Queimar vermelhos e as suas consequências

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Não existem radares nas avenidas… claramente circulam a muito mais de 50 Km/h

“Entre 06 e 12 de maio, a Polícia de Segurança Pública realizou uma operação… tendo fiscalizado 11.907 viaturas.
…foram registadas 367 infrações por uso indevido do telemóvel… 32 detenções por condução sob influência do álcool, 15 detidos por falta de habilitação legal para conduzir e 635 contraordenações por excesso de velocidade”.
Ou seja, detectaram mais de 5% dos fiscalizados em excesso de velocidade. Como nestas (e em muitas outras) coisas não podemos evocar convicções nem basear opiniões no “acho que”, o que nos fazia falta para comparações entre os diversos países, seria conhecer a percentagem de veículos fiscalizados face aos existentes; só assim poderíamos afirmar se em Portugal há ou não uma fiscalização efectiva. O que os números mostram (e já os referi noutros tópicos do Fórum) é que o excesso de velocidade e as suas consequências (embates, atropelamentos, mortes) ocorre maioritariamente nas cidades. É aí que cada vez mais se sente a falta de meios automáticos de detecção de infracções e onde, por sinal, é mais fácil a sua instalação.

A Holanda, tantas vezes mencionada aqui no Fórum por boas razões, talvez não seja tão exemplar quanto pode parecer. Para além das disputas nas ciclovias que podem ser testemunhadas por quem lá vive (ou por aqueles que por lá passam de vez em quando, como é o meu caso), com abusos, reclamações e empurrões entre os aceleras que vão de speed, híbrida ou gravel e acham que o resto do pessoal tem de ir em ritmo de corrida ou sair da frente, andam também muitos automobilizados em excesso de velocidade.
Em Helmond, a uns 130 km ao sul de Amesterdão, foram instalados em 2017 dois radares numa das principais vias, verificando-se que 64% dos carros passavam acima do limite de velocidade!
É uma cidade com cerca de 90 mil habitantes, mas com uma das maiores taxas de mortes causadas por veículos automóveis da Holanda: 150 entre 2011 e 2016.

Para não adensar mais este tópico, podem ver o vídeo que coloquei em “Desproporção e injustiça”, do Aónio.
Claro que o que interessa (e vale mesmo a pena) é ouvir o debate…

João Almeida: ontem citei este vídeo do The Guardian num tópico do Aónio “Desproporção e injustiça”, como se fosse uma novidade. Peço-lhe desculpa, mas a verdade é que passei por este seu post sem ter aberto os vídeos…

Em Paris, há sinais assim, que autorizam a passagem às bicicletas no vermelho, mas poríbem-na ao tráfego motorizado.

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Problema resolvido de forma pragmática e simples!

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Continuando com o cenário de Código da Estrada para Ciclistas em França…

E já agora existem lá também existem os sinais:

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Acabei de saber agora que no Estado do Tennessee as motas podem passar vermelhos:

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E este também está bom, @Nuro_Carvalho

Campanha da Prevenção Rodoviária Portuguesa… Finalmente a prevenir!

www.facebook.com/prevencaorodoviariaportuguesa/photos/a.394203244110629/1580010462196562/

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Acabei de saber que Câmara de Lisboa finalmente obteve autorização legal para instalar Câmaras que detectam infracção ao passar semáforos vermelhos.

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Soubeste por onde?

Foi um disse-que-disse do Miguel Gaspar que chegou até mim.

Já agora, o Miguel Gaspar também disse que daqui a um ano e tal íamos ter uma rede ciclável melhor em Lisboa do que Paris. Ao qual a pessoa respondeu: “Rede ciclável melhor do que Paris e não conseguem fazer a ligação da Praça de Londres a Roma / Areeiro?”

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Diz que disse? Ok

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“filtra os carros todos, ilegalmente” - o que quer isto dizer exactamente???

isto cá ia ser interessante mas muita gente passa no “laranja” e tinha se que meter os semáforos todos vermelhos por uns segundos.

filtrar ai era no sentido de passar entre carros parados, circulando ± em cima da divisão entre 2 vias

era 1 exemplo sobre outras ilegalidades que é ± normal os ciclistas (e neste caso os motociclistas fazerem), com alguns potenciais ganhos para a segurança, mas que não são genericamente (tão) mal vistos como passar um vermelho

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Passar os carros parados em fila não é uma ilegalidade - não é um ultrapassagem. Esta só se refere no código a veículos em andamento.
(Mal) comparado, se um carro tiver que passar (inclusivamente calcando um traço contínuo) um camião parado na via não comete uma ilegalidade. Chama-se contornar um obstáculo.
Se assim não fosse, nem se justificariam as “gavetas” para ciclistas nos cruzamentos imediatamente antes dos semáforos