PAN, PEV e BE ao lado da MUBI

Há pessoas que nunca vão ficar satisfeitas com nada. A prática desportiva também é algo de positivo, o que não se pode é colocar um polícia a vigiar cada cidadão!

Injusto porquê? Não percebi a relação com o shopping… mas seria curioso saber quem anda a “juntar tostões” para comprar um bicicleta para “trabalhar”

Epa, e-bikes para uso desportivo?
Lá porque existem e alguns comprarão… de certeza que são assim tantos para que seja tema?

3 Curtiram

Não me parece, essa é uma falsa questão, mas de facto continua a existir quem pegue no carro para fazer os 500 m até ao ginásio :stuck_out_tongue:

1 Curtiu

Existe mercado para as e-bikes para uso desportivo sim. Assim como nas deslocações pendulares há pessoas que não podem/querem pedalar sem auxilio elétrico, quem vai passear na natureza pode querer fazê-lo sem grande esforço. Por exemplo subir um monte com auxilio e depois curtir as descidas. Embora eu não o faça não me parece assim tão descabido. As marcas classicas parecem pensar da mesma forma, tal o forte investimento neste mercado.

Eu acho que não faz sentido descriminar o fim a que a pessoa destina a bicicleta. Eu quero é o maior nº de pessoas a pedalar, seja por lazer/desporto, deslocação diária ou as duas (como é o meu caso).

É um grande falha no “mundo” das bicicletas o não conseguir-se falar em uníssono e numa frente comum.
Os commuters puxam para um lado, os bttistas para outro, os da bicicleta de estrada para outro. É muito mais aquilo que nos une que aquilo que nos separa, e quando entedermos isso seremos mais fortes como comunidade.

4 Curtiram

Concordo.
Aqui ao lado, em Espanha, por exemplo, assistimos às grandes estrelas do ciclismo de estrada a lutarem pela redução do risco rodoviário sobre os ciclistas.

Sobre os incentivos do Estado às bicicletas com assistência eléctrica, o factor que realmente interessa não é quantas são usadas para mobilidade e quantas para outros fins. O que interessa é quantas vêm substituir deslocações anteriormente feitas em automóvel.
Porque, se uma bicicleta eléctrica é usada para mobilidade, mas vem substituir deslocações anteriormente feitas a pé, em bicicleta convencional ou em transportes públicos, então não traz uma mais valia para a sociedade.
Mas estudos de vários locais mostram que essa transferência modal carro → bicicleta eléctrica aconteceu entre 35% e 76% das bicicletas eléctricas.
E um estudo sobre um programa estatal francês de incentivo financeiro à aquisição de bicicletas eléctricas, mostrou que em 61% dos casos os beneficiários do programa substituíram antigas deslocações pendulares feitas de carro por deslocações em bicicleta eléctrica.
– MUBi, Abimota, FPC e Zero (2018), Mobilidade Eléctrica Para Todos: https://mubi.pt/wp-content/uploads/2018/11/PP-Mobilidade-Electrica-Para-Todos.pdf

4 Curtiram
1 Curtiu

Obrigado João pelo texto, que vem corroborar a minha opinião.
De facto o que interessa é que a bike ou ebike substitua a deslocação de carro. A questão será pois, como afirmei: “… não me parece nada fácil distinguir, na prática, as que são adquiridas para deslocações pendulares (é esse o objectivo) e as que servirão exclusivamente para a prática desportiva”.

Alguém pergunta a quem beneficia do incentivo à compra do carro eléctrico, se o vai usar para ir trabalhar ou para passear ao fim de semana?

5 Curtiram

O artigo mostra que uma e-bike desportiva também pode servir para fazer deslocações pendulares.
De qualquer maneira, li algures que o Secretário de Estado está a pensar introduzir um limite no valor máximo do veículo a adquirir para o caso dos carros eléctricos, de forma a que o Estado não esteja a subsidiar a compra de carros de luxo (onde muitas vezes se incluem os desportivos).
Talvez algo semelhante se pudesse propôr para as e-bikes.

2 Curtiram

e-bikes de luxo ? :rofl:

O PAN pelos vistos também propôs para as bicicletas sem assistência eléctrica.

https://www.wattson.pt/2018/11/24/governo-vai-dar-incentivo-para-comprar-bicicletas-eletricas/

1 Curtiu

O PAN propôs incentivo de 10% até 100 Euros para as bicicletas convencionais. Mas propôs isto tb no programa de Incentivos à Introdução ao Consumo de Veículos de Baixas Emissões.

Por um lado, este programa de introdução ao consumo, como o nome pretende indicar, destina-se a produtos com ainda pequenas quotas de mercado. E em Portugal são vendidas por ano 350 mil bicicletas convencionais. E são vendidas 3 mil eléctricas. (Dados da CONEBI referentes a 2016)

Por outro, este programa tinha um orçamento de 2.65 M€ em 2017 e em 2018, e houve indicações q será aumentado para 3 M€ em 2019.
Assumindo um incentivo médio de 50€ para cada bicicleta convencional, resultaria em 17.5 M€.
Supondo q o Governo limita o número de unidades a mil (como acontece agora para os carros e motos), a quota anual ficaria preenchida logo no primeiro dia do ano.

1 Curtiu

Pois, e a maior parte dessas 350 mil devem ser desportivas. Espero que não que seja aceite e que se guarde o trunfo para as bicicletas de carga.

1 Curtiu

:rofl: bike TIR ?:rofl:

Não sei. Nunca vi dados de isso. Mas tb não existe categorização formal do q é uma bicicleta desportiva ou para outros fins.
Mas, segundo o mesmo relatório da CONEBI: http://www.conebi.eu/wp-content/uploads/2018/09/European-Bicyle-Industry-and-Market-Profile-2017-with-2016-data-update-September-2018.pdf, o preço médio (com IVA incluído) das bicicletas vendidas em Portugal foi em 2016 de 250 Euros.
O q nos leva a concluir q o grosso não serão bicicletas desportivas, mas sim bicicletas de relativamente baixa gama.
Em contraste, na Holanda o preço médio foi de 1010 Euros.

A ECF tem um mt interessante relatório em q analisa o relatório da CONEBI de 2016 (com dados de 2015): https://ecf.com/sites/ecf.com/files/CONEBI%20market%20report%20analysis%202016_1.pdf, onde, por exemplo, tem esta imagem q correlaciona o preço médio das bicicletas vendidas com a repartição modal da bicicleta nos países da europa ocidental:


e q contraria a ideia generalizada de q são as bicicletas desportivas q dinamizam o mercado. As pessoas estão dispostas a pagar mais pela sua bicicleta quando existem condições que permitem a sua utilização regular como modo de deslocação.

4 Curtiram

Desportivas/Lazer. Se a maior parte fosse com outro intuito, a taxa modal de utilização de bicicleta seria bem diferente. 350 mil equivale a 3,5 % da população portuguesa.

O Relatório de Diagnóstico do Plano Municipal de Mobilidade de Aveiro - o tal q ficou a meio e q parece q diz q agora é q vai prosseguir - refere q no concelho de Aveiro existem, salvo erro, 600 e tal bicicletas por mil habitante, mais do q carros.
No relatório do Portugal Ciclável 2030, o próprio Governo argumenta q já existem muitas bicicletas em Portugal prontas a circular por este país fora.

Na minha perspectiva, existem duas questões indissociáveis:
As pessoas compram e têm bicicletas com o intuito de as usarem no dia-a-dia, quando existem condições para as usarem no dia-a-dia.

3 Curtiram

De acordo, mas por isso é que espero que esta proposta do PAN não avance, e que o apoio seja só para as eléctricas e que para o ano se tente as cargobikes. Parece-me que quem compra uma bike destas, é mais provável que já tenha em consideração a inexistência de condições.

2 Curtiram

http://miguelmaia.tumblr.com/tagged/bicla-de-carga/chrono#.W_yWhu5UnxM

2 Curtiram

Isso é preocupante. Uma bicicleta de 250 € que circule todos os dias ao fim de um ano tem os rolamentos e mudanças estoiradas. São obviamente modelos para uso casual. Se forem sujeitas a uso intensivo vai-se perceber que são muito fracas

1 Curtiu