@pedro_lourenco , sendo tudo isto financiado pelo PRR, q é gerido pelo Governo, não deveria caber tb aos partidos na AR questionar e interpelar o Governo sobre as contradições com estratégias e objectivos nacionais?
Compreendo o argumento. Mas também tem de ser respeitada a autonomia dos municípios na definição das soluções que consideram mais adequadas para a mobilidade. Não estou a ver como Governo pudesse obrigar a CMP a pôr / tirar mais uma faixa para automóveis, ou obriga-la a ter passeios mais largos. Julgo que isso são competências dos municípios.
Já agora, partilho a resposta que a CMP me deu ao seguinte pedido:
“Tendo tomado conhecimento do projeto de repavimentação da Rua do Jornal de Notícias, em Aldoar, venho fazer a seguinte sugestão/recomendação: que na requalificação prevista seja integrada a colocação de infraestrutura ciclável (ciclovia segregada onde a largura o permite), limitação de velocidade máxima a 30km/h (dado tratar-se de zona escolar), e outras medidas de limitação de velocidade automóvel (e.g., lombas, semaforização, passadeiras elevadas).”
Já os bicicletários pedidos para a freguesia de Ramalde - junto à ciclovia da Av. Xangai - mereceram a concordância dos serviços mas nunca saíram do papel (há mais de 2 anos!).
Destacaria a seguinte nota:
“A infraestrutura ciclável prevista e a concretizar num futuro próximo diz respeito às ciclovias intermunicipais do Fundo Ambiental, Porto-Matosinhos e Porto-Gondomar”.
Por outras palavras, não está previsto alargamento da rede municipal “num futuro próximo”.
Certo. Mas o PRR terá regras e objectivos e o “instrumento” europeu dos PRR tb. Se se entende q este empreendimento da CMP não cumpre isso, mais valia então o financiamento ser entregue a outros municípios.
Mas uma questão será q regras e orientações o Governo quis/quer dar ao PRR. E nesse assunto, acho q cabe inteiramente a responsabilidade e acção dos partido na AR. Ou, vamos continuar a fazer coisas contrárias aos objetivos que queremos e inscrevemos em estratégias e planos nacionais, e a desbaratar fundos europeus na mobilidade urbana?
Chateia-me a continuada e reiterada justificação de “vias estruturantes” para não reorganizarem as vias como deviam fazer.
Podiam começar a usar novas formas de analisar as ruas, tal como é preconizado pela UE. Os técnicos municipais precisavam de fazer aqui um shift.
Os próprios técnicos da CMP reconhecem no documento que os eixos viários estruturantes deveriam ter ciclovias segregadas. Mas tanto num caso como no outro (Rua do JN; Avenida da Boavista), o decisor político não está disposto a tomar a decisão evidente: sacrificar o espaço dedicado ao automóvel.
Este mapa de rede ciclável é uma grande mentira. Na minha opinião, é fundamental forçar a CMP a atualizar este mapa de modo a refletir a realidade no terreno. Um exemplo é a chamada “Ciclovia de Constituição”, uso a quase todos os dias, é uma experiência extremamente frustrante. Há outros troços que só existem no mapa, por causa de nao ser mantidos.
Se reparar, até um caminho pelo Parque da Cidade está identificado como ciclovia…
Assim se livram de uma providência cautelar. De passeios ilegais temos agora passeios meramente ridículos. Uma avenida como a Boavista deveria ter passeios de 4-6 mínimo.
Mas tb tenho a sensação que eliminar as bolsas de estacionamento não resolve tudo.
Peshoo,
concordando e salientando: vale sempre lembrar que não é uma linha reta, e sim uma linha pontilhada, cheia de cedências de preferência e trechos sem segregação e que a Rua de Costa Cabral consta no mapa como ciclovia, o que é simplesmente absurdo!
Obrigado pela notícia, Duarte.
Não deixa de ser uma vitória a celebrar!
Informação da CMP sobre o Estudo para a Localização de Novos Cicloparques na Cidade do Porto (26 de Outubro):
"Apesar de o estudo estar conceptualmente concluído, ainda estão em desenvolvimento alguns aspetos do mesmo, como a sua calendarização ou a elaboração dos projetos de implementação, encontrando-se o processo ainda em tramitação.
Assim que concluído todo o processo o Estudo para a Localização de Novos Cicloparques na Cidade do Porto será disponibilizado no site institucional do Município para consulta ao público."
O que são cicloparques?
Bicicletários em “U” invertido?
Hangars cobertos?
Parques subterrâneos com um espaço para bicicletas?
Em Lisboa há dos três tipos.
Faz sentido contactar a CMP a solicitar uma colaboração para nós darem as localizações actuais para colocarmos na app “Cidade Ciclável”?
E entretanto, tb faz sentido a comunidade do Porto começar a sugerir localizações no cidade ciclavel.
As respostas que recebo da CMP nunca clarificam o que entendem por “cicloparque”. Mas eu temo que sejam parques de maior dimensão que os “normais” bicicletários.
Pessoalmente, eu preferia uma distribuição alargada destes “normais” bicicletários em U-invertido, do de meia dúzia destes grandes “cicloparques”…
(os serviços da CMP já conhecem a app Cidade Ciclável; julgo que várias pessoas - incluindo eu - a mencionam quando fazem participações/pedidos de instalação)
Parece-me q é o mesmo de q falaste aqui há uns tempos atrás:
Ou não?
Mas, pelo menos à primeira vista, o tal enquadramento teórico parece ser pouco mais do q geométrico, sem ter em conta as diversas necessidades dos utilizadores de bicicleta.
Vão haver estacionamentos protegidos e seguros para longas durações, incluindo durante a noite, fins de semana e mais dias? Para bicicletas mais dispendiosas, como as eléctricas e de carga?
Sim, isto é informação adicional sobre o estudo de que falei há dias.
Teremos de aguardar para conhecer a resposta a essas perguntas.