Mini-série Chernobyl - mais uma asquerosa propaganda do Petróleo

E é por isso que adoro psicologia evolutiva.

Temos medo de andar de avião, mas não temos medo de andar de carro quando o carro mata muito mais; temos imenso nojo de fezes de estranhos, mas não temos nojo de cianeto, quando o cianeto é muito mais letal; temos medo de grandes vespas; mas não temos de metralhadoras; temos medo da energia nuclear, mas não temos medo do petróleo nem do carvão; temos medo de viver junto com imigrantes, mas não temos medo de viver junto a poluição do ar ou amianto.

Esta mini-série da HBS Chernobyl “mata dois coelhos de uma cajadada”; por um lado ridiculariza com todo o sistema comunista fazendo assim um serviço de propaganda ao capitalismo made in USA, e por outro, incute na opinião pública um medo irracional pela energia nuclear. Mas o factos falam por si:

É aquilo que se denomina de anacronismo antropoevolutivo do medo!

O que tenho ouvido é que o efeito mais directo da série foi promover o Turismo em Chernobyl e restantes áreas afectadas pela radiação.

Estranho e suspeito…
Existe algum observatório ou entidade europeia que observe os níveis de radiação ambiental pós chernobyl?
Tanto à época como agora através do modelo publicitário é visível o padrão de disseminação da radiação pela Europa.
Acontece que não existe muita informação sobre isto nem se existe alguma relação directa com o aumento de casos de cancro nos últimos vinte anos.
O mesmo vejo no incidente de Fukushima onde o acesso aos níveis de radiação não é propriamente acessível a qualquer um.

1 Curtiu

O caso de Tchernobyl em 1986 foi tratado com muito secretismo pois ainda havia guerra fria e as centrais tambem tinham essa função de produzir plutónio militar.
Pessoalmente, não sou a favor desse tipo fonte de energia , pois tem riscos insuportáveis e, contrariamente ao que se pensa, tem custos elevadíssimos pois nunca se inclui no preço do kw, os custos de desmontagem das centrais e tratamento dos resíduos.

Agora revelou-se um comunista convicto ! Ai a propaganda Americana, esses demónios!!!

Nem fazes ideia do que dizes sobre a energia nuclear e seus riscos. Mais verborreia de sofá para quem está bem instalado e não tem de se preocupar em obter a refeição seguinte!

A indústria da produção elétrica do nuclear é a única que trata dos seus resíduos e incute esse preço no kWh. A do fóssil lança tudo para a atmosfera, ou porque motivo achas que a produção pela via do carvão é tão barata.

1 Curtiu

Fukushima não está sob secretismo e tem hoje níveis de radiação perfeitamente aceitáveis.

Parece que sim…
Quem pode contestar dados oficiais?

Perfeitamente inofensivo

Passou-se completamente. A autofobia crónica está-te a dar cabo dos neurónios!
A indústria nuclear não trata resíduos, armazena-os! Uma herança pesada para as gerações vindouras !

E na tua imagem parva poderias substituir o carro pelo condutor humano, afinal os automóveis são apenas objectos sem vontade própria!

1 Curtiu

https://www.nationalgeographic.com/animals/2018/07/chernobyl-wolves-radiation-mutation-animals/

Pois , por isso há uma zona de 30km a volta que foi evacuada . Eu não defendo, longe de mim , a produção de energia por combustíveis fosseis. Mas o preço do nuclear não é aquele que se diz. Melhor prova: explica me como reciclar plutónio 239…

O problema começa na pergunta. Engraçado como ninguém pergunta como reciclar carvão queimado lançado para a atmosfera, ou petróleo refinado e queimado.

E tens várias soluções, esta feita por Finlandeses, dos povos “mais amigos do ambiente”

@jmpa ok, há lobos com mutações genéticas, e? Sem mutações genéticas não estaríamos hoje aqui, chama-se evolução por selecção natural.

@Jose_Quinteiro esse artigo não é oficial, foi espalhado pela web e tem imagens falsas feitas por artistas (essa imagem da alegada radiação no mar).

É mais verídico por aqui:

Eu não digo que o nuclear não tem riscos, agora não vejo como possamos substituir a produção energética baseada nas fósseis, essas sim muito mais letais. Eólica e solar são obviamente preferidas, mas não vejo como podemos ter o mundo todo alimentado a eólica e solar.

Não podes reciclar o produto de uma combustão simplesmente porque não existe nada para reciclar. Tens apenas um compostos químicos sem energia aproveitável como o CO2 e o SOx. É esse o objectivo da combustão, obter energia.

Com o nuclear é muito diferente. O processo arcaico de fissão utilizado gera muitos subprodutos radioactivos sem utilização prática com a tecnologia actual. Não existe nenhum processo de reciclagem efectivo, apenas propostas como o reactor de fissão a laser teóricamente capaz de usar o “lixo” actual como combustível para produção de energia. O objectivo é obter subprodutos com Half-Life curtos com máximos na dezena de anos. Nada mais pode ser feito senão esperar que os elementos decaiam naturalmente e para isso são armazenados em estratos geológicos considerados “seguros” à luz do conhecimento actual. O problema é que para os longos períodos de decaimento não existem garantias.

No caso particular do Pu 239, tem uma Half-life de 24110 anos no qual se transforma em U235, e resulta do bombardeamento de U 238 com neutrões. Como regra de segurança deve-se esperar 6 half-life periods até se considerar o material como seguro. No caso do PU 239 dá 150 000 anos.

image

Isso é altamente discutível. A evolução não depende apenas de mutações mas de adaptações ao meio ambiente e a maioria da mutações provocadas por radiação ionizante são disruptivas e apenas permitem seleccionar os espécimes resistentes à radiação.

1 Curtiu

A energia nuclear tem apenas, a meu ver, 2 vantagens: nao emite co2, o que é importante e…ja existe a funcionar.
Agora a questao é se vale a pena investir nela.
Actualmente nao se pode parar de um dia para o outro e ainda é precisa.
Mas se formos menos “consumistas” e aceitarmos uns anos de transiçao, acredito que se pode atingir 90% de electricidade de origem “verde”.

1 Curtiu

“… não vejo como podemos ter o mundo todo alimentado a eólica e solar.”

Não é coisa de outro mundo descentralizar em unidades de produção e autoconsumo.
Em vez de uma central de energia imagina milhares de pequenas unidades contribuindo para a infraestrutura local.

1 Curtiu

O “lixo” é diferente, os resíduos são diferentes, mas o princípio ecológico subjacente é exatamente o mesmo. A indústria da energia nuclear trata dos seus resíduos, e armazena-os em depósitos profundos sob várias camadas de chumbo e meio quilómetro de rocha, para evitar a radiação. Claro que não é 100% seguro, nada é 100% seguro, neste caso considerando os enormes tempos de meia-vida, pode haver deslocações das placas tectónicas que colocam em causa os depósitos. Mas mais uma vez, como é feito com o carvão? Com a queima de gás? Com a queima de fueóleo? Bem poderiam arranjar tecnologia para armazenar os gases resultantes da combustão, comprimí-los num depósito de alta pressão e depois libertá-los em local próprio, como fazemos com o lixo. Não seria tecnicamente impossível. Nem isso, nem sequer a indústria do carvão paga pelas externalidades que provoca no mundo.

Assim como o meio natural apenas seleciona as mutações que se adaptam ao meio ambiente, por isso os ursos nos pólos são brancos e nas florestas são pardos.

Interessante que os nórdicos, dos povos mais amigos do ambiente, não vão nessa tanga do “medo anti-nuclear”.

Já os EUA, ou mesmo o resto da UE, onde o lobby anti-nuclear é muito mais forte, os resultados são “muito menos verdes”

http://ec.europa.eu/eurostat/cache/infographs/energy/images/bloc-2/bloc2b-production.png

Não digo que seja impossível, mas imagina o kWh passar para o dobro, o triplo, ou muito mais. Agora vê a contestação social que já existe em torno do preço da electricidade, e imagina o que seria se custasse o dobro. Vivemos em sociedades demasiadamente consumistas, é certo, também não o nego.

1 Curtiu

“”""“A indústria da energia nuclear trata dos seus resíduos, e armazena-os em depósitos profundos sob várias camadas de chumbo e meio quilómetro de rocha, “””"
Isto ela ainda nao o faz bem. Assim que ela o fizer bem, é certo, vai ser uma energia muito muito cara. Os alemães , país nordico, decidiram parar com esta energia. Repara q nao falo de medo do nuclear, mas de custos.

1 Curtiu

Quais custos? Todas as fontes que vejo não apontam para custos exorbitantes, bem pelo contrário

Aí estás a falhar bastante. Falta-te a forma mais barata.

Pois nesses estudos nao foi incluido o custo do tratamento e armazenamento dos resíduos pois ninguem os quer perto do seu quintal e ainda nao se sabe o que fazer deles.
Sem falar do custo da desmontagem de uma central atomica. Hà umas a serem desmontadas… há mais de 20 anos… e ainda nao acabaram.

O futuro nesta tecnologia seria centrais que produzissem poucos resíduos ( reactor de sais liquidos , por ex, ja testado) ou esperar tratamento por plasma dos isotopos residuais.

A quarta, 19/06/2019, 10:21, Aónio Eliphis via Fórum da MUBi [email protected] escreveu: