One cyclist in Lisbon

Eu aplaudo a atitude dele para com os peões. Buzina com antecedência e agradece. É assim que deve ser.

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Também não acho que seja abusado com os peões… pelo contrário.

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Não é questão de buzina, é mais amplo, é uma questão de sarcasmo e de superioridade moral perante os peões; exatamente a mesma que os automobilistas demonstram perante os ciclistas, o sentimento de superioridade hierárquica providenciado pelo bloqueio da serotonina que a máquina mais pesada e potente lhes providencia em relação aos demais.

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No máximo, podes equiparar a irritação que nos provoca um peão na ciclovia à irritação que nós ciclistas provocamos a um condutor na estrada.

Mas nós ciclistas estamos autorizados e obrigados pelo CE a andar na estrada.

Os peões estão proibidos de andar na ciclovia, e fazem no por puro comodismo.

Lido bem, moralmente, com umas buzinadelas pedagógicas.

Acho que uma campainha de bicicleta ou uma corneta não se equipara bem a uma buzina…

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Não só! Temos este hábito nefasto e “cultural” de “valorizar” a calçada à portuguesa, mas é desconfortável para caminhar a pé, e por isso muitos peões usam a ciclovia pois o piso é mais confortável. Ademais a CML e muitas câmaras fizeram ciclovias roubando espaço aos peões.

O CdE também refere explicitamente que ninguém pode “perturbar o trânsito”. Muitos automobilistas podem arrogar-se desse princípio para fazer bullying sobre os ciclistas.

@Aonio_Lourenco percebo o teu ponto.

Eu pessoalmente, não me incomoda nada se existir um ou outro peão na ciclovia… não me incomoda partilhar espaço. Incomoda-me quando são em tal quantidade, ou quando estão posicionados de tal forma, que obstruem a passagem e, por cima disso, não ouvem a campainha da bicicleta ou não reagem a ela…

Eu como sou de Algés, uso muito a ciclovia ribeirinha e acredita, a postura dos portugueses e dos turistas é muuuito diferente… tu podes ir a pedalar na direcção de um grupo de portugueses virados para ti e a tocar a campainha que simplesmente se estão a marimbar e esperam que sejas tu a sair da ciclovia e a contorná-los pelo passeio. Os turistas, em geral, assim que ouvem a campainha, dão logo um pulo! Percebe-se que muitos deles estão habituados a lidar com as bicicletas enquanto elemento da envolvente urbana de uma maneira muito diferente dos portugueses. Os portugueses ouvem a campainha e muitas vezes pensam “que raio é que este gajo quer”. E às vezes dá mesmo é a sensação de que na verdade pensam é que “lá vem mais um maluco parasita das 2 rodas, ele se quiser passar que vá à volta”. Andam completamente à nora.

Como disse, não me importo de partilhar o espaço… mas é muito raro ver peões a partilhar esse mesmo espaço de forma correcta. Há muita gente a correr que usa as ciclovias precisamente por causa do piso, mas devem ser tipo 0,01% as que correm no extremo da ciclovia e virados para o fluxo de bicicletas. Quando assim o fazem, é super seguros para todos, porque o peão vê-me, eu percebo que ele me está a ver, e tenho espaço para passar ao lado dele sem o surpreender e sem necessidade sequer de usar a campainha. Nem me chateio quando a tenho de usar… desde que reajam a ela. Mas é raro apanhar isto. O mais frequente são peões no meio, ou grupos de peões, a obstruir a circulação, e a ignorar os sons da campainha.

O que fazes tu nestes casos? Aguardas pacientemente atrás de cada pessoa que se cruza à tua frente, pedes gentilmente ‘com licença’, e só depois de saírem da ciclovia é que regressas ao teu ritmo?

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Pode-se sempre usar uma buzina a ar comprimido :smiley:
Na região Oeste ( Torres Vedras e arredores) a presença de ciclistas na estrada é uma realidade desde há muitas décadas antes da “moda” das ciclovias pelo que a convivência entre automobilistas e ciclistas tem sido pacífica excepto para os “outsiders” que teimam em aparecer recentemente.

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Nem a propósito, é mais ou menos assim que tento encarar essas situações.

Às vezes vejo com cada artista a pedalar nas ciclovias, no meio das pessoas, que me fazem lembrar precisamente os stressados do volante (não que considere ser o caso do Onecyclist).

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Também o acompanho.

Tenho pena que durante os 5 anos que vivi em LX não havia praticamente nenhuma ciclovia, agora está com uma rede bem extensa. Chego a Braga, e pouco mais de 8 kms de ciclovia, para os 76 que estão por vir (e tardam a aparecer!).

Temos ainda o problema do aumento de carros no centro da cidade, que tem sido acompanhado pelo investimento em estradas e parques de estacionamento. Em sentido contrário, está o investimento nos espaços verdes e vias pedonais/cicláveis.
Infelizmente temos falta de investimento em transportes públicos ecológicos, muito por culpa da pouca ajuda dos governos. Braga tem uma frota com uma idade média de 19 anos e a precisar de renovação. Foi pedida ajuda, mas não veio dinheiro.

Falta também da parte do governo incentivar a aquisição de meios de transporte limpos (de IVA reduzido), apoiar com um valor monetário superior aos 200 milhões para construção de ciclovias (concorrendo a fundos da UE)… tanta coisa por fazer nas cidades principais (excepto Lisboa, Porto, Aveiro que já estão bem encaminhadas).

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Do que me lembro de Braga, tal como noutras cidades lusas - exceção a Guimarães - é que tem muitos carros no centro. Vais a Espanha e o cenário muda. Mais pessoas, mais espaços pedonais e mais comércio e não há ciclovias nem jardins. Os carros nos centros urbanos desumanizam uma cidade.

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Vamos esperar por um plano de mobilidade e reestruturação rodoviária e ciclável que foi prometida pelo Ricardo Rio. Aqui é uma terra de promessas mas é para ganhar votos ou pura especulação.

Conheço.
Não sigo muito, pois apresenta algum conteúdo sexista, como por exemplo fazer zoom no peito de um peão do sexo feminino! Absolutamente abominável!
Este exemplo enquadra-se em parte na tal superioridade moral de que fala o Aónio…

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Creio que lhe podes fazer esse reparo, de forma educada, para garantir que esse tipo de situações não torna a acontecer.

Contudo, creio que já vi todos os vídeos dele, e tenho mesmo de puxar pela cabeça para me lembrar dessa situação em particular, ou de quaisquer exemplos de sexismo no geral.

Vivemos uma altura de mudança na sociedade, para melhor, creio eu. Há situações de sexismo e misoginia que são inaceitáveis. No entanto, deseja-se ponderação nas acusações e análise responsável ao conteúdo.

Honestamente também não me recordo desse tipo de situações… nem me parece estar muito em consonância com o espírito que o canal transmite. Mas admito que possa ser falta de memória…

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Não me lembro de ver nenhum zoom ao peito de “um peão do sexo fem…”, epá, de uma mulher.
Vi sim no meio de uma catrefada de vídeos, 1 zoom (ou talvez 2, não sei) a uma mulher que ele achou particularmente bonita. Não foi ao peito. Foi à mulher. Quanto muito fechou no que em audiovisual se chama um plano médio (da cintura para cima), provavelmente para que se veja melhor a expressão facial.

Sinceramente acho que o politicamente correcto de vez em quando passa um bocadinho os limites do razoável. Espero que um dia não sejamos obrigados referir-nos a uma mulher como “elemento do sexo feminino” e ai de quem tente sequer um contacto visual.

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Foi assim que apareceram as burcas :smiley:

Fico com pena que tenha percebido dessa forma. Na realidade filmei o peito da rapariga pois estava escrito Hard Rock Café, que achei engraçado, e logo de seguida aparece um clip onde me encontro defronte do Hard Rock dos Restauradores. Eu gosto de fazer esse tipo de saltos e faço em peitos de homens, mulheres, animais, cartazes…seja o que for.

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True story. Também vi esse episódio! Gostei foi da forma como abordaste a Polaca LOOOOL. Continua o bom trabalho! Já comecei a filmar as atrocidades na estrada feitas por quem as usa (automobilistas, ciclistas, peões, etc.)

Fica aqui um vídeo de ontem (situação demasiado caricata).

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Estou a criticar pois vi dois vídeos com conteúdos sexistas. Provavelmente; estes são mais facilmente recordados por quem mais se sente diretamente afetada.
A minha adjetivação referiu-se ao conteúdo na manifestação livre da minha opinião, sem qualquer insulto à pessoa envolvida. Logo, não considero haver legitimidade para chamadas de atenção quando à polidez da linguagem, nem à sua ponderação.
Sim, fizeram-se conquistas civilizacionais nas questões de género. No entanto, algumas vêm sendo questionadas e colocadas em risco. Por expl, cada vez que uma mulher se candidata a um emprego e lhe perguntam se pretende ser mãe! Por expl, qd se vê publicidade que claramente objetifica o corpo da mulher, ou a relega para o estatuto de cuidadora do lar e da família, ou para a futilidade do cuidado extremo com a aparência.
No âmbito da mobilidade, também há bastantes situações de discriminação de género.
Quando um homem tiver que se preocupar ao deslocar-se em contexto público com a possibilidade provável de ser assediado, porque alguém lhe quer dizer que o seu lugar no espaço público é mais pequeno que o seu, e que tem poder para focar diretamente o seu corpo, opinar sobre o seu corpo, (ou mesmo tocá-lo e violá-lo), terá mais legitimidade para aconselhar ponderação na sinalização e adjetivação de conteúdos sexistas.

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