Ferrovia em Portugal

E se os operadores rodoviários pagarem a utilização da via nos mesmo moldes da ferrovia ?

E se os operadores ferroviários low-cost matarem de vez a rodovia?

Essa pergunta não faz muito sentido…

A verdade é que um autocarro é muito mais flexível que um comboio.
E em Portugal tens uma boa rede viária, mas nem sequer tens algo a que possas chamar rede ferroviária.
Quais seriam as grandes desvantagens de teres um bom serviço de autocarros eléctricos low-cost em vez de um bom serviço de comboios low-cost?

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Mas isso é fácil de resolver. É investir na rede…

Agora, nas cidades que são servidas por comboio, como achas que as pessoas se deslocam?

Eu tinha um colega meu (em Lisboa) que era de Faro. É óbvio que ele quando ia a casa ia de comboio. Um autocarro não consegue competir com a rapidez e conforto de um comboio… e a verdade é que actualmente as viagens de alfa e intercidades estão muito baratas (e julgo que esse serviço tem lucro).

A última vez que fui a Lisboa, foi de Rede Expressos. O comboio estava ao dobro do preço.
Se eles conseguirem ser mais competitivos que o comboio, talvez o futuro da ferrovia não seja muito risonho.

Tem de ser comprado com pelo menos uma semana de antecedência, para comprares bilhete promocional. Já apanhei bilhetes entre Lisboa e Porto a 9€ (só ida).

Pois, mas a Rede Expressos também tem desconto com 3 ou 5 dias de antecedência.

A questão é que numa economia de mercado, os agentes devem pagar as externalidades negativas pelas suas ações, ou seja, essas externalidades devem ser internalizadas no preço ao consumidor. Não se passa na rodovia, visto que o estado coloca milhares de milhões todos os anos na rodovia, já para não falar no pagamento de dívidas em PPP a longo prazo. Todavia tal não é responsabilidade dessas empresas, as empresas apenas fazem uso das condições que o estado providencia, e se existe uma rede de AEs megalómana à sua disposição, as empresas usam-na para faturar, independentemente dos custos ambientais. Cabe ao estado e à sociedade civil, regular e defender o interesse comum e o ambiente. E digo o que sempre disse, não devemos taxar essas empresas por serem empresas, mas devemos taxar o transporte rodoviário. Em qualquer caso há uma enorme injustiça fiscal nas empresas de transporte, visto que têm deduções em sede de IRC para o gasóleo, o que não se justifica.

O estado tem por conseguinte que investir na ferrovia e desincentivar esse tipo de atividades.

Mas e se os autocarros forem eléctricos e alimentados a energias renováveis?
Talvez a eficiência e o impacto ambiental não sejam muito diferente da ferrovia.

Há sempre o problema ambiental das baterias. E há ainda um enorme problema ambiental - mais um - que poucos consideram no sistema rodoviário, que são os pneus. Um comboio é mil vezes melhor que qualquer autocarro, do ponto de vista ambiental.

http://www.rerubber.com/environmental-impact/

Mas afinal o que é o Low-Cost ? Um jargão para definir empresas que exploram os seus empregados, quando todas o fizerem acaba o conceito.

A questão aqui é energética. Ferrovia é energéticamente mais eficiente do que rodovia e não está sujeita a congestionamentos por excesso de tráfego, para além de possuir muito maior capacidade de transporte. O problema é que a ferrovia paga a via e os autocarros não porque a rede viária é partilhada por todos e isso subverte o custo real do transporte rodoviário fazendo-o mais barato do que a ferrovia quando na realidade não o é.

O desgaste dos pneus, o desgaste do pavimento e as pastilhas de travão. Cada um deles gera PM na mesma magnitude que um motor diesel Euro 6 ( é apenas uma comparação, não estou a defender o diesel), e de facto o comboio produz particulas de ferro, algo ambientalmente inofensivo. Como os freios são electrodinãmicos, poucas são as particulas de pastilhas de travão ( embora os comboios as tenham para imobilização final).

Olhem para isto:

https://tvi24.iol.pt/videos/sociedade/caos-em-comboio-da-cp-com-passageiros-de-pe-e-ao-monte-entre-tomar-e-lisboa/5bd773d60cf2223b6a7acaab

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Que tristeza…

É mesmo caso para dizer “continuem a gastar milhões em autoestradas…”

https://expresso.sapo.pt/politica/2018-10-30-O-metro-vai-ate-Alcantara-e-a-partir-dai-havera-um-metro-ligeiro-para-Oeiras?fbclid=IwAR3hCUT_FOSlpMBO5_qNQSEcwqiunXXCdTg-o9sf5X_fZQhKAiDuXf248Eg&fb_ref=YltLQh5Keg-Facebook

Vai conseguir cumprir a promessa de extensão do metro?
O plano da mobilidade vai ser anunciado na próxima semana. O metro vai até Alcântara e a partir daí haverá um metro ligeiro, ainda está em estudo como, até Oeiras. O estudo está em fase final e o acordo entre os municípios está para breve.

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Como é que meia dúzia de porcos burgueses agarrados à teta pública, conseguem deixar toda uma população sem comboios e colocar o país num caos? PS: escreve um funcionário público

@jmpa, a liberalização não vai funcionar! Tens aí a resposta! A IP vai lá estar sempre, com o monopólio da rede!

PS: As lontras da IP querem o aumento do subsídio de refeição em 54 cêntimos! Como o governo não cede, cede o povo que fica sem comboio! Respeito!

Ah, é tão bom viver da teta pública! E parar o país para pedir mais!
PS: escreve um funcionário público

A maioria dos funcionários da IP que hoje fez greve usa o carro particular! Mas estarão lá sempre para defender o “direito fundamental à greve” nos transportes públicos. E depois não vos admireis com os surgimentos de trogloditas como Trump ou Bolsonaro! É que as massas, os pobres, usam os transportes públicos nos meios urbanos. E os fascistas colocam os grevistas na ordem, a bem ou a mal, na maioria dos casos, infelizmente, a mal. Consta, diz a História (grafado com H maiúscula), que Benito Mussolini foi muito bem recebido pelo povo, inicialmente, apenas porque colocou os comboios italianos a chegar a horas. Bastou um facínora e déspota como Mussolini colocar os comboios italianos a chegar a horas, para ser aclamado pelo povo. O fascismo desenvolvido por déspotas trogloditas que desrespeitam as diferenças e as particularidades de cada indivíduo, é catapultado porque as elites demonstram uma enorme falta de respeito e desconsideração pelo população. E “elites”, não são apenas os “capitalistas e banqueiros”, socialmente são todos aqueles que estão no primeiro quintil de rendimentos, a maioria dos funcionários públicos inclusive.
Sou funcionário público há 8 anos e fiz ZERO greves! O meu patrão não é o meu chefe, o meu patrão é o interesse público!

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Claro que o fascismo italiano colocar os comboios a chegar a horas foi apenas um mito, mas bastou o mito para ser ainda hoje agraciado por muitos saudosistas

https://www.quora.com/Whats-the-significance-of-the-phrase-Mussolini-made-the-trains-run-on-time

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