A Dinamarca é o país do mundo (salvo erro) com a maior parcela de renováveis, e o resultado é este
Conseguem a solar e a eólica por si só suplantar as fósseis na geração de energia? É essa a grande questão! E não nos esqueçamos que as renováveis já são - e ainda bem - altamente subsidiadas.
E quanto pagam os dinamarqueses pela sua energia? Só estão no topo da UE
É preciso ter calma com o argumentário; “underpriced” não significa subsidiação direta, significa que não estão a pagar pelas externalidades, o que é algo diferente.
Falar em subsidiação de um produto cuja carga fiscal supera os 60% é ser idiota ou querer gozar com o pagode. Mas se queres contar com as “externalidades”, (deve ser o termo da moda), então aplica-as a tudo, começando pelo sector alimentar onde o petróleo permite a produção de fertilizantes, plantação, pesticidas, colheita, distribuição. O mesmo com os medicamentos e tantos outros. Quando aplicares tudo ficarás com uma elite reduzida capaz de pagar tudo isso, mas provavelmente é esse o teu objectivo, segregar a população!
Não se pode ter só renováveis, especialmente a energia eólica/solar que estão dependentes dos factores metereológicos. Se houver um défice de produção é necessário suplantá-la com outras fontes de energia para manter o nível de consumo exigido pela rede.
Acho piada a estes títulos que tentam manipular as massas para justificar o aumento de “commodities” e assim aumentar os lucros das grandes companhias petrolíferas e de toda a máquina fiscal.
Nem se percebe porque toda a gente “subsidia” os combustíveis. Acabe-se com os combustíveis para ver o que acontece! No contexto actual é o mesmo que tirar pão da boca e quando isso acontece o resultado é sempre desastroso.
É possível se tiveres barragens (tecnicamente são consideradas renováveis apesar de enormes problemas na erosão costeira) para armazenar energia (bombear água durante a noite para a albufeira) e se tiveres uma rede europeia integrada. Não há vento em Portugal mas pode haver na Dinamarca, quando não há sol no ponto A pode haver no ponto B. A estabilidade da rede é um problema complexo com as renováveis, mas possível de lidar.
Tu fazes constantemente essa associação entre o petróleo e o pão na boca do povo, e isso sim é uma correlação totalmente idiota. Petróleo no contexto a que te referes representa apenas energia, e há dezenas de fontes de energia.
Durante a noite não, durante o dia. O excesso de energia solar/eolica durante o dia, bombeia a agua para montante, de modo a se descarregar à noite, que é quando há mais consumo.
Idiota para ti que vives confortavelmente no centro da cidade. Pergunta ao agricultor com 10 hectares para lavrar o que vai fazer se o gasóleo agrícola aumentar de preço 10 x! O pão vai de facto faltar na tua boca porque deixará de existir quem o produza pelo preço que tu estás disposto a pagar.
Claro que é energia, não me parece é que tenhas noção da magnitude dos consumos.
Sim,temos ambos razao. Ou seja solar o pico é durante o dia,que tirando as empresas,nao existe muito consumo. O pico de consumo ha de ser entre as 19h e as 23h. Apos essa hora o consumo é residual e quase tudo o que as eolicas produzirem tambem poderá ser aproveitado para bombear agua a montante…
A segunda, 24/06/2019, 16:09, Aónio Eliphis via Fórum da MUBi [email protected] escreveu:
Não me precisas de mostrar, pois não tenho feito outra coisa neste tópico, da preponderância do petróleo no mix energético nacional. A tese que precisas de demonstrar é aquela que dita que caso o petróleo passe para o dobro, o povo deixa de comer pão. Esqueces-te que a economia de mercado é um sistema muito complexo, adaptativo e dinâmico. As pessoas aqui na Holanda não deixaram de ter mobilidade, bem pelo contrário, quando o governo aumentou brutalmente ao longo dos anos o preço dos combustíveis. Encontraram alternativas. E a Holanda é hoje apenas o segundo maior exportador do mundo em produtos agrícolas em valor nominal, apenas superada pelos EUA, isto com uma área pouco maior à do Alentejo.