Prezados, mesmo considerando que a ideia poderá ser pouco aprazível, considerando que existe uma correlação histórica entre ambientalismo e anti-nuclear, considerando que a bicicleta é indubitavelmente um meio de transporte sustentável e respeitador do ambiente, julgo que posso expressar, com o devido respeito por todos, aqui a minha opinião sobre a questão nuclear.
Há um documentário sobre a falácia do nuclear, que recomendo que vejam. Dêem o benefício da dúvida:
Mas na prática advoga-se, que “de facto”, ou voltamos todos um século atrás no consumo energético, ou lutar contra o nuclear é na prática advogar mais energia de origem fóssil, visto que as renováveis não conseguem substituir todo o consumo da rede, pelo menos em países com consumos gigantes como os EUA ou China. As barragens também levantam uma série de problemas ambientais e uma rede elétrica, por questões de estabilidade, não pode funcionar apenas a energia eólica.
O automóvel e a poluição do ar provocada pela queima de combustíveis fósseis, mata muitas mais pessoas que o nuclear, mas mesmo muitas mais. Mas tal como num desastre de avião ficamos todos muito chocados com as imagens, o mesmo acontece com os desastres nucleares (dois na História do Homem); mas ignoramos que estatisticamente o avião é muito mais seguro que o automóvel, e que o nuclear mata mesmo muito menos que as energias fósseis.
Acho que precisamos mais uma vez de ser racionais, de apelar ao racionalismo. Nada no mundo é seguro, tudo tem um risco, e está por provar que a energia nuclear envolve mais riscos epidemiológicos que o fóssil, bem pelo contrário, e o fóssil tem sido de longe a alternativa. Já para não mencionar as alterações climáticas de origem antropogénica, também com consequências a muito longo prazo. Reparem que não evoco questões económicas, mas meramente ambientais. O que é e sempre foi um cancro para o planeta foram as energias fósseis, não o nuclear.
Boas pedaladas e desculpem o desabafo em contra-corrente!
