E porque não utilizar mais a bicicleta?

Aveiro é uma cidade com enorme potencial para a utilização da bicicleta como modo de transporte. Contudo, as dificuldades para o seu uso - ausência de infraestruturas adequadas e o perigo rodoviário incidente sobre os ciclistas - têm-se lamentavelmente mantido ao longo do tempo.
A Câmara tem, no entanto, agora a possibilidade de implementar algumas soluções no sentido de minorar e resolver parte dessas dificuldades, contribuindo assim para as vantagens individuais e colectivas de uma maior utilização da bicicleta e redução do automóvel em Aveiro.

– Artigo do Nuno Troia, hoje (19-04-2018) no Diário de Aveiro.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10216046907868644&set=a.10201846641550861.1073741828.1327518714

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Ele fez ou faz parte da Associação Cicloeixo?

Até Braga, não sendo uma cidade totalmente plana, tem um enorme potencial para a bicicleta.
Ao contrário do que muitos pensam, a bicicleta substitui totalmente o automóvel. Fui ontem trabalhar de bicicleta e fiz 12 km sem qualquer problema. O único problema, esse sim, foi o fumo dos escapes, mas para o qual já encomendei uma máscara para PM2.5, as partículas que pior me fazem (tenho rinite alérgica e sinusite).

Infelizmente, como ontem um motorista da TUB concordou, não há só carros eléctricos…

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Como dirigente, q eu saiba não.
Mas talvez faça parte como associado, como mt outras pessoas.

Eu conheço-o é como dinamizador dos Aveiro Night Runners.

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Uma novidade para ti, as particulas PM2.5 não são produzidas apenas por escapes. existem particulas decorrentes da utilização de travões, rolamento de pneus e desgaste do pavimento para as quais todos os veículos contribuem sem excepção.

Sim, a escala de emissão é comparável e tudo! Tens uma imaginação…

É verdade, Eu cada vez que travo até me engasgo tal o tamanho das partículas que os meus travões mandam! E o cheiro daquilo??!
Já cheguei a pensar até em deixar de andar de bicicleta por causa disso… é que não deve ser nada bom para a saúde.

Sim, é. As emissões de PM de veículos diesel com DPF conseguem ser ligeiramente inferiores por Km percorrido do que as fontes que referi
PM10

PM2.5

Para o caso de não perceberes, resuspension são as partículas depositadas no solo que são atiradas para o ar pelo facto de passar um veículo.

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Three, PM10 não é igual a PM 2.5, mas ok…

O segundo diagrama é das PM2.5

Ok, então vai lá ler o teu texto. Desculpa mas nem vou argumentar contigo.

Three, responde-me com sinceridade, nada de divagar e multiplicar a resposta para fora do objectivo.

Se estivessem a planear uma ETAR, uma incineradora de resíduos hospitalares e uma refinaria de petróleo na tua região, estarias tu no direito de proteger a tua qualidade de vida e protestar?

Responde só mesmo a isto

Evidentemente que sim. Apesar dessas infraestruturas servirem muitos habitantes e normalmente ninguém as querer por perto existem impactos locais, se bem que o mais gravoso seria o da refinaria.

A questão com os automóveis é diferente, é que a sua posse e utilização é considerada parte integrante da qualidade de vida pela maioria da população e tendo em conta que boa parte dela ainda tem na memória uma época difícil em que não tinham transportes para nada nem para ninguém, o automóvel surgiu como algo libertador e não vais conseguir apagar essa percepção e muito menos convencê-los a regressar a um modo de vida ancestral.

Three, se a tua casa, fosse ao lado da segunda circular, achas que o carro,
seria libertador para ti?

Sempre que abrisses a janela, a tua percepção de liberdade era capaz de
mudar um bocadinho…

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Evidentemente que se a minha casa fosse ao pé da segunda circular não iria usar carro diariamente.

A nossa liberdade acaba, onde começa a dos outros.

Respondeste exactamente como eu queria.

Estás a alinhar-te com a minha ideia de uma sociedade mais “justa”, isto é, o facto de eu tomar uma atitude para mudar algo que está mal, vai ter um peso pequeno, mas quantos mais mudarem, algum dia teremos uma mudança efectiva.

A liberdade de ter uma viatura não pode ser negada a ninguém, mas cabe a cada um ter a responsabilidade de a utilizar num caso em que não tem alternativa. Há gente a pegar no carro e andar 100 metros para ir comprar pão, há quem saia à noite e anda 400 metros, pais que enchem os centros das cidades para ir buscar os filhos (com autocarros à porta), multiplica todas as viagens por comodismo, adiciona as más escolhas de carros (um Smart pesa muito menos que um BMW 735, logo mais eficaz), eleva ao quadrado a resistência à mudança das marcas para apenas carros eléctricos/GPL.

Resumindo, eu, ciclista activo, que utilizo o carro para deslocações de grandes distâncias, que ando a pé quando vou ao centro com a família, que compro muitos produtos à porta ou na mercearia perto, tenho o cheiro da ETAR de Frossos (sei que tem de ser), tenho de lutar para não ter uma “chaminé” de fumo da cidade para tirar a minha qualidade de vida quando os outros não se preocupam comigo nem com eles próprios. Por isso, ter um automóvel poluidor ser exemplo de qualidade de vida é um paradoxo.

Acho que qualquer pessoa percebe as más escolhas que faz mas acha-se na liberdade de escolher mal.

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Não percebo qual a relevância dessa afirmação neste contexto

evidentemente

Conheço muitos qu epegam no carro para fazer 1, 2 e 3 km por dia, inclusivé pegam no carro para percorrer 500m para irem ao ginásio, totalmente absurdo.

Para alguém que vive numa aldeia a 10, 15 km do centro mais próximo ter um automóvel é de facto uma melhoria da qualidade de vida. Claro que tal nºao se aplica aos centros urbanos

Eu diria que muitos nem têm a noção das escolhas que fazem.

Vá lá Three, tenho a certeza que consegues chegar lá…