A EMEL e as bicicletas partilhadas de Lisboa

Sucesso das Giras: quando saio do trabalho, estão todas a andar e já não há para mim…

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pois essa tem sido a queixa que mais se ve… o problema é o seu sucesso?

como o sistema ainda é curto e pouco denso está a sofrer mais com isso.
os movimentos ainda sao demasiado pendulares, num so sentido de manha e sentido inverso na tarde.
depois como há estacoes bem no core da cidade que são o fim da rede (picoas, avenida), essaas estacoes claro enchem e esvaziam sempre mais rapido

quando houver mais densidade e a rede chegue a mais pontos criticos (cais do sodre e restauradores por exemplo) os movimentos ganhem novas direcoes que ajudem nisso

alem disso quando o sistema passar a ser pago por cada uso, imagino que a dinamica mude um pouco.

o que ja se percebeu é que nao funciona bem em zonas puramente residenciais… telheiras ate tem algum comercio e serviços, mas as bikes desaparecem de manha e so voltam à noite

o maior problema que tenho visto é mesmo a demora no rollout de novas estacoes… demoram semanas ou meses desde a instalacao ate as mesmas ficarem activas

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As novas Velib parisienses tambem estão em estado de caos.

Confirmo. Estive lá há pouco tempo e ver uma Velib a andar era mais raro que ver um oásis no deserto.

Mais um grande problema do modelo Gira, ao contrário de sistemas sem-docas. Escalabilidade! Aumentar o número de bicicletas num modelo sem-docas é fácil, basta colocar mais unidades na rua. Aumentar o número de bicicletas num modelo como a GIRA, envolve mais docas, o que nem sempre é possível, além de aumentar significativamente os custos!

Acho que o sistema da GIRA acabará por produzir algo: pessoas a acabar por usar a bicicleta própria por deixarem de se fiar no sistema… mas quando sem ele se calhar nunca se teriam aventurado a pegar-lhe.

Confesso que a única coisa que me faz confusão nas queixas do pessoal, é queixarem-se quando chegam a uma doca e não há eléctricas, só há das outras… então mas qual o problema das clássicas? Elas têm algum problema ou as pessoas são assim tão preguiçosas/comodistas? Eu há muito tempo que ando de bicicleta em Lisboa (não é eléctrica) e não percebo essa necessidade de uma forma tão generalizada…

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Eu também compreendo o modelo das docas com bicicletas elétricas. Uma bicicleta elétrica pode custar milhares de euros e deixá-la assim na rua poderia ser problemático. Mas no lugar das docas deveriam ter colocado lugares convencionais para bicicletas.

Que foi exactamente o que sucedeu em Sevilha…

Conheço bem esse sistema. Depois da euforia inicial, as pessoas experimentaram andar de bicicleta e face à escassez de bicicletas e de lugares para as estacionar as pessoas começaram a comprar as suas próprias bicicletas. Hoje o sistema é usado mais por turistas do que por commuters diários. De tal forma que o preço subiu significativamente.

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Mas significa que funcionou, pois deu o empurrão inicial, criou as condições e mudou as mentalidades.

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Não te sei responder pois não costumo ir para os lados da Almirante Reis. Só sei que no Cais do Sodré tb já instalaram as docas.

Certamente, um grande progresso, ver tanta gente a pedalar agora.

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é verdade
ainda assim seria interessante saber como se o sistema comportaria se nao houvessem eletricas…

no lado positivo, teriamos um rollout muito mais rapido, e possibilidade de ter muito mais bicicletas ja que cada uma custa umas 8x menos e seriam menos apetecíveis a roubos

no lado negativo claro, haveria menos gente disposta a usa-las imediatamente

se ha coisa que incomoda no grupo do FB das GIRA, é a mentalidade que criaram de que se nao ha bikes eletricas entao nem vale a pena usar… de certa maneira contradia um pouco a ideia de mostrar que dá para ciclar em lisboa.

ja la vi uns a dizer que mais valia tirarem as bikes normais e meterem 100% eletricas (nao devem perceber que se tirassem 100 convencionais apenas se adicionariam 10 ou 20 eletricas ja que o custo nao se compara).

o que ate e estranho ja que ate agora so ha giras em zonas planas (com excepção do troço avenida->saldanha),…

tambem me faz confusao é ver pessoal claramente habito a andar nas eletricas a 25kmh nas ciclovias
nao sei porque, mas 25kmh na eletrica parece me mais perigoso que 25kmh numa normal (especialmente nas ciclovias onde dificilmente é seguro andar a essa velocidade) acho que o facto de se ir quase sem pedalar tira a concentração… eu proprio noto isso, apanho o kick da assitencia eletrica e depois nao quero parar por nada

de qualquer das formas é incrivel a lentidão da CML, ja la vai 1 ano desde que comecou os testes, e ainda estamos com menos de metade da rede a funcionar

Bem, agora que penso nisso… o pessoal se calhar está tão viciado nas eléctricas, que jamais farão a transição para uma bike própria (maior parte deles nunca gastaria aquilo que uma eléctrica custa), indo por água abaixo o empurrãozinho que pode ter ajudado…

Porquê não? Se fizerem contas rapidamente têm retorno do investimento. Principalmente se estiverem a substituir o carro.

Acho que o mindset dos 50 paus por uma bina, e que uma bina é uma bina, não muda assim tão facilmente… e o serviço fornecido pela EMEL é extraordinariamente barato, não habitua a malta a pensar que se querem uma bicicleta decente e que seja confortável de usar no dia-a-dia têm de largar mais algum.
Imagino que a malta que vá arranjar uma bike própria, praticamente todos vão para uma clássica… e se calhar depois desmotivam-se e não andam porque ficaram habituados às eléctricas.

Muito sinceramente, acho que o mais difícil é as pessoas trocarem o chip
mental, entre a bicicleta como lazer, ou bicicleta como alternativa viável
de mobilidade no dia-a-dia, ou quanto muito como um complemento facilitador
aos transportes públicos. E perante este ponto de vista, as giras têm um
papel essencial, porque dão o empurrão, por serem baratas, e por haver
electricas e manuais.

Ao trazerem o comum dos cidadaos para a vertente ciclista, esse cidadao no
dia seguinte quando for de carro, já terá uma atitude menos agressiva para
o ciclista, porque já esteve no outro “lado ao pedal”.

Quanto ao electrico e tradicional, tenho quase a certeza que alguém que
quando equaciona ir de gira, e chega ao local se não tiver eléctrica, vai
acabar por ir de tradicional. No dia em que estiver “viciado” em giras, vai
pensar, se eu tivesse a minha bicicleta, deixava de estar dependente do
ponto de levantamento e do ponto de entrega, e poderia ir a muitos mais
sitios…etc, etc…

Ou seja eu acredito que em como tudo, para uns há-de ser o elemento
desbloqueador, e para outros, continuará a ser sempre apenas uma opção de
lazer…

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Na minha opinião, o bike sharing não deve ser visto como um elemento desbloqueador, mas efetivamente como um serviço de mobilidade comparável aos outros modos de transporte. Se o serviço não é adequado, deve-se lutar para que ele seja melhorado. No meu ponto vista, o objetivo até deve ser o oposto, que quem tem bicicleta própria, possa abdicar dela e passe a utilizar o serviço de bike sharing.

Quanto ao electrico e tradicional, tenho quase a certeza que alguém que
quando equaciona ir de gira, e chega ao local se não tiver eléctrica, vai
acabar por ir de tradicional

já vi uns no grupo ja vi uns a dizer o oposto, chegam, nao ha eletrica vao a pe ou de metro

mas claro, se por cada um desses houverem 2 que vao na convencional, entao é positivo.

alem de tudo o que disseram, as GIRA sao a prova de que com infraestrutura e serviços novos habitos aparecem, e a CML devia aproveitar enquanto o hype está em alta para fazer o máximo possível da infraestrutura que tem planeada, porque de momento é facil argumentar a construcao de novas ciclovias… neste momento duvido que o PSD voltasse a fazer um video como o que fez antes das ultimas eleicoes sobre os “5 ciclistas”…

infelizmente desde as eleicoes apenas fizeram a obra da guerra junqueiro, e nenhuma outra obra estruturante tem sido falada… pelo menos Av Liberdade, Roma ou Almirante Reis deveriam avançar rapidamente, esperemos nao fiquem à espera de novas eleicoes como habitualmente.

Se entretanto as GIRAs morrem (roubos, falta de manuntencao, etc) ou o hype passa e o numero de cicilistas no eixo central baixa fica dificil argumentar novas obras no resto da cidade

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@Pedro_Nobrega_da_Cos podem não ter sido faladas mas a ligação entre a estação de Campolide e Alcântara está em curso.

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