O aço torna a bicicleta muito mais confortável. O aço é maleável e absorve as vibrações que advém das irregularidades do piso. O alumínio reflecte qualquer choque para o ciclista.
O peso parece-me irrelevante. 1 cm3 de aço é mais pesado que 1 cm3 de alumínio… mas quadros em aço usam menos cm3 de matéria. No fim, entre alumínio e aço Hi-ten, para bicicletas dentro da mesma gama, não haverá uma diferença de peso verdadeiramente palpável…
A minha de aço é mais pesada que a minha antiga de alumínio (diria que talvez em 1 Kg) mas a bicicleta é muito maior e tem mais apetrechos…
Eu uso pneus de 28 mm ao passo que na bicicleta antiga usava daqueles balloon (não sei precisar quanto era mas eram gordinhos…
É certo que ao mesmo tempo passei de rodas 26 para 28 (o que também contribui para um melhor conforto) mas é uma diferença grande ainda assim.
Pah no fundo (desculpem os dois posts seguidos) o que me parece é que o alumínio é um material que a indústria conseguiu convencer os consumidores de que é superior, por ser um material mais barato e fácil de trabalhar. A mim parece-me que a vantagem do alumínio é mesmo somente o preço…
O aço é mais resistente (é por isso que as tubagens das bicicletas em aço são mais finas, não requerem tanto material para sobreviverem ao tempo) mas enferruja enquanto o alumínio não.
Quando um carro me bateu por trás na bicicleta (fiquei fixe e o gajo assumiu a culpa… disse-se encadeado pelo Sol) fiquei com uma roda empenada e um guarda-lamas dobrado (que era em aço como o quadro). Ou seja, absorveu choque. Alumínio partia logo.
Claro que para aquele caso não tem relevância absolutamente nenhuma… mas isto para demonstrar a capacidade de absorção de choque do aço que torna os quadros mais confortáveis.
Isto foi só para explicar a minha posição quanto ao material da bicicleta e usado pela Órbita. Aço Hi-ten é o aço mais barato de todos mas continua a ser um material mais caro que o alumínio… e as marcas não usam materiais mais caros porque sim. Repara que até se trata de uma fixie… portanto o público-alvo tem alguma tendência a conhecer algumas características dos materiais, e os seus prós e contras.
Não é. O peso de uma bike em aço chromoly 4130 é idêntico ao de uma em alumínio 6061 mas este último é mais barato. Para obter a mesma resistência em em HiTen o peso aumenta significativamente.
Depois com qualquer tipo de aço vem sempre a praga da ferrugem que nunca surge no alumínio.
Vou ser sincero Queria uma bicicleta made in Portugal, por isso pensei na Órbita, e o modelo Lisboa pareceu-me a mais fixe para comprar. Todavia estou na Holanda, e isto aqui é mesmo muito húmido e chove constantemente, por isso, confesso que estou um pouco receoso de usar aço ou qualquer tipo de componente metálica.
O aço, desde que se mantenha todo ele com uma camada de tinta a cobrir a superfície… é virtualmente eterno.
Para enferrujar precisa de ter falhas na tinta.
Todavia estou na Holanda, e isto aqui é mesmo muito húmido…
Epá, eu traria um gazelle, uma batavus ou outra nederlandse fiets. É quase o meu sonho de consumo. O senão para mim foi o custo de transporte.
Quanto à conversa sobre aço… Tenho bastantes km em quadros de aço, mas também alumínio e carbon. Confirmo as vantagens do aço quanto a leveza, flexibilidade - no meu caso quadros reynolds 531 e vitus.
Hoje comprar um quadro de aço de qualidade (exemplo, com tubos Reynolds) fica caro.
Quando andei à procura de uma bicicleta e acabei por comprar a Felicidade tb queria comprar uma made in PT…
Exceptuando a Órbita e a Valdemiro, que mesmo assim muitos dos componentes nem são de PT, há memso muito pouca coisa… Acabei por escolher uma Coluer que é de marca espanhola mas feitas/montadas em Portugal, apesar lá está de muitos dos componentes não serem feitos cá…
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Andei a namorar uma série de bicicletas mas dado que gostaria mesmo de comprar uma made in PT, para ajudar de alguma forma a economia (pois, eu penso assim), acabei por reduzir muito o leque de escolhas. Inclusive os meus amigos “expertos” sempre me avisaram que já não há bicicletas feitas em Portugal e que mesmo as marcas nacionais são apenas montadas cá, o resto vem tudo de fora. Mas sempre é melhor, penso eu, comprar algo cá, a uma loja cá, montada numa fábrica cá, que mandar vir pela internet.
Mas pelo sim pelo não questionei a Coluer sobre a proveniência deste modelo, que prontamente me responderam por email:
“Relativamente aos modelos feitos em território nacional tenho o prazer de anunciar que neste momentos temos capacidade e montamos também todos os modelos em Portugal.
A montagem é quase exclusiva de material importado, pois a produção nacional de componentes de bicicleta é inexistente ou quase inexistente. No entanto, existe material que é comprado a importadores nacionais.”
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Este tópico fez-me ir ao sótão da memória para ir buscar as marcas e montadores nacionais de há algumas décadas para ver o que ainda existe ou surgiu novo.
Antes da minha última compra, também fiz esse exercício de tentar comprar made in Portugal. Encontrei demasiados constrangimentos e limitações.
O Raminhos também andou à procura:
A Esmaltina ainda existe e parece que tem diversos modelos diferentes. Website offline no momento…