@jmpa aqui tens a lista de veículos aceites pela uber. Diz-me quais deles são a gasóleo. Além disso têm todos de ter idade inferior a 7 anos. Fica o repto
Não estive a ver ao pormenor, mas tirando os modelos que são exclusivamente híbridos e/ou apenas têm disponíveis motores a gasolina, todos podem ser a Diesel… e tenho sérias dúvidas que a maioria seja a gasolina.
Presumo que vocês se baseiam na coluna C para fazer essa afirmação. Mas a coluna C não se refere a transporte automóvel particular, mas a deslocamento particular, o que é diferente. O que é dito é que as viagens particulares (aquelas onde não partilhas os veículos) subiram 180%. Mas quando analisas a coluna B que se refere apenas a automóvel, vês que a variação é de 58% e não de 180%. Por isso recomendo que reescrevam o relatório da MUBi porque faz uma interpretação errada da fonte (parece-me assim à primeira vista, mas pode estar a falhar-me também qualquer coisa).
Ademais, considerando que presentemente e infelizmente os transportes públicos estão a rebentar pelas costuras, diria que tal fenómeno, para já, não é assim tão preocupante.
Além disso todos estes estudos são realizados nos EUA, onde a realidade é completamente diferente. Os transportes públicos por lá são uma miséria e o carro é rei, senhor rei. Andar a pé no bairro é praticamente impossível e de bicicleta é extremamente perigoso. Diria que preciamos de estudos na Europa onde as realidades são totalmente diferentes. Tenho para mim que muito mais gente vai abdicar da posse particular do carro, e para viagens muito esporádicas, pode passar a usar esses serviços. Ao demonizá-los não estamos a prestar um bom serviço à mobilidade, penso eu.
Andar a pé nos EUA, repara que isto é numa cidade, não falamos de estradas entre cidades.
E com cidades como esta, quem é que pode/quer prescindir do carro? Fala com americanos, apenas os pobres dos mais pobres é que não têm carro.
Eu como utilizador ocasional de plataformas uber, o que tenho a dizer, é que acho um bocado absurdo que estas roubem utentes aos transportes públicos… Até porque antes da uber já existiam táxis e isso nunca foi uma questão… e o serviço é basicamente o mesmo.
Ninguém vai usar um Uber para ir e vir todos os dias do trabalho. Isso é muito caro!
Um uber, assim como um táxi, é um serviço que é para ser usado por alguém de forma esporádica.
No meu caso, as situações em que uso um normalmente é a tantas horas da noite, onde a oferta de transportes é já precária (e percebe-se que seja, num horário onde a procura praticamente não existe) e tenho de percorrer uma distância longa para chegar a casa.
Se serviços como táxis ou ubers não existissem, provavelmente nestes planos eu usaria era o meu próprio carro. A alternativa seria um investimento tal que fizesse ter uma boa oferta de transportes públicos, com horários regulares e a cobrir grandes distâncias às 4h ou 5h da manhã… pah, isso seria um custo enorme para a sociedade para transportar apenas meia dúzia de gatos pingados (ou apenas eu, possivelmente), além do custo ambiental de ter vários autocarros a circular desnecessariamente para que o serviço seja bom, tenha boa oferta e seja atractivo.
Pela minha parte, serviços como uber ou táxi, apenas ajudam a tornar mais independente do automóvel particular.
Muito sinceramente, nunca consegui perceber o que há de ecologista no Partido Ecologista Os Verdes.
Acho que também nunca ninguém percebeu…
Parecem mais uma filial do PCP ou da CGTP.
Não parecem! São! O que é perverso e prejudicial, pois andam desde há décadas a perverter o discurso ambiental e a criar anti-corpos contra o ambiente em toda a gente que não é comunista. Por isso é que o PAN nesse aspecto foi uma lufada da ar fresco.
Fica aqui uma notícia da altura em que o relatório foi lançado.
Ninguém os está a demonizar. Já te disse que quero que eles estejam disponíveis. Agora, ignorar os efeitos negativos como faz o RNC2050 e basear a estratégia de descarbonização da mobilidade em plataformas deste tipo, é que é totalmente irresponsável.
Mas ainda não me disseste onde está a fonte para esta afirmação
Nos Estados Unidos, onde estas plataformas de transporte já se encontram em funcionamento há vários anos, os dados demonstram que foram realizados 2.8 novos quilómetros por cada quilómetro em automóvel particular eliminado, resultando num incremento global de 180% do tráfego automóvel nas cidades americanas.
O incremento do tráfego automóvel foi de 58% (coluna B) e não 180%, o que faz toda a diferença. Os 180% fazem referência a viagens particulares (automóvel e outros modos, coluna C)
“Private-ride TNC services (UberX, Lyft) put 2.8 new TNC vehicle miles on the road for each mile of personal driving removed, for an overall 180 percent increase in driving on city streets.”
Parece-me que fazes confusão com os termos pois “personal driving” nesse contexto não é apenas com automóvel. Mais uma vez vê a coluna C da tabela 8. É daí que vêm os 180%. Na terceira linha de “Previous mode” tens “Driving”, “taxicab” e “transit/walk/bike/no trip”.
A coluna B representa apenas as viagens que antes se faziam em automóvel particular, excluindo as viagens que antes se realizavam de transportes colectivos, a pé, de bicicleta ou que nem sequer se realizavam.
Na coluna C faz-se a substituição de viagens particulares (driving, taxicab, transit, walk, etc.) para TNC. Na coluna B faz-se a substituição de apenas viagens em automóvel particular para TNC. É a coluna B que queres, não a C. Se reparares na coluna C, 60% das viagens substituídas vinham de modos que não o automóvel.
Eu quero precisamente a coluna C, porque mostra o total de kms adicionais percorridos em automóvel incluindo as viagens que as TNC foram roubar aos outros modos. Foi isso que ficou escrito no comunicado da MUBi.
João, a mim parece-me óbvio que o típico português não vai gastar dinheiro a ir e vir todos os dias do trabalho de Uber…
Em todo o caso, eu prefiro focar-me no potencial das coisas. Para os comportamento negativos, deve existir regulação (neste caso, a mesma que funciona para automóveis particulares, funciona bem para esta). Serviços como uber e taxi ajudam a tornar as pessoas mais independentes do automóvel, por potenciarem a utilização de um sem que se tenha de o ter, de o conduzir, que o estacionamento seja um problema, ou que a falta de transportes públicos seja um problema (porque eles nunca existirão em todo o lado e em todas as horas).
Nos Estados Unidos, onde estas plataformas de transporte já se encontram em funcionamento há vários anos, os dados demonstram que foram realizados 2.8 novos quilómetros por cada quilómetro em automóvel particular eliminado, resultando num incremento global de 180% do tráfego automóvel nas cidades americanas.
No comunicado é dito que houve um incremento global de 180% do tráfego automóvel quando tal é falso. A coluna C tem 60% de “previous mode” que não é automóvel. O que tu queres não está discriminado nessa tabela.
Juro que não consigo perceber. Em que é que a tradução está mal feita?
Private-ride TNC services (UberX, Lyft) put 2.8 new TNC vehicle miles on the road for each mile of personal driving removed, for an overall 180 percent increase in driving on city streets.