World statistics of Car Costs

Convém leres as conclusões do paper (o negrito é meu)

It is often mistakenly assumed that technological evolution occurs in a Darwinian world in which all technological possibilities begin on equal footing and advance or stagnate according to relative efficiency or social merit. Such an idyllic notion obscures the fact that all modes of transport require government support. The diffusion of early vehicles in the United States, such as EVs, steamers, gasoline automobiles, streetcars, and railways, has historically been a conflicted process, occurring in fits and starts, associated with different visions and values, success never guaranteed for any option, with eventual dominance achieved by gasoline vehicles slowly over time. Transportation policy and technology thus emerge as the outcome of contingent and uneven development that reflect not so much the planned needs expressed by completely rational manufacturers and drivers, but encompass a web of overlapping technical, economic, political, and socio-cultural elements and priorities.

Within such an environment, the relative success of the gasoline vehicle was connected to more than mere technology. Even though EVs initially had many advantages over gasoline- and steam-powered transport, including quieter operation, cleaner performance, and the seemingly attractive vision of a “horseless America,” they ultimately faced rejection by consumers and industrialists. EV technology, aimed at a luxury market, did not improve rapidly enough compared to gasoline vehicle technology, which was mass produced for many different types of drivers. EVs were more expensive than gasoline vehicles, had slower top speeds, were difficult to charge, and were mostly confined to urban areas. As important, EVs came to be seen as old fashioned and feminine; streetcars and trolleys as tools of corruption; trains as dehumanizing. Gasoline automobiles, instead, were associated with individualism, social renewal, family solidarity, meritocracy, and universality. Manufacturers shrewdly designed dealerships and offered test drives, provided low-cost financing and insurance, and implemented aggressive advertising campaigns aimed at men, women, and families. Significant advances in design, many borrowed from carriages, bicycles, trains, and EVs, increased the performance of gasoline vehicles and reduced their cost. The social influence of rural populations, well publicized long-distance races and tours, a series of automobile shows, and linkages between the automobile industry and other sectors of the economy convinced steel manufacturers, road construction firms, advertising agencies, banks, financers, insurance companies, and politicians to support the gasoline vehicle. Gasoline automobiles were zealously endorsed during World War I as a military necessity, benefitted from many technological developments that improved their efficiency and range while lowering their cost, were blessed with the construction of highways and roads funded by taxpayers, and were supported by an effectively organized consortium of automobile manufacturers and oil companies. Electric utilities, the primary fuel suppliers for mass transit systems and EVs, and other stakeholders could not agree about how best to position electricity as a fuel for the transportation sector, remained fragmented, and focused on other markets.

Enfim, política reles, e muito marketing!

@Aonio_Lourenco os holandeses calcularam que o carro custa €660.000 ao longo de uma vida:

Having/using one car from the age 18 to 75 costs €660.000*.

Instead of forking that out to the car/oil industry, imagine how you could use to his to live elsewhere, use alternative modes, or spend on other activities!

1 Curtiu

Afirmação leviana. Mudar de habitação requer todo o dinheiro à cabeça e os empréstimos estão sujeitos a muitas condições particulares. Mas é sempre fácil tirar conclusões relativamente a eventos no passado quando se tem visibilidade de tudo o que ocorreu.

Não percebi a intenção deste post.

Por um lado significa que se vai pagar menos para poluir mais. Por outro lado significa que o estado continua a alimentar o OE à custa dos impostos do sector!

@Aonio_Lourenco aposto que esta malta não contabilizou as externalidades, os custos da infraestrutura (se calhar ainda pensam que a despesa com a infraestrutura também continua a impulsionar a economia) e todas as outras despesas resultantes da dispersão urbana e afins.

Entre os vários tipos de crédito ao consumo, são os empréstimos pedidos com a finalidade compra de veículos que tem “efeitos maiores e mais persistentes sobre o PIB” . Um aumento temporário e inesperado em 1% no crédito para compra de veículos aumenta o PIB em 0,25% ao fim de dois anos e 0,5% ao fim de três anos.

1 Curtiu

Aindas tens dúvidas? Desde a obra (sector da construção civil), à utilização, portagens escoamento de produtos, etc

Se fosse para fazer a A1, ou uma ligação a Espanha talvez, agora alargar a A5 para mais uma via, vais é ter prejuízo.

E se olhares para as alternativas como a ferrovia, aí é que podes ter retorno, ou pelo menos um prejuízo menor. Não é por acaso que querem construir uma nova linha para ligar Aveiro a Salamanca, apesar de já existir a A25. Os custos para escoar os produtos iriam baixar para as empresas daqui da região.

Então convém não generalizar. Na questão da A5 seria melhor renovar a linha férrea de Cascais

@jmpa aqui tens de me dar razão :wink: pois era a política de direita que dizia que não é aumentando apenas o consumo pela via da devolução de rendimentos que conseguimos aumentar o PIB de forma sustentável. Este tipo de crescimento é completamente insustentável porque, por um lado é feito apenas à custa de endividamento, e porque é feito à custa de endividamento externo. Ademais quando um português compra um carro, está adquirir um ativo cuja manutenção e operação vai depender quase exclusivamente de importações, i.e., peças e combustíveis.

Esta malta é de direita, ou seja o problema é transversal.

Será também promovida uma mesa redonda sobre o “Impacto do Crédito ao Consumo na Economia Portuguesa”, com as participações, já confirmadas, de António Nogueira Leite, economista, Pedro Brinca, professor da Nova SBE, Fernando Alexandre, professor UMinho e Rogério do Ó, representante da ASFAC. A moderação está a cargo da jornalista Helena Garrido.

Eu sei, mas esse pessoal nem é de direita nem de esquerda, são economistas vendidos aos interesses da indústria. Para mim este gráfico é elucidativo (vê lá quando é que se vendeu menos carros)

Não é correcto, só a mão de obra e impostos superam os 50%. Quanto aos combustíveis importas a matéria prima, a refinação é nacional.

Qualquer pessoa que perceba um pouco que seja de economia sabe que se para cada ponto percentual de aumento do financiamento de algo corresponder apenas 0,25 pontos percentuais de pib… então o negócio é muito mau. A dívida externa que se cria, o desequilíbrio na balança comercial e os efeitos nas externalidades superam de forma estapafúrdia a riqueza que aí se produz. É um caso típico de má alocação de recursos que acontece porque os estados abstém-se de corrigir falhas de mercado (neste sector, assim como em muitos outros, na verdade até os agravam bastante). É como criar uma dívida de 100 mil euros para fechar um negócio que vai render 20 mil… Mas isto não é palpável para o comum dos mortais porque não acontece à escala do indivíduo, é macroeconomia.

1 Curtiu

Os EUA a dar o exemplo.

Quando adicionas o valor do carro, peças, crédito e combustíveis, diria que bem mais de metade do valor que pagas vai para o estrangeiro. Mas ao contrário de ti, eu não afirmo números os quais desconheço. Tens dados?

Só as peças possuem margens superiores a 40 % , junta-lhe o IVA e a mão de obra e verás quanto é que sai realmente do país. Mas a questão base é de que não podes olhar para a vida pessoal de cada cidadão como um negócio.

Claro que não, cada um faz o que quer com o seu dinheiro, dentro do quadro legal. Falamos de políticas públicas e fiscais, que afetam o desempenho macroeconómico. Incorres recorrentemente nessa confusão.

2 Curtiram

1 Curtiu

Estou com a impressão que deve faltar um pormenor que faz toda a diferença na notícia. Essa diferença entre carro eléctrico e a energia fóssil só deve ser válida se o dono tiver capacidade de carregar o carro eléctrico em casa.