É perfeitamente concebível uma via extra em qualquer ponte. Na Golden Gate também não creio que tenham feito logo uma passagem pedonal/ciclável… pelo simples facto de estas passarem pelo lado de fora dos pilares e não serem contíguos ao restante tabuleiro.
De referir ainda que a Ponte 25 de ABril quando foi inaugurada tinha apenas 4 vias de tráfego…
Na parte Norte, até já tem lá uma “ponta” saída para fora pavimentada, pode-se prolongá-la até ao outro lado para fazer uma ponte ciclo-pedonal. Na parte Sul, também tem uma saliência, mas acho que é uma coisa miserável, nem deve ter rigidez estrutural nehuma. Fiz a linha de medição na imagem a unir as duas pontas. A da parte Sul talvez não se aproveite e se andarmos para Leste encurta-se a distância; a da parte Norte está mesmo a pedi-las, e a dizer por onde é.
A questão é: Mas passsam aqui barcos grandes, certo? Teríamos então que arranjar um mecanismo de a interromper durante alguns períodos de tempo.
A foto do Google Maps está longe do extremo da beira da ponte, mas aquilo ali que se vê é a passagem ciclável, que é a desta foto: https://images.app.goo.gl/cy98PXUrtAxMDzHy7
Bolas, podias ao menos ter aberto o link que partilhei para veres que a ciclovia existe… só não existe é na extensão toda da ponte! Existe entre Oakloand e a ilha de Yerba Buena a meio da baía.
Terem adicionado a passagem à Golden Gate, contornando os pilares, foi precisamente o que eu disse… apenas prova que é possível e não é nada de mais!
Podia ser um serviço para um operador de Barcos a fazer um troço contíguo ao da Ponte Vasco da Gama (que segundo me contaram já existiu nos tempos da Expo 98). Mas não me parece nada adequado a levar bicicletas.
Esse troço não é válido para a discussão pois é apenas um viaduto e para a nossa discussão o que interessa é o troço com estrutura idêntica à nossa ponte 25 de Abril.
Pois não existe precisamente no troço que nos interessa para análise de aplicabilidade.
Não é comparável pois a estrutura da ponte, por construção, já possuia “bermas” suficientes para acomodar a passagem pedonal algo que não existe na estrutura da 25 de Abril, o que faz toda a diferença. Nesta não basta adicionar contornos aos pilares.
Em engenharia nada é impossível… e fazem-se coisas mesmo muito mais difíceis que estas. A partir do momento que a estrutura existe… o resto é fácil.
Na notícia até enumeram os desafios técnicos identificados… e nenhum se prende com a estrutura da ponte.
As bermas na 25 de Abril adicionar-se-iam tal como os contornos aos pilares… não percebo onde é que vês a complexidade de adicionar um a partir do momento em que tens de adicionar o outro também… no limite terias que reforçar a ponte encarecendo um pouco a obra, mas tendo em conta que o que teria que se adicionar é bastante pouco face à estrutura do tabuleiro principal talvez nem isso fosse preciso. A única vez que foi necessário reforçar a ponte foi quando se pôs um comboio a circular nela.
Gosto do “encarecendo um pouco”… Atendendo à condicionante do vento que é real e conhecida, nem vejo interesse em tal investimento, que não é “um pouco”!. Acho bem mais barato e prático aumentar o n.º de comboios da Fertagus para permitir folga de lotação de passageiros e assim permitir que as bicicletas possam ser transportadas.
Isto que a Marta disse.
Esta demanda de uma solução ciclável na Ponte 25 de Abril é um desperdício de tempo e energia. Com tanto mas tanto que há para fazer e lutar este tema é um desfoco.
Mas eu nunca disse que defendia a solução… acho que é uma obra que faz sentido num horizonte de longo prazo… talvez quando chegarmos a uma situação onde as condições de ciclabilidade em ambos os municípios sejam óptimas e essa seja já uma opção presente no dia-a-dia de muitos cidadãos, tanto pelo dinheiro que evidentemente envolve, como pelo facto de nunca vir a ser um percurso realmente tão prático quanto isso porque seria um percurso longo e com subidas, onde existem boas alternativas de transporte (inclusive para a bicicleta). Existem coisas, parece-me, muito mais prioritárias. Apenas argumento contra a impossibilidade que é uma palavra que me faz realmente uma tremenda confusão…
O vento é outra coisa, lá está. Tanto quanto sei, São Francisco até é uma cidade mais ventosa que Lisboa… já tive parado na ponte a senti-lo e não achei nada de especial, e já no próximo mês de Março vai haver a corrida da Ponte. As “Elsas” só cá batem à porta muito de vez em quando…