Conduta e interpretação incorrectas de agente polícia de trânsito

Por causa das obras as vias estão muito mais estreitas do que o usual, estão pejadas de carros e havendo esta opção penso que é de aproveitar, ainda para mais que dá logo acesso ao percurso que havia antes das obras, além de a vista ser bem mais agradável…

Pode aproveitar-se, sim. Mas também pode não querer aproveitar-se e seguir pela estrada. Depende de cada um. Nenhuma dessas condicionantes deve dar livre trânsito para um abalroamento.

Cheguei a usar o descampado que o Freire refere, especialmente na minha antiga bicicleta (que era uma btt adaptada). Com a actual não gosto muito de usar essa opção porque é comum deparar-me com areias com as quais esta bicicleta não se porta tão bem. Mas sim, é uma alternativa que vejo algumas pessoas usarem.

Mas seja como for, aquela estrada é razoavelmente tranquila, o tráfego não circula a grandes velocidades.

Eu tenho uma bicicleta de cidade com pneus relativamente finos e não me deparei com nenhuma areia…

São pontos localizados que dão para contornar perfeitamente. Já lá não passo há algum tempo (desde o ano passado), pode acontecer que depois do Inverno o terreno tenha ficado mais “sólido”.

De facto, também me lembro de aquela estrada ter pictogramas de bicicletas estampados, mas naquele trânsito não reparei se ainda lá estavam. Mas é um bom item extra para referir na carta!

Já agora, Miguel, estou curioso. O que fizeste? Como se resolveu? Puseste a bicicleta às costas ou insististe em circular e foste detido? :smile:

:slight_smile: Na altura eu tinha deixado a bicicleta no passeio e fiquei, de pé, a apontar pormenores essenciais no telefone. Quando tinha terminado, depois de inspirar bem fundo, o trânsito tinha resolvido e o carro já lá ia, e assim voltei à estrada e continuei a minha vida. Eu por mim até tinha voltado a encontrar o agente para falarmos com mais calma num sítio onde não interrompêssemos a circulação!

Aqui sou da opinião do Pedro: o descampado não é uma alternativa viável. Não no sentido de não ser possível lá transitar (se bem que, por norma, evito, já que tenho pneus de estrada muito finos), mas no sentido de não ser digno ou correcto que essa seja a alternativa recomendada.

Muito interessante, obrigado pela clarificação. Desconhecia esta dualidade.

Passei lá hoje e efectivamente o sinal é este.

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Costumo fazer esse trajecto ao fim-de-semana, vou tranquila pela estrada de terra, o que não é o ideal para a bicicleta e muitas vezes acabo por derrapar. Se fosse com pressa, iria pela estrada. Temos o direito a andar pelas estradas! Se os polícias não sabem disso, deviam começar a ser chamados a atenção disso. Devias fazer queixa, já se sabe que no limite nada acontece.
Eu estou sempre a tirar matrículas de carros ou autocarros que me fazem razias e nunca chego a fazer queixa porque acho que não dá em nada. Mas acho que metendo agentes da polícia, o assunto é mais sério.

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Pensando melhor a zona é mais uma estrada de terra batida do que um descampado com alguns buracos suficientemente compactada para se circular sem problemas…

Antes referi descampado pois é bastante largo.

Há estradas de terra batida bastante piores…

Importa-se de explicar a falta de dignidade ou correcção em usar uma estrada de terra batida, ainda para mais com a possibilidade de desfrutar da vista sobre o Tejo?

Importa-se de explicar a falta de dignidade ou correcção em usar uma estrada de terra batida, ainda para mais com a possibilidade de desfrutar da vista sobre o Tejo?

Não foi de todo para que levasse a mal. Estamos todos do mesmo lado. Como tentei dizer, não se trata do caminho em si. Sim, já passei nesse interstício, tanto de bicicleta como a pé, e oferece-nos um estuário magnífico.

Queria dizer que não considero aceitável que, hipoteticamente, uma autoridade (polícia, ou autarquia, etc.) viesse dizer que não posso circular em estrada mas que “não faz mal” porque existe outro caminho. Por princípio. Mas também poderia ser por pragmatismo: se calhar quero virar para as antigas instalações da TSF; se calhar quero ir em direcção da Marechal ou subir a Pádua, e o caminho de terra condiciona-me; se calhar está a chover e quero cingir-me ao alcatrão.

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@inespascoal, às vezes fazer queixa resulta. A última que fiz teve este desfecho:

Exmo Senhor,
Relativamente ao assunto em epígrafe, encarrega-me o Exmo. Senhor Comandante da Divisão de Trânsito - Intendente João Carlos Gonçalves Amaral, de acusar a receção do email infra, o qual mereceu o melhor acolhimento, tendo sido alvo de apreciação.
Perante o exposto, e reunida toda a informação e documentação necessária, somos a informar que foram dadas instruções para serem emitidos Autos relacionados com as infrações referidas.

Vale sempre a pena denunciar. Um email para a PSP com a descrição dos factos, em geral, dá inicio ao processo.

Cumprimentos

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Se a imagem que o @Herculano_Rebordao publicou se refere ao local em causa, havendo um sinal que proíbe a circulação de bicicletas penso que o assunto está resolvido e o agente da autoridade fez o que lhe competia.

Seja como for para quem vem do Parque das Nações e pretende continuar a circular na ciclovia a estrada de terra batida é sem dúvida a opção mais rápida e mais curta uma vez que não é necessário atravessar duas vezes a via de transito que se dirige para o Parque das Nações…

João, apenas um reparo, o sinal que o Herculano publicou é referenciado no código da estrada como :

D13e — fim da pista obrigatória para peões e velocípedes: indicação de que terminou a pista obrigatória para peões e velocípedes;

Ou seja, não indica que a circulação de velocípedes é proibida a partir dalí, mas sim a utilização da pista deixa de ser obrigatória.

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Sim, concordo…

Seja como for pela fotografia dá para ver que o local não é propriamente muito amistoso para a utilização da bicicleta pelo tráfego (volume e tipo com camiões de grande dimensão), largura de vias muito reduzida e delimitadores de obras que impedem uma escapatória em situação de perigo.

Não me surpreende que se tenham enganado no sinal…

Eu tendo uma opção nunca me aventuraria por esse funil potencialmente perigoso…

Já usei aquela estrada algumas vezes e não a achei perigosa… as velocidades praticadas não são altas e as vias não são de largura assim tão reduzida, são de largura normal digamos. Acho que poderiam se ter enganado no sinal na medida em que não percebo porque motivo faz referência também a pista obrigatória para peões… a ciclovia que antecede o local não é partilhada, e existe um passeio em toda a área.

Eu só passei de carro e não me pareceu grande espingarda…

De bicicleta preferi não arriscar e ir pela estrada de terra batida…

competia-lhe aprovar e justificar a atitude criminosa da motorista?

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