfalto molhado e com sabão, em que apenas arranhei uma mão. Talvez dependa das pessoas. Talvez haja quem necessite de capacete.
Agora no monte, a fazer BTT, já caí mais vezes (não muitas) e, mesmo aí, nunca bati com a cabeça em lado nenhum.
Realmente, já bati mais vezes com a cabeça a andar, a correr ou até parado, a levantar-me da cadeira em casa, do que de bicicleta (que não bati nunca). Fazia mais sentido pôr o capacete para ir correr ou até para andar na rua, do que para andar de bicicleta. Meço 1.83 m e já bati muitas vezes com a cabeça em sinais de trânsito baixos… Ou galhos de árvores no meio do monte a fazer trail!
Auch!
Pelo contrário! Dada a velocidade de um tadpole trike, e o facto de ser mais baixo e ser, por isso, menos visível para os carros, faz mais sentido usar o capacete nessa situação. Assim como faz sentido usar capacete em bicicleta de estrada em treinos de competição, ou no meio do monte a fazer BTT ou downhill. Agora, sugerir a utilização obrigatória de capacete em cidade, onde normalmente as velocidades são baixas e se as regras de trânsito forem cumpridas, a probabilidade de acidente é perto de zero, só pode ter 3 motivações: a) quem o afirma é sujeito a acidentes por inépcia a conduzir uma bicicleta; b) traumatismo por já ter visto/tido algum acidente grave; c) ser do contra porque sim só para lançar confusão (vulgo “troll”). Aliás, é uma opinião completamente desfasada do resto do mundo, onde apenas em alguns “buracos” o capacete é obrigatório.
Até na Austrália!
Portanto há fatores muito mais relevantes para aumentar a segurança dos ciclistas do que obrigá-los a usar capacete.
Ao fim deste tempo todo e de tantos Km… só caí uma vez (e por burrice minha…) e não bati com a cabeça. Aliás aquela queda foi tão wtf e estava onde não devia estar (no passeio… quem nunca?) que nem devia contar para a estatística loool.
A tua experiência individual não tem significado estatístico
Não tem resultado estatístico mas prova que existem indivíduos a quem o capacete de pouco serve (não devo estar isolado numa ponta da gaussiana) e assim, a obrigatoriedade universal não faz sentido.
Atenção que eu até dou de barato que os capacetes possam ser obrigatórios em crianças ou em contexto desportivo. Agora para as deslocações do dia a dia, é completamente bacoca a ideia. Já para não falar que apenas é obrigatório em 2 ou 3 países no mundo inteiro (o terceiro mundo ciclista).
Mas o three que não anda de bicicleta é que sabe…
Tens dados para isso ?
A obrigatoriedade faz sentido mesmo que permita apenas salvar 1 vida. Da mesma forma que levas vacinas de doenças a que muito provavelmente nunca serás exposto!
É a tua opinião
Sabes lá tu como é que eu ando !