Primeiro, o contexto. O meu objetivo era 100% utilitário: veículo de transporte para o percurso casa-escola-trabalho-casa (levo o miúdo à escola). O meu termo de comparação era a GIRA elétrica, a única e-bike que tinha usado antes, ou seja, o meu nível de exigência era baixo. Não pretendia gastar demasiado para uma primeira e-bike.
Como percebo 0 de bicicletas, decidi primeiro falar com um especialista, o meu amigo Nuro Carvalho. Foi tremendamente útil: nas dicas para a escolha de bicicleta; nos cuidados a ter quando se pretende ir de bicicleta para o trabalho; na sugestão de oficinas. Um sincero obrigado, Nuro!
Acabei por decidir comprar a RadRunner, da Rad Power Bikes, incluindo alguns acessórios, como pára-lamas e o banco para o miúdo.
A bicicleta chega praticamente montada. Mesmo um novato como eu conseguiu montar facilmente a bicicleta e acessórios, sendo que levei-a posteriormente a uma oficina apenas para validar que estava tudo bem e afinado. Estava, o que demonstra a facilidade de montagem.
A bicicleta tem uma posição de condução bastante confortável e é tão multifacetada quanto esperava: o miúdo (10 anos) adora ir à pendura e também é robusta o suficiente para levar carga ainda com alguma dimensão. Não é uma cargo bike, é certo, mas também não envergonha.
A bicicleta é pesada, mas como o meu termo de comparação é uma GIRA, parece leve como uma pena. Em terreno liso, mesmo alguém fora de forma como eu consegue pedalar sem apoio do motor durante largos quilómetros. Agora se aparece uma subida, mesmo que suave, o motor é essencial.
Nunca esgotei a bateria, mas posso dizer que faz pelo menos 50/60 quilómetros, com algumas subidas íngremes pelo meio (ou não estivessemos a falar de Lisboa). Isto sem usar o apoio máximo do motor, excetuando nessas subidas mais exigentes.
A bicicleta não tem amortecedor nem mudanças, certamente para baixar o custo. É claro que o conforto é menor, mas para o tipo de percurso que faço, sensivelmente 11km de cada vez em terreno bom na maior parte do tempo, quase não dou por ela.
A RadRunner é uma fat bike. Se por um lado não será o ideal para uma utilização citadina, por outro é garantido que nunca vou enfiar a roda em carris, como já me aconteceu no passado…
Infelizmente, devido à pandemia, tenho estado em teletrabalho praticamente o tempo todo e usei-a menos do que o queria. Dito isto, estou ansioso que todo este contexto desapareça, por todas as razões. Usar a RadRunner é uma delas.
Seguem umas fotos. Nas fotos, a bicicleta está sem a bateria.
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