Porto - Alargamento do tabuleiro inferior da ponte Luiz I

Deixo aqui dois registos sobre este projeto de alargamento do tabuleiro inferior para albergar uma passagem para peões e outra para bicicletas (bidirecional com 2,5m).

Registo de vídeo:

Notícia do JN:
JN_tabuleiro_63344279.pdf (441.4 KB)

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Relativamente à passagem para bicicletas, dado tanto do lado do Porto como de Gaia serem áreas totalmente urbanas, não faria mais sentido ser tudo (lado do Porto, lado de Gaia e tabuleiro inferior da ponte) com limite de 30 km/h … e as bicicletas utilizarem a faixa de rodagem?
Tou a perguntar isto pq quem vá de bicicleta no sentido Porto -> Gaia, como a passagem para bicicletas é do lado esquerdo, e como não há continuidade em vias cicláveis nem do lado do Porto nem de Gaia, a integração nos dois extremos da ponte com a faixa de rodagem poder ser complicada.

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Concordo contigo, Rui, na perspetiva de que seria mais adequado reduzir a velocidade do que segregar a bicicleta. No entanto, os milhares de veículos que passam diariamente no tabuleiro inferior poderão justificar a segregação. Uma contagem de veículos há cerca de um ano e meio, no túnel de acesso à ponte, apontava para mais de 20 000 veículos por dia…

Do lado do Porto, há uma ciclovia que está por acabar, na av. Gustavo Eiffel. A sua integração no tabuleiro inferior da ponte parece ser fácil. Pior seria para quem quisesse seguir em direção à Ribeira. Do lado de Gaia, o problema colocar-se-ia para quem quisesse seguir em direção às caves. Talvez, por estas questões que levantas, seja tentado a concordar com a tua solução. Umas lombas ou plataformas elevadas antes da entrada na ponte e proibição de circular a mais de 30 km/h.

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Se vieres de bicicleta do túnel e quiseres ir para o lado das Caves, para apanhares a passagem na ponte para bicicletas, vais ter (do lado do Porto) de te cruzar com o tráfego q vem do Freixo e vai para Gaia e o q vem de Gaia e vai para o túnel, e (do lado de Gaia) cruzares-te com o tráfego q vem das Caves e está a entrar na ponte e fundires-te com o tráfego q vem da Ponte e vai para as Caves.

Ou seja, vais de ter de te cruzar 2 vezes com o tráfego, para quê? Para teres 100m de via ciclável segregada?
Eu acho q optaria sempre por seguir na faixa de rodagem. Parece-me q é a opção mais segura.
E muito devido às curvas de entrada na ponte e à pequena largura da ponte, as velocidades praticadas pelos carros acho q normalmente não ultrapassam os 30km/h.

Sinceramente, parece-me mais um daqueles projectos de vamos fazer 100m de ciclovia q é bué da cool.
A passagem para pões, essa sim, essa acho faz falta.

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Conheço mal a zona, nem faço ideia que alternativas existem, mas se calhar seria uma óptima oportunidade para, simplesmente, forçar uma redução deste número. Estou só a sonhar alto :wink:

abraços

RF

Sem dúvida, Rui. Aliás, estou convencido que a velocidade, à entrada da ponte, deve ser de 10 km. Sempre que passo aí circulo muito mais depressa do que os veículos motorizados. O problema, mais uma vez, é que não há visão. Estranho que o vereador do urbanismo, um arquiteto, professor universitário, embarque nesta onda do ‘fazer obra só para encher o olho e para mexer num monumento nacional só para deixar a marca’. Basicamente é disso que se trata, já que não há mais valia para quem utiliza a bicicleta. Ou isso, ou a ideia é criar mais segregação para acentuar o ‘chega para lá’.

Ou então… do que li no jornal, o projeto foi uma oferta graciosa de dois MAMIL ferverosos. Devem circular sempre por cima do passeio (renovado) da av. Gustavo Eiffel e depois virar à esquerda na ponte… Mas isto sou a ser má língua…

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Não há alternativas. É o único acesso para a travessia à cota baixa do Douro.

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Tendo em conta a importância da intervenção (e o “momento”) penso que a MUBI deveria tomar posição formal, e no curto prazo.

O trajecto ziguezagueante da ciclovia, obrigando à travessia da faixa rodoviária nos seus extremos (inclusive num ponto bastante difícil, do lado de Gaia), faz desacreditar a solução.
Estou de acordo com o @Rui e o @ricardocruz que o tabuleiro inferior pode ter como limite de velocidade os 30km/h. A circulação de bicicletas pode ser um factor que ajude a manter o tráfego rodoviário num regime “disciplinado”. Mesmo num eixo carregado como aquele (dadas as suas especificidades) admito com bons olhos uma solução partilhada. Será importante garantir adequada sinalização (vertical e horizontal) que “secunde” os ciclistas.

(Nota: enquanto arquitecto devo dizer que tenho muitas dúvidas quanto à inserção do passadiço nesta excepcional obra de engenharia, profundamente criativa. O seu valor histórico e sua qualidade estética exigem grandes cautelas)

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Estou de acordo com o @paulosilvestre. Não é imprescindível a criação de um passadiço para fazer circular bicicletas. Há sim automóveis a mais. espanta-me que no desenho (corte transversal do tabuleiro) do JN constem uns degraus para vencer um denível entre os passadiços propostos e os passeios existentes. É para criar a possibilidade de travessia da faixa de rodagem pelos peões? Vamos ter peões atropelados, alheados pela contemplação da paisagem. Os passeios existentes deixarão de ter sentido. E então um lancil duplo,antidespiste, como separador central, poderia contribuir para impedir a ultrapassagem de ciclistas. Uma forma subtil de limitar a procura da ponte como travessia rodoviária…
Por outro lado sempre me preocupou o desfecho e a continuidade da ciclovia da Av. Gustavo Eiffel. Tivemos oportunidade de mostar isso ao Prof. Arq. Correia Fernandes numa das reuniões em que nós estivemos. Ele próprio foi no momento ao GoogleMaps ver a situação da passadeira do lado do Porto. Estará portanto ciente dessa dificuldade difícil de ultrapassar, quer para peões , quer para bicicletas. Se a ponte actual tivesse passagem alternada semaforizada, seriam escusados os passadiços. Seria uma outra maneira de limitar a procura da ponte e manter ciclistas e peões a circular em contínuo nos respetivos corredores…

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Referia-me a alternativas ao transporte individual motorizado. Há autocarros? Quem aí passa, tem mesmo de ir por aí? Se são, sobretudo, deslocações entre as zonas ribeirinhas das 2 cidades, a bicicleta poderá com certeza ser uma opção para muitos. Não?

abraços

RF

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Obviamente que as tuas perguntas retóricas fazem todo o sentido no nosso seio… O problema está nos outros, não é?

Não entendo o vosso problema com esta segregação:

  • do lado do Porto não haveriam problemas com o cruzamento dos automóveis que vêm do Freixo ou de Gaia já que quem vem do Túnel tem sempre prioridade.
  • o trânsito não segregado é problemático para quem passa lá de bicicleta porque simplesmente não há espaço para ultrapassar os automóveis quando há um engarrafamento (que é quase sempre).

Parece-me ser aquela clássica fobia à segregação que leio muito por aqui. Mas talvez esteja a escapar-me algum pormenor.

Não há problema absolutamente nenhum com a segregação.
O problema está quando começa e termina a segregação … onde tens q te fundir no trânsito q não está a contar contigo.

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A segregação faz todo sentido quando é efetiva e integrada numa rede, no entanto todos sabemos que isso no Porto e cidades vizinhas não acontece…
Ainda hoje atravessei a ponte de bike e tentei imaginar o atravessamento com a futura solução e honestamente acho que vai ficar mal e não vai ser usada pela maioria da malta, porque simplesmente vai ser menos seguro que atravessar na faixa de rodagem…
Imaginem atravessar do Porto para Gaia e ter de desmontar da bike, e esperar que deixem passar numa suposta passadeira que irão fazer lá (imagino eu) para poder seguir na marginal de Gaia, e nem falo do lado do Porto, porque aí obriga a muitos mais cruzamentos com carros… Pior disto tudo é que pelos vistos a ideia saiu de 2 iluminados que andam de bike, a julgar pela solução deles acredito que andem de bike ao domingo de manha para passear, porque isso sabemos todos é totalmente de fazer o dia a dia numa bike…

Além de que existindo a tal passadeira que me parece obrigatória, aos fins de semana com a enorme afluência de velocipedes naquela zona vai ser criado um tampão ao transito, porque ou as bikes não tem prioridade a sair e a ciclovia fica enterrada de vez ou tendo prioridade o transito automóvel não vai andar com o constante atravessar de faixa.

Além de que falamos de 100m de ciclovia que não ligam a nada, não vão melhorar em nada a zona… Limitar drasticamente a velocidade no tabuleiro era bem mais barato e eficaz na minha opinião.

Também considero que o que vão fazer é basicamente um atentado a um monumento e que deveria ser tratado como tal…

Deste processo todo a única parte positiva que encontro é 1 ano inteiro de sossego naquela zona, sem um transito absurdo…

Este tópico tem 5 anos e está completamente desatualizado.
Ninguém vai fazer extensões na ponte Luiz I, vão mesmo impedir o trânsito rodoviário no tabuleiro inferior.

Pelos artigos de jornal que estou a ler as obras não vão interditar trânsito rodoviário… Ele vai ser interditado apenas durante a execução da obra… Tanto que o limite de peso passa de 30T para 60T. Notícias da semana passada.

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Apenas um exemplo de notícia recente sobre o assunto.

Quando fizerem a nova ponte rodoviária à cota baixa perto da S. João, o plano (da CMP e CMG) é proibir o trânsito rodoviário na Luiz I. Aliás, essa ponte vai ser feita também para isso.

Isto que está a ser feito é da IP e trata-se apenas de obras de manutenção da ponte, há muito precisas.

Quando é a execução dessa nova ponte que fecha a Luís I ao trânsito?
Pois.
Hoje em dia, à velocidade que mundo se move, que as cidades mudam, medidas para problemas como este não se adiam, implementam-se, mesmo que sejam soluções transitórias.

As obras da IP no tabuleiro promovem o tráfego automóvel (por melhorarem as condições) e mais pesado.
Errado.
Manutenção? Com certeza, mas as soluções técnicas não podem dissociar-se das de tráfego, de opções sobre a utilização do espaço. Antes pelo contrário, a discussão destas últimas deve obviamente preceder as primeiras.

Nova ponte: https://www.goporto.pt/noticias/concurso-para-a-concecao-construcao-da-nova-ponte-d-antonio-francisco-dos-santos-reune-sete-candidaturas

Notícia de hoje: Ponte Luís I com acesso para peões em andaime

O ponto da minha primeira mensagem era apenas dizer que este tópico está desatualizado e ninguém vai fazer extensões na ponte (era o que faltava, ainda por cima é uma construção protegida por lei)., pelo que era escusado levantar um assunto que ninguém disse que iria concretizar-se.

Quanto ao resto, está nas notícias.
Não tenho de justificar o porquê de estar a ser preparada para veículos de 60T (não sou presidente de nenhuma câmara…) e admito que é contraditório com tudo o que vinha a ser dito até aqui sobre a ponte. Mas também há a possibilidade de apenas permitirem veículos pesados circularem para abastecerem os muitos restaurantes e espaços comerciais no cais de Gaia e Ribeira do Porto - o resto do trânsito fica interdito.
E a parte dos elétricos também se saúda, já agora.