Conduta e interpretação incorrectas de agente polícia de trânsito

O sinal em questão era um D13e, e não C3g, de maneira que o agente não tinha razão quanto a se eu poderia ali circular.

Para além disso, o agente claramente não tinha razão na sua atitude, desvalorizando comportamentos agressivos de automobilistas, introduzindo a sua própria opinião (“querem igualdade”), e na forma (não se identificou, não especificou se estava em serviço ou não).

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Como é que está a denúncia? Precisas de ajuda com o texto?

Tal como eu fiz confusão entre sinais, eventualmente o agente de autoridade também terá feito…

Seja como for volto a frisar que no local em concreto se calhar deveria estar outro sinal dado o perigo para a circulação de bicicletas…

A mim não me apanham lá, não sou suicida…

Não vejo como se possa fazer confusão… as características são universais ao sentido de qualquer sinal no CE: Sinal redondo de fundo branco e vermelho no limite: trânsito proibido; Sinal redondo, de fundo azul e com um traço vermelho: fim de determinada obrigação. Não tem nada que enganar… isto não é exclusivo a sinais direccionadas a velocípedes ou a peões, antes segue uma lógica universal a toda a sinalização vertical. O polícia conhece bem estas regras elementares concerteza, teve foi maior propensão a mandar vir com o ciclista, como muita gente tem, e no seio disso esqueceu-se do que viu lá para trás. Se é que viu.

Suicida por se transitar ali? Até eu que sou um “maricas” no que compete à escolha de estradas por onde andar acho aquela tão tranquila :confused:

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Pela fotografia que foi colocada dá para ver que de tranquila não tem nada devido ao fluxo de transito e ao elevado número de veículos de grande dimensão…

Tem, sim, as velocidades praticadas são baixas. Tomara que todas as ruas em Lisboa fossem como aquela.

Tem assim tanta necessidade de referir que quem pedalar ali é suicida?

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Se é o que penso muito graças aos camiões, a largura das vias devido à obras, etc, porque raio não hei-de escrever?

Para além de eu considerar como um local perigoso, para quem vai e principalmente para quem vem do parque das nações nem é a opção mais rápida e curta…

Há sempre uma outra solução… tornar o trânsito proibido naquela estrada a veículos motorizados e tornar obrigatória a sua circulação pelo “descampado”. Ah espera… caía o Carmo e a Trindade.

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Ainda não pude sentar-me com o tempo que isto merecia para passar à denúncia. Vou tratar disso hoje, sem falta! Se surgir motivo, venho chatear-te, Pedro. :wink: Obrigado por ofereceres ajuda.

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Se é o que penso muito graças aos camiões, a largura das vias devido à obras, etc, porque raio não hei-de escrever?

Para além de eu considerar como um local perigoso, para quem vai e principalmente para quem vem do parque das nações nem é a opção mais rápida e curta…

É a sua opinião, João, com todo o direito que tem de a ter. Eu não vejo perigo nenhum naquela estrada — precisamente pelas circunstâncias que reduzem muito a velocidade do tráfego, como aliás mencionei na publicação original, que inclusive levava a que muitos poucos tivessem de me ultrapassar, e aqueles que ultrapassavam deixavam grandes margens de segurança. Em contraste, tantas avenidas do centro da cidade, que se esperariam mais transitáveis, são bem mais ameaçadoras.

No entanto, a insistência no debate sobre se aquele troço é perigoso ou não é contraproducente, e isto por duas razões:

  • porque dispersa a conversa, tirando o foco na legalidade e na abordagem do agente;
  • porque a interpretação subjacente demasiadamente fácil de fazer é: “pôs-se a jeito”. Legal e pragmaticamente eu posso e quero circular naquela estrada, ponto final. Não é como se eu estivesse no Eixo Norte–Sul — estava numa estrada com uma via para cada lado e uma velocidade de circulação média de 30–40 km/h. É como quando sai uma notícia sobre um atropelamento fatal em que o condutor do camião ia a 80 hm/h a queimar um semáforo e a notícia acaba com “o peão vestia roupa escura” ou “o ciclista ia sem capacete”. Victim blaming. “A rapariga ia de mini-saia.”

Já por ventura terá pensado que a posição do agente terá a ver com a perigosidade do local?

Já pensou que passar ao lado dos camiões com atrelado é mais do que potencialmente perigoso para os ciclistas pois estes podem ser esmagados pelo camião devido ao condutor poder fazer uma manobra sem se aperceber do ciclista?

Um local que coincide com entrada do porto de Lisboa com uma frequência de camiões monstra é perigoso para os ciclistas, diga o que disser.

O que não é proibido, é permitido. Não é proibido circular de bicicleta naquela via segundo parece se ter demonstrado pela análise da sinalética. Ora, se não é proibido e portanto é permitido, um agente de autoridade tem a obrigação de assegurar o exercício dos direitos.

Se a via é considerada perigosa é outra conversa. De qualquer forma, onde uns vêm gigantes, serão gigantes. Onde outros vêm moinhos, serão moinhos.

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Já pensou que passar ao lado dos camiões com atrelado é mais do que potencialmente perigoso para os ciclistas pois estes podem ser esmagados pelo camião devido ao condutor poder fazer uma manobra sem se aperceber do ciclista?

Não vi nenhum camião com atrelado quando passei na rua. Nenhum pesado esteve perto de mim, estive apenas rodeado de ligeiros, todos eles vendo-me. Nunca “passei ao lado” de ninguém, muito menos camiões, porque sei o que faço e o meu primeiro objectivo é fazer-me ver e ser previsível. Não faça presunções sobre o meu comportamento na estrada ou sobre as condições de circulação e confie no meu parecer de que eu não estava a pôr-me em risco.

Já por ventura terá pensado que a posição do agente terá a ver com a perigosidade do local?

O agente nunca revelou qualquer preocupação com o meu bem estar, nem nunca falou no aspecto da segurança — minha e dos outros. E, mais uma vez, esse não é argumento: o que é facto é que ele desvalorizou as acções da condutora em falta ao ponto de legitimar o comportamento dela em resposta à minha presença ali, alegadamente ilegítima.

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@Ivan, @mig6800, é a vossa segurança, cuidem-se

A mim não me apanham lá…

Antes de haver ciclovia ali, passei um ano a fazer a rua da cintura interna do porto de Lisboa, todos os dias, debaixo de chuva sol e vento. É uma rua sobretudo para camiões. O que posso testemunhar é que o perigo, pelo menos nesse ano, vinha dos ligeiros que passavam a altíssimas velocidades e, por vezes, a rasar, a ponto da deslocação do vento causar desequilíbrio. Os camiões, pelo contrário, sempre a baixa velocidade e quando me ultrapassavam afastavam-se bastante de mim. Durante um ano não tive uma única razão de queixa dos camiões, lamento. Talvez tenha tido sorte com os gigantes. Admito que sim.

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Os camiões são os utentes da via pública que menos me assustam. Eu para me deslocar para as minhas obrigações faço uma estrada que também é muito movimentada de camiões, e são de longe os que têm a condução mais segura, mesmo tendo em conta que conduzem um veículo mais mortífero. Dão-me sempre muito mais distância nas ultrapassagens que os ligeiros.

Na zona em causa não ter que se usar a estrada é uma não opção… para quem pedale à chuva, vai fazê-lo na lama para passar ali? Já passei nessa rua algumas vezes e acho-a bastante mais segura do que, por exemplo, a Avenida da Índia, Brasília ou 24 de Julho.

A título de curiosidade, porque falaram nisso e talvez nunca tenham reparado nisto: por acaso é legal pedalar no Eixo Norte-Sul lool… embora claro… acho que é preciso um certo grau de loucura para o fazer.

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Eu todos os dias com chuva ou sol faço uma parede em gravilha em Monsanto pelo que iria sempre pela estrada de terra batida…

A questão dos camiões é alguém ir a ultrapassar um camião numa situação de engarrafamento, o camionista não se aperceber e durante o processo de ultrapassagem fazer uma qualquer manobra que coloca a pessoa em risco.

Já agora, a deslocação do ar realizada por um camião é muito superior à de um carro podendo levar à projecção do ciclista.

A mim não me apanham lá pois prefiro usar o caminho de terra, ter uma boa vista, andar menos, não ter de esperar para atravessar uma faixa duas vezes se vier do Parque das Nações e não ter de dividir o espaço com camiões…

Ninguém ultrapassa camiões nessa estrada… não têm espaço para o fazer e o camião terá sempre outros carros à frente. Você pode ir por onde quiser. Só achei desmesurada a utilização da palavra suicida…

Estou outra vez com aquela sensação de brain freeze.

@mig6800, sempre às ordens. A ajuda mantém-se. :wink:

Sintomático de termos um país completamente desenhado para o carro.

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