Bicycle Friendly Index

È exactamente esta a relevância do Index, como orientador de futuros investimentos

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sim, de facto é verdade, mesmo na Holanda, reparo empiricamente que marroquinos e turcos (ou descendentes), assim como emigrantes do sul da Europa, têm mais tendência a usar o carro, do que os “holandeses”. Não sei se haverá influência também do Calvinsimo que preconiza uma vida de austeridade, como uma virtude. Todavia, devo confessar após anos a investigar estas coisas, que o fator mais importante é mesmo o sistémico, o de paradigma, as infraestruturas. E depois, como refere o @antoniopedro, andar de bicicleta é muito mais barato e tal deveria ser um incentivo em países com menor poder de compra.

Conheço muito bem esse vídeo, e apenas me estás a dar razão. Foi a mudança estrutural e de paradigma no espaço público, que fez mudar os hábitos de mobilidade. Esta avenida na Haia, na Holanda, tem a largura da av. 5 de Outubro em Lisboa.

Claro, claro; mas o IUC sempre foi ridiculamente baixo, o mesmo o ISV (antigo IA), e o estado durante as últimas décadas mais não fez que construir rodovia e parques de estacionamento, e naturalmente as pessoas seguiram o caminho; por exemplo na linha de Sintra em vez de se alargar a linha ferroviária quadruplicando a linha, colocou-se o IC19 com perfil de AE (3 vias em cada sentido) e gratuito, investiu-se milhares de milhões na A5 e deixou-se a linha de Cascais ao abandono; ou seja, a culpa não foi das pessoas/utilizadores, foi da tirania estatal que nos impôs a todos, perante o atavismo da sociedade civil, um modelo de mobilidade centrado unicamente no automóvel.

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Era este o artigo
https://www.theguardian.com/world/2014/nov/09/france-car-ownership-sales-downturn

E ainda a proposito desta publicidade descarada ao carro

Ha uns dias a @ana_santos apresentava numa conferencia o exemplo de um intervalo publicitario em hora de jantar com 8mn e 5anuncios de carro. Era algo assim, nao era Ana?

De facto a malta é programada desde a tenra idade, mas felizmente outros paises estao a ver alteracoes nestes comportamento. Chegará ca tambem

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Esse é mais um “disco pedido” do Observador. Paciência, se queremos um jornal de qualidade e gratuito, temos de mamar com esta manifesta publicidade da indústria, disfarçada de facto noticioso. Mas repara que todos os jornais diários praticamente o fazem, à exceção do Público.
Esta é fresquinha no DN: http://www.dn.pt/motor-24/interior/energias-renovaveis-poderao-motivar-compra-de-carros-eletricos-5772885.html

Já para não falar na quantidade colossal de publicidade a automóveis em horário nobre da TV. Reparem no pormenor qual é sempre a primeira publicidade do primeiro intervalo dos telejornais das 20:00 (a mais cara de todas).

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Curioso, João, tu o paladino da agressividade crítica e informada, “amansas” significativamente quando se trata do Observador… :smile::smile::smile:
Ab.

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Não amanso “nada”. Quando leio o Observador sei ao que vou, tal como quando leio o Avante! Mas prefiro estes jornais aos outros, que sob a capa de neutralidade, são mais influenciáveis. Nos EUA quase todas as edições dos jornais apresentam orientação política pública e dizem mesmo que candidatos defendem.

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:rofl: Obviamente, a ideologia política estará sempre associada a agitadores, não fosse o Observador o braço armado do PSD :rofl:

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Mas não comparar o Observador com o Avante. Este tem um propósito político assumido. O Observador tem o mesmo propósito mas escondido, assumindo-se como “isento e apartidário” :wink: (Desculpem o off-topic).

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É óbvio que o Observador é de direita, basta ver a lista dos comentadores. E é da direita clássica, pois faz uma coisa que para mim sempre foi estranha, que é juntar liberalismo com catolicismo. Mas ter ideologia não implica ter partido. O Avante tem ideologia e tem partido.

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É precisamento isso que me faz espécie. Não é ser de Direita. É ser anti- liberdades individuais, de costumes, onde o ciclismo urbano (que é político, pois altera meios e comportamentos do dia-a-dia) é também afectado negativamente.

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“Liberdades” individuais que apenas toleram a bicicleta …

Quando mostrares quem és e deixares de ser cobarde, pode ser que eu tenha também a Liberdade de te responder.

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As políticas pró-automóveis que há muito tempo marcam a realidade portuguesa (e não só) são antagónicas às liberdades individuais. Só um estúpido não o entende.

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Sobre as liberdades individuais dos automobilistas e dos outros utilizadores, neste caso os peões:

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Ressuscitando este tópico no seu ponto inicial…

PORTUGAL VAI TER UM RANKING PARA AVALIAR A “CICLABILIDADE” DAS CIDADES:
http://smart-cities.pt/pt/noticia/bicycle-friendlyindexpt2803 23
Parece ser algo muito interessante.
@david_vale, podes contar-nos mais detalhes sobre isto?

Em temos diz alguma pesquisa superficial sobre a existência destes rankings aplicados a Portugal.

As minhas questões:

  1. Como está este projeto?
  2. Porque não utilizar integralmente ou adaptando, um dos muitos rankings existentes? A vantagem de reutilizar seria também a de poder comparar os resultados com outras geografias.

Obrigado.

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Ciclabilidade de Odivelas = 0
Tanto na cidade em si, como extrapolando para todo o município!

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2 anos depois:

http://smart-cities.pt/mobilidade/bike-friendly-index2703/

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Não sei se chega a 5,9 km.

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Como liberal continuo a discordar profundamente dessa métrica, acho que é uma métrica meramente burocrática, e que os melhores decisores para decidir se uma cidade é ou não boa para pedalar, são os que saem todos os dias à rua para pedalar.

Há muito tempo que proponho uma métrica bem mais certeira:

a correlação entre a distribuição demográfica, por sexo e idade, da população em geral de uma determinada cidade; com a congénere distribuição demográfica da população que usa a bicicleta no dia-a-dia.

Quanto maior a correlação entre essas duas curvas mais bike-friendly é uma cidade. Nas cidades pouco bike-friendly vemos a pedalar a distribuição demográfica das pessoas que tipicamente um país envia para o exército: jovens do sexo masculino. Nas cidades muito bike-friendly vemos a pedalar todos os estratos da população, de todos os sexos e idades, na mesma proporção da população da cidade.

Distribuição demográfica geral

e comparar com a distribuição da população de ciclistas urbanos e verificar a correlação

Fugir a este conceito é burocratizar.

Eu gostava de avançar nisto, mas não tenho os meios para fazer este tipo de análises, mas bastava estar numa ciclovia a verificar as pessoas que passam.

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