Bicicleta eléctrica com bateria escondida

Nota: quis deixar a minha mensagem no tópico Bicicletas eléctricas, mas não me deixou por causa das + de 3 mensagens consecutivas.

Num post da net, penso que do @ruimizusaki, vi um tipo de bicicletas eléctricas que me chamou a atenção:

Porque a bateria não é aquele trambolho inestético e mal-asado que costumamos ver. Está metida dentro do tubo inferior do quadro.

Estive a vasculhar o site para chegar a algumas conclusões.

O que gostei:

  • Exactamente o que já disse, não ter a bateria visível, o que até dá menos a sensação de ser uma eléctrica aos ladrões
  • A autonomia. 70 Km (50 a 100) de média em todos os modelos
  • Não tem carradas de gadgets, como algumas eléctricas
  • Não são pesadas

O que não gostei:

  • O preço. Nada adequado a carteiras portuguesas.
  • A bateria parece dar para remover, mas segundo um processo nada simples, que terá que ser numa oficina. É o preço a pagar por ter a bateria onde está. Paciência, não se querer ter “Sol na eira e chuva no nabal”
  • Não consegui perceber se o carregador se tinha de comprar à parte
  • A tomada para entrada de corrente do carregador é tudo menos standard
  • A regulação de assistência é num botão que fica num sítio muito pouco prático. E que ainda por cima o botão acumula mais funções, como ligar / desligar e calibração. Não é bom ao nível da usabilidade.
  • Apesar de não ter gadgets, devia ter pelo menos no guiador, a indicação de nível de bateria e a regulação do nível de assistência. Tem uma app Android, e já confirmei que dá para fazer as duas coisas no telemóvel; mesmo assim preferia que também desse para fazer no guiador.
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Não percebo grande coisa disso, mas tens uma alternativa parecida e mais barata.

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Eu também não percebo grande coisa do mercado de eléctricas. E a VanMoof é facto mais barata, mesmo não sendo barata.

No entanto, acho que não se parece tanto com uma bicicleta mecânica quanto a Amplers.

Sim, de facto o não veres que a bicicleta é obviamente elétrica é fantástico.
Já há várias marcas a explorar isso.

Geralmente isso vem com um “problema” associado, que é o facto da bateria não ser amovível, i.e., quem não quiser/puder levar a bicicleta para dentro de casa pode ter um problema difícil de contornar.

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E ainda têm outra vantagem (e que vantagem!): o peso. Geralmente é bastante sub 20kgs, algumas sub 15kgs! :open_mouth:
Como por exemplo estas maravilhas feitas aqui no nosso país vizinho:

http://desiknio.com/

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Brutal!!! O preço acompanha o entusiasmo…

A sábado, 6/02/2021, 18:19, rui mizusaki via Fórum da MUBi <[email protected]> escreveu:

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Eu tenho uma dobrável.

A bateria fica escondida no “ferro” principal que é habitualmente mais grosso neste tipo de bicicletas.

Também não tem nenhum ecrã e os cabos são relativamente discretos.

Ao ser dobrável consigo evitar deixá-la na rua muitas das vezes. Até mesmo quando vou a casa de alguém posso ir com ela no elevador e pedir para deixar no hall de entrada.

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Mais uma com a bateria escondida:

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Comprei há uns meses uma Ampler Stout. É cara mas, tendo passado demasiado tempo a comparar marcas e modelos, creio que tem uma melhor relação qualidade-preço que as concorrentes directas. Incluindo as VanMoof, que são excelentes conceitos e que não duvido serão bicicletas excelentes no futuro, mas por enquanto ainda dão chatices a mais.

Relativamente aos pontos negativos da Ampler: a app resolve alguns deles, já que dá para controlar quase tudo a partir de lá, incluindo as luzes e o nível de assistência do motor. Com o telemovel e um quadlock no guiador praticamente nunca uso o botão. A bateria não ser removível de facto é um problema grande para quem não tenha garagem e viva num apartamento. O carregador vem incluído.

Não sei se a minha opinião vai mudar quando tiver problemas que não consiga resolver numa oficina local, mas até ver estou muitíssimo satisfeito com a bicicleta.

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Fantástica Eduardo! Claramente a bicicleta desde tipo que mais gosto e a que agora compraria.

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Olá,

Já utilizei dezenas de modelos e tipos de eléctricas diferentes: dobráveis, BTT, urbanas, motor à frente, central e atrás, e de muitas marcas. Tenho uns largos milhares de kms com várias destas bicicletas. Nenhuma foi comprada por mim e, actualmente, não tenho uma eléctrica porque acho que não preciso.

Por entre estes quilómetros todos, há um factor para mim que se tornou essencial na escolha de uma eléctrica: o comportamento. Ou seja, em quase todas as que experimentei, sem motor central, os pedais são pouco mais do que um activador do motor, e os diferentes níveis de assistência limitam-se a regular a velocidade até à qual temos assistência. As Giras são um bom exemplo do que escrevo. Tem a ver com o gosto que tenho em andar de bicicleta.

Entre as de motor central, e das marcas mais conhecidas (talvez haja outras), a que nunca experimentei foi a Brose, mas a minha escolha vai, sem qualquer dúvida, para a Bosch. Quando pedalamos, seja no nível mínimo de assistência, seja no máximo, o motor acompanha o nosso esforço (mais ou menos, consoante o nível) e não provoca acelerações incómodas.

Posto isto, estas Ampler são lindíssimas (que é sem dúvida um ponto negativo da maior parte das eléctricas), e vejo como uma grande vantagem não ser tão óbvio que é uma eléctrica (imagino que por esse motivo também não têm qualquer mostrador no guiador). O preço é alto mas, salvo raras excepções, uma boa eléctrica nunca fica por menos de 2000 Euros, e é muito fácil chegarem aos 2500 Euros (e muito mais!).

Mas, pergunto ao Eduardo o que ele acha em relação ao comportamento que aqui descrevi, uma vez que isso é para mim o mais importante. E, já agora, não encontrei informação sobre o torque desenvolvido pelo motor. Essa questão também é importante para, numa subida mais íngreme, não termos de ir à velocidade de quem anda a pé (eu peso quase 90 kgs, e noto a diferença :slight_smile:).

abraços

RF

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Olá Ricardo,

Excelente observação.

A minha experiência com mid-drives é muito limitada, pelo que não consigo comparar adequadamente, mas conheço o efeito que descreves. Das eléctricas que já experimentei com motor na roda, a Ampler é sem dúvida a que oferece a assistência mais natural, mas ainda assim está longe de ser perfeita. O sensor de torque da Ampler é suficientemente bom para conseguir detectar a força aplicada nos pedais e ajustar a assistência do motor em função disso. Na maioria das situações, isso acontece de forma gradual e relativamente natural, mas há excepções (e.g. se aceleras e chegas aos 25km/h muito depressa, o momento em que o motor corta a assistência pode ser um pouco brusco, talvez por não ter tempo de a reduzir de forma gradual, e tens aquela sensação de que a bicicleta ficou subitamente 3x mais pesada). Mas o efeito que já senti em algumas eléctricas mais baratas, nas quais a assistência do motor é binária (“empurra-te” se estás a pedalar, pára totalmente se não estás) não costuma acontecer. Um dos aspectos interessantes da app é que permite ver o nível de assistência que o motor está a fornecer com bastante exatidão, em tempo real, e permite constatar isso mesmo.

Até hoje não encontrei uma subida que não conseguisse fazer sentado sem grande esforço. A sensação não é a mesma de conduzir uma eléctrica com acelerador, claro, e uma subida íngreme continua a exigir força de pernas (quanto mais não seja, para comunicar ao motor que precisa de aumentar a assistência), mas consegues velocidades decentes em subida sem suor (para referência, eu peso cerca de 90kg também).

Dito isto, não duvido que o comportamento de uma mid-drive seja muito superior. Cheguei a considerar comprar uma Riese & Mullër em vez da Ampler, por isso mesmo—embora bonitas também, são menos discretas e estão noutra liga, em termos de preço.

Um abraço

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Quais chatices?!

Penso que o que te estás a referir é o sensor de binario.

As bicicletas com sensor de binario entregam uma potencia proporcional à força que se faz no pedal, pelo que acabam por ser muito naturais.

As bicicletas da UBER (não sei se ainda existem) tinham sensor de binario, ao passo que as da GIRA não têm.

Havia quem se queixasse que as bicicletas da UBER andavam pouco precisamente por causa disso. Estavam habituados à GIRA em que é só manter os pedais a girar sem fazer força nenhuma para ela andar a 25 km/h.

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Olá,

Penso que se costuma chamar sensor de torque, e não de binário, por ser a força dos nossos pés nos pedais num movimento rotativo.

As Jump (Uber) já não existem, mas tinham realmente um comportamento diferente das Giras. Não as usei muito, mas o que senti da minha experiência é que não podias combinar uma mudança leve com um nível mais alto de assistência do motor. Aquilo apenas tinha um selector e, quando escolhias mais assistência, também estavas a escolher uma mudança mais pesada. Não funcionava bem e, por isso, preferia o comportamento das Giras (apesar de não ser muito confortável).

@Sergio_Loureiro, também já ouvi falar de problemas com as VanMoof, de um proprietário de loja. Se bem me lembro, tem a ver com o facto de eles terem um sistema próprio que, quando requer assistência, só é dada na Holanda.

@undersight, obrigado! Também sou fã das R&M, mas são realmente um bocado mais caras do que outras com sistemas equivalentes.

Abraços

RF

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@Sergio_Loureiro creio que a VanMoof cresceu muito e muito depressa, e não anteciparam a quantidade de problemas com os quais teriam de lidar. Especialmente considerando que as bicicletas deles têm muita tecnologia proprietária, não são fáceis de reparar e há poucos centros de assistência autorizados (ao que sei, algo que estão a tentar melhorar).

Há um artigo no The Verge que aborda a situação e um grupo no Facebook (chamado VanMoofing) onde a quantidade de malta frustrada com problemas e a fraca resposta da empresa permite perceber um pouco a dimensão do problema.

É pena, porque as bicicletas são muito bonitas e, ao que me dizem, excepcionalmente boas quando tudo funciona.

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Continuam a aparecer modelos interessantes.

Equal bike
1490€ (+250 para belt drive)
14,7 kgs
Bateria amovível.
Oh boy, esta tem os “checks” todos :heart_eyes:

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Esta tem uma desvantagem.

É tao linda,que preferia ficar a contempla-la do que a pedalar :wink:

A terça, 23/02/2021, 23:36, rui mizusaki via Fórum da MUBi <[email protected]> escreveu:

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Para mim ainda tem outra desvantagem: é mais óbvio que é eléctrica. Não conheço nenhuma mecânica com o tubo superior com o feitio tão redondo, nem tão direito, nem com tanta grossura. Já para não falar da saliência para trás.

E não terá tendência para empinar para a frente quando se usa o travão da frente?

O peso da bateria fica tão acima do eixo da roda.