Porto: Nova rede de ciclovias

Recuperando um assunto para tratar de outro na ordem do dia.

Seria uma redundância fazer uma linha de elétrico nesse trecho, já que a cidade já dispõe de dois eixos de ligação, quase na mesma zona entre aliados/são bento/bolhão e campanhã. Não vejo real impacto na diminuição do tráfego por tal modal. Enquanto que o tráfego pedonal e ciclístico não possui nenhuma alternativa melhor de conversão entre cotas da parte baixa para a parte alta, além de se criar um lugar de arrepiar ao longo de toda a cidade.

E a esse ramal se conectaria também e mais facilmente campanhã à nova linha do metro, graças ao famigerado elevador que se construiria na base da nova ponte. Seria uma ótima forma de ligar os dois eixos da cidade de forma rápida e moderna.

Uma pergunta? Alguém sabe se em Gaia, há previsão de construção de rede cilcoviável conectada à nova linha de metro. Fiquei com a impressão de haver muita discussão em torno do caráter ambiental da ponte, mas pouca ênfase na rede cicloviável da envolvente em questão, já que Gaia recebe a maior parte do investimento no caso do metro.

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Entendo, mas discordo faz mais sentido uma linha de elétrico/metro ligeiro nesse eixo, acabava por trazer muito mais pessoas, mas é a minha opinião.
Quanto a Gaia, apenas da ponte até estação da rotunda é que tem ciclovia, se vão ligar a algum sitio ainda não se sabe

Sobr o trecho. Compreendo, Pedro. Mas tenho a impressão de que, pelo número de pessoas não chegaríamos lá. O trecho principal do metro serve bem e as pessoas tenderiam a privilegiá-lo para evitar baldeações. Além disso,
ele demanda mais infraestrutura, numa região já desgastada com obras do Terminal. A ecovia evita transtornos, é mais barata, muito bonita e prestaria um serviço à mobilidade urbana da cidade que poucas vias tem o potencial para fazer. Enfim, são opiniões diferentes, mas tendo a considerar os argumentos em questão também.

Perguntei sobre Gaia porque senti falta de um plano de mobilidade por bicicleta na divulgação do projeto. Ficou no ar esse futuro mais ecológico, como se ele se realizasse com uma grande ponte e pronto.

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Obrigado pelas informações!

Já existe ciclovia desde a rotunda Edgar Cardoso (onde será a estação rotunda) até à zona das praias.

Desconheço qualquer plano para fazer rede de ciclovias.

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Algumas novidades na rede de ciclovias, a julgar pela apresentação do MetroBUS da Boavista:

Aparentemente, a ciclovia da Av. Boavista será eliminada, para dar espaço para as duas faixas do Metro BUS.

Mas vamos ter ciclovia no eixo da Av. Marechal Gomes da Costa, apesar de ser daquelas cheias de curvas, com atravessamentos em passadeiras e a terminar subitamente em passeios.


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Eu já tinha visto esse desenho no separador central, mas não vi em lado nenhum a falar de ciclovia.
Viste na apresentação ou estás a assumir pelo desenho?

Pelo desenho.

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A Avenida da Boavista não é particularmente segura ou agradável de fazer em bicicleta, e mesmo assim existem muitos utilizadores de bicicleta a procurá-la. É um eixo importantíssimo do cidade. Não tenho dúvida que a implementação de uma ciclovia bem desenhada teria um potencial de atração enorme de novos utilizadores de bicicleta, em particular os mais aversos ao risco, ou crianças/famílias.

Uma obra desta importância e envergadura irá definir, por muitos anos, a forma como os utilizadores de bicicleta se relacionarão com a Avenida da Boavista. É um processo importantíssimo, relativamente ao qual deveria existir uma atenção redobrada da comunidade de utilizadores de bicicleta e em particular das associações que os representam. Esta obra foi há muito anunciada; em nenhuma notícia das que foram aparecendo ao longo do tempo, desde que esse anúncio foi feito, alguma vez existiu referência à ciclovia. Era mais ou menos evidente para quem andasse atento que a implementação de uma ciclovia estava a ser secundarizada neste projeto.

Agora chegamos a este ponto, em que o pior parece estar prestes a confirmar-se - ao fim de anos de discussão acerca da ciclovia da Avenida da Boavista (que ainda aparece como planeada no site da CMP https://mobilidade.cm-porto.pt/modos-suaves/bicicleta-e-outros-velocipedes), vamos ter um obra estrutural que não só não a inclui na zona nascente, como parece que irá retirar um troço na zona poente. Ainda se irá a tempo de mudar alguma coisa? A MUBi está a dialogar ou já procurou dialogar com com a CMP ou a Metro do Porto acerca deste assunto? Poder-se-á planear alguma ação de rua? Fica o apelo para que algo se faça. Cumprimentos.

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A Av. da Boavista é dos percursos mais seguros para fazer a partir do Foco (para quem desce para o mar), desde que se vá pela ciclovia e canal BUS entre Castelo do Queijo e Foco.
Apenas o cruzamento com Antunes Guimarães e no início do Parque da Cidade é que são pontos algo complicados.
Parece-me óbvio que só retirando lugares de estacionamento é que haverá lugar a uma ciclovia em todo o percurso.

Esse projeto é uma piada pronta, no final das contas. Regride quando o assunto é mobilidades suaves, graças a supressão aparente de canais cicláveis, não se articula de forma adequada com o metro, por conta da distância entre o ponto final do BRT e a conexão do metro, que fica a incríveis 500 metros, para não falar da solução de fazer o BRT fazer uma curva de 180 graus para não entrar na rotunda da boavista.

Estejam certos que é preciso fazer pressão para que ele não seja realizado como está, porque é um ultraje à qualquer inteligência…

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Lamentavelmente, a pressão já vai tarde e mesmo que tivesse sido mais cedo, provavelmente não teria efeito …

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A malta conseguiu deixar a almirante reis como estava em Lisboa. Se nos articulássemos talvez conseguíssemos. Que tal uma chamada para uma massa crítica ou manifestação? Seria uma briga perdida porque o canal é desnecessário? Rui Moreira é tão moderno pra certas coisas… poderia ser nessa também!

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A questão é que a AR era para dar lugar a carros, aqui existe a desculpa de ser transporte público…

O que era necessário acho eu, era garantir que se vai poder transportar bicicletas no metro coiso, porque até isso eu duvido…

Se há coisa que o RM não é, é moderno… Aliás tudo de contrário…

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Caro Jean,
digo isso pq se trata de 1 financiamento do PRR já decidido há mais de 1 ano:

Tb por saber que mesmo em processos com participação pública, q não foi o caso, com este executivo não há abertura.

Nesta fase, penso que é melhor focarmo-nos em ações de promoção do uso da bicicleta, com a população e organizações, como a que patilhei aqui: https://forum.mubi.pt/t/asprela-a-pedalar-campus-sem-carros/10499 sobre o Campus da Asprela.
No Porto, ainda temos muito a fazer na formação de massa crítica com continuidade e representatividade suficiente para ter impacto, nesta temática.

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A tese do Bernardo Pereira, "Como as coligações ciclistas modificam a cultura da bicicleta: análise da mudança na política de mobilidade em Lisboa 2009-2021”, aborda estas “coligações” como sendo formadas por activistas, decisores políticos, assessores, etc.

Em minha opinião, a sociedade civil, por si só, nunca conseguirá criar massa crítica suficiente para ter impacto.
Basta ver Aveiro que, comparado com o resto do país, até tem alguma cultura de uso da bicicleta e vários grupos, organizações e indivíduos que ao longo dos anos tem promovido acções de divulgação do uso da bicicleta. E, entre 2011 e 2021 perdeu 1/6 dos ciclistas pendulares que tinha.
Estas acções podem parecer-nos até ter grande adesão, mas tipicamente ficam circunscritas a um grupo muito restrito de pessoas.

Em Portugal, não existe abertura para discutir publicamente projectos. E muito dificilmente se consegue ter impacto num dado projecto em curso. Mas são mensagens que vão ficando e criando opinião pública, e que poderão ir moldando a opinião dos políticos de vários quadrantes e ter alguma influência em decisões futuras.

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Isso também não aconteceu, refere o BE, que menciona ainda o projecto do metrobus da Avenida da Boavista, que, para já, não prevê a implementação de uma ciclovia ao longo do seu trajecto. No lançamento da empreitada, a Metro do Porto referiu que estava a avaliar, em conjunto com a autarquia, a possibilidade de inserir um canal ciclável. Sobre este processo, não há novidades. “A implementação de uma ciclovia na Avenida da Boavista continua ainda em avaliação. Como tal, a solução a adoptar deverá assegurar condições de melhor mobilidade entre os diversos modos de transporte”, responde a câmara.

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O que queres dizer com “isso também não aconteceu”? Isso, o quê?

É uma citação do que diz o BE no artigo:
https://www.publico.pt/2023/02/22/local/noticia/camara-porto-prometeu-35-quilometros-ciclovia-bloco-quer-saber-onde-estao-2039872

Em Maio de 2020, quando o país reabria após o primeiro confinamento pandémico, a Câmara Municipal do Porto (CMP) anunciava um plano para “resgatar o espaço público” que incluía a criação de mais 35 quilómetros de ciclovias na cidade. Não aconteceu e o Bloco de Esquerda (BE), que tem um assento na vereação, quer saber porquê.

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