O Lugar dos Ciclistas é "no Meio da Estrada"

O Lugar dos Ciclistas é “no Meio da Estrada”.
Aqui é explicado porquê: https://www.facebook.com/estradavivapt/videos/396826687727202/?hc_location=ufi

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Excelente apresentação (mt bons os slides), @anabananasplit.
Obrigado

Infelizmente estava adoentada, e o discurso ressentiu-se, mas espero que tenha conseguido ainda assim espalhar algumas sementes por aí. :slight_smile:

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Excelente! (Enfim, já tinha ouvido isso mesmo no curso…)

Mas se calhar podias fazer uma versão resumida de 2 ou 3 minutos (em vez de 18), para não serem só os aficionados e já convertidos a verem tudo…

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Pois é, bem sei. Vamos ver quando tenho oportunidade. Esta só saiu porque havia a pressão de ter que fazer a apresentação em Castelo Branco. :stuck_out_tongue:

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Apresentação interessante mas necessita mais uns parametros para saber se deve circular “no meio da estrada”:

  • velocidade do ciclista : se andar com bom ritmo , com capacete, e certas configurações então concordo.
  • nível de educação dos automobilistas e motoqueiros. Actualmente , não recomendo andar no meio da via pois a esperança de vida em certas zonas da cidade seria fortemente reduzida.
  • Actualmente, no subconsciente da população, a estrada é dos carros e motas. Tem de aumentar o numero de bicicletas e melhorar as infrastruturas para estas para se pode passar a essa fase de andar no Meio da Estrada.
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Não concordo…

Mas respeito a tua opinião.

Manuel, obrigada pela sua disponibilidade em partilhar o seu ponto de vista.

Na verdade, circular no meio da via de trânsito deve ser a opção por defaulta / omissão, e só para adoptar outra posição que não a primária é que é preciso pensar bem se é realmente seguro e conveniente.

A segurança relativa (face às outras opções) da posição primária não requer andar depressa nem usar capacete. É justamente onde a população tem maiores lacunas quando à segurança rodoviária que a segurança da posição primária mais diferença faz. Cada vez que um condutor de bicicleta circula chegado para a direita [quando devia estar no centro] está a dar um tiro no pé, no seu e no de todos os outros condutores de bicicleta, pois está a perpetuar as crenças erradas da população - é por isso que evito a todo o custo circular com condutores de bicicleta que fazem isso, nota-se logo o súbito mau comportamento dos condutores de automóvel.

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Bom dia,
Eu concordo com a tua apresentação. Apenas assinalo que, devido ao ciclista ser minoritário neste país e não termos massa crítica nem condições de educação, circular permanentemente no meio da via pode vir a ser muito perigoso.
Eu circulo no meio da via nas zonas 30 e quando há boas condições. Como tenho intenções de tentar viver mais uns anos, não aplico essa regra pois a agressividade do automobilista actual em Portugal iria reduzir muito a minha esperança de vida.
Gostaria de ver , por exemplo na hora de ponta da Praça de Espanha uma bicicleta isolada no meio de uma via, a 15 à hora…morte certa.

Já fiz, não morri!
(mas não ia a 15kms/h, ia mais depressa)

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Exactamente como disse. A velocidade conta. No teu video vemos uma estrada com alguem que vai a um bom ritmo. A morte tambem pode ser especial como…morrer de medo.

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Eu ando a uma média de 10 km/h… e também por isso circulo ao meio. Todos os argumentos — o aumento da nossa visibilidade, o aumento do tempo de reacção que proporcionamos aos automobilistas, inclusive fazendo-os perceber imediatamente e à distância que a única opção que terão é mudar de via para conseguir ultrapassar, e induzindo-os a abrandar no processo — são independentes da baixa velocidade, ou mesmo reforçados por ela.

A mesma coisa quanto ao capacete: se a posição primária aumenta a nossa segurança, ele não se torna mais necessário quando circulamos ao centro da via (será tão necessário como a alternativa, ou menos).

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Estar preparado tambem para as buzinadelas, insultos e outras incivilidades dos automobilistas.
Mas vendo bem, deve ser a única maneira de “abrandar” o transito no centro das urbes e mostrar as alternativas ao maldito carro…

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As buzinadelas são cada vez menos, mas sim, convém estar preparado. Em vez de ter medo, devemos encará-las, como dizia a @anabananasplit, da seguinte forma: “se buzinaram, quer dizer que te viram”. É preferível a ser ignorado, que é o que acontece se formos encostadinhos à direita.

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A velocidade da pessoa na bicicleta não interessa, é a posição e a awareness o que mais influenciará a sua segurança.

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Quantas vezes fizeste isso, circular a 15 Km /h num sítio desses, para concluíres que é uma opção pior do que fazê-lo a 15 Km/h em posição secundária ou nem-nem? O que aconteceu?

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Tenho em breve 51 anos, a minha velocidade de cruzeiro , na minha dobrável, anda a volta dos 12 a 15km/h. (8 nas subidas, 30 nas descidas mais ou menos) Numa zona 30, vou no meio da via. Quando aparece um automóvel atras, em geral não se pode ultrapassar portanto fico no meio. Quando há apito ou outro mal criado, encosto para levar com a razia. Se esta é feita devagar, não levo a mal.
Quando quiz circular na praça de Espanha nas vias fora da ciclovia, já há uns anos, levei com razias a alta velocidade, ouvi apitos, travagens violentas…sobrevivi mas percebi que desafiei a sorte. O problema é aquele que eu disse:

  • O ciclista na estrada ainda é infelizmente uma espécie animal rara, associado ao excesso de velocidade que todos praticam , cria uma surpresa desagradável ao automobilista/motoqueiro, pois o ser humano que entrou na lata ou montou a mota, transformou-se logo numa besta.
  • havendo assim um “obstaculo” na estrada, muitos praguejam e, no stress da hora de ponta nao hesitam às piores manobras para ultrapassar , contornar o ciclista.

Manuel,

Essa é uma reacção natural, mas não é a melhor resposta à situação, pois só comunica às outras pessoas que a tua adopção inicial da posição primária não era consciente / deliberada / fundamentada. Se eles apitam e tu te desvias só sinalizas que estavas, como eles acreditavam, distraído ou a circular naquela posição por mero acaso. Isso reforça crenças erradas e contraproducentes da aptidão e direitos dos condutores de bicicleta.

Se a tua posição original era primária por uma razão válida, não é a ignorância dos outros que te deve levar a abandoná-la. Não é preciso (e muitas vezes é até contraproducente) acusar as hostilidades dos outros condutores, basta manter a posição, e agir o mais correctamente possível, tipicamente pouco depois surge uma oportunidade para a outra pessoa ultrapassar legalmente e em segurança, e se não surgir, é sobre ela que deve recair o ónus de fazer uma ultrapassagem ilegal e/ou perigosa, não temos nós que lhes ir facilitar as asneiras. :wink:

As ciclovias desse género têm os seus próprios riscos. Não estamos a comparar usar essas ciclovias com usar a faixa de rodagem banalizada, estamos a comparar usar essas faixas de rodagem banalizadas em posição primária versus em posição secundária ou em posição nem-nem. E claro que num contexto como o da Praça de Espanha a posição tem mesmo que ser reforçada com uma óptima awareness e uma comunicação eficaz. Não impede todas as asneiras de terceiros, mas reduz a sua incidência e reduz a importância das asneiras ainda assim perpetradas.

Bom, não é, de todo, a minha experiência a conduzir. Sim, claro que de vez em quando encontro imbecis, perdão, pessoas a cometer ocasionalmente imbecilidades, e sim, claro que há pessoas que conduzem de forma deliberadamente agressiva e perigosa, mas 1) são a excepção e não definem os condutores como um todo e 2) genericamente as asneiras são previsíveis e passíveis de serem atenuadas em escala e em consequências com a forma como conduzimos e agimos na estrada.

De um modo geral, a única coisa mais segura do que circular em posição primária ao andar de bicicleta é pedalar em casa numa bicicleta estática. :slight_smile:

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Ola Ana
Acho que me fiz mal entender. Concordo plenamente com o circular no meio.

Apenas espuz as dificuldades em passar à pràtica em certas zonas e a certos momentos.

Manuel

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então ai estamos totalmente de acordo…