Porque faz sentido andar de bicicleta sem capacete

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A unica questao que me salta à vista, é que parece que o suposto mito que
diz que:
“Quem anda de bicicleta com capacete se sente mais seguro, e desleixa na
conduçao, ou arrisca mais, acaba por ser mais propenso a acidentes.”

Se calhar não é mito.

Podemos fazer entao um exercicio estatistico e calcular o numero de
acidentes por km do freire com capacete, versus numero de acidentes por km
do freire sem capacete. Por outro lado, numero de acidentes de alguns
membros aqui do forum com e sem capacete.

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Não ligo a provocações…

Relativamente ao local onde caí

Foi junto ao El Corte Inglês, do outro lado do passeio numa rua que faz cotovelo em empedrado calcário.

No fim-de-semana deve ter passado um camião pesado enquanto o solo estava húmido ou molhado.

ATENÇÃO: os dois lados da via, onde assenta o rodado, ficaram de um dia para o outro cheios de depressões, algumas delas pouco visíveis se não tiverem com água mas igualmente traiçoeiras se o chão estiver com humidade como aconteceu na segunda-feira.

Fica um testemunho: contei ontem o que me aconteceu ao pai de uma criança da escola do meu filho que costumava andar de bicicleta sem capacete, ele não deixou de andar de bicicleta, antes trouxe o capacete da filha, pelos vistos nunca tinha pensado que também pode cair…

Hoje ele estava na conversa e não quis interromper, amanhã vou ver se falo com ele por causa do dimensionamento dos capacetes…

Como provei com os número actuais portugueses, andar de bicicleta é substancialmente mais perigoso do que andar de carro.

As lesões mais graves são sem sombra de dúvida traumatismos cranianos.

Muitas delas podem ser evitadas ou diminuídas pelo uso de capacete.

O andar de bicicleta sem capacete pode resultar do não conhecimento dos perigos ou de inconsciência.

Quem anda de bicicleta sem capacete tendo conhecimento dos perigos a que está sujeito é extremamente egoísta uma vez que se cair e sofrer lesões potencialmente graves e evitáveis não afecta apenas a si próprio mas também a todos os que o rodeiam desde pais, cônjuges e filhos.

Caso o utilizador de bicicleta por si só não for capaz de zelar pelo bem estar dos seus entes queridos ao usar o capacete terá de ser o estado a chegar-se à frente ao introduzir a obrigatoriedade do uso do capacete.

Provocações?

Apenas constato factos.

O freire com capacete, cai muito mais vezes, do que eu sem capacete.

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Concordo com o Freire! (Haja uma vez…)

Estes locais onde há ciclovias à cota do passeio e depois acaba e começa calçada em pedrinhas brancas calcárias é um verdadeiro perigo quando estas estão molhadas, Eu ia caindo e chocando com um peão exatamente pq a roda da frente desliza.

Ora qual deveria ser o nosso foco neste tema? Obrigar os utilizadores de bicicleta a usar capacete?
Ou fazer pressão para que quem desenha estas ciclocoisas o deva fazer de forma a evitar estes problemas?

Para além do capacete também usa palas?

Pois só consegue ver com um ângulo de visão muito reduzido, o que muito
provavelmente aumenta a probabilidade das quedas.

Se tivesse uma visão mais periférica, não digo 360º, mas de pelo menos
180º, quando conduz, e igualmente em relação a estes temas, se calhar iria
ser um ciclista capaz de zelar melhor pelos seus entes queridos.

Cumprimentos e apareça numa massa critica, teria muito mais gosto em
debater estes temas consigo presencialmente do que por aqui.

Provocações à parte,

O entrar em provocações é prova da falta de argumentos…

Como disse no local há depressões que são pouco visíveis devido ao reticulado do calcário mas mesmo assim muito perigosas

Costumo aparecer na massa crítica, agora também levo o meu filho…

Na última não deu pois fiquei o dia todo na cozinha a preparar o jantar de aniversário do meu filho…

Espero que tenha perto do fogão um extintor e uma manta anti-fogo. Just in case…

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Sim, tenho um extintor em casa, e no carro, just in case…

@Freire tens razão quando referes que o capacete protege a cabeça, i.e. protege 10% do corpo.

Mas isso é o caso particular, como são quedas de pessoas em casa ou no passeio que não andam com capacete.

Entretanto sabemos por todas as avaliações, incluindo inúmeros estudos e relatórios partilhados acima, que a obrigatoriedade de usar capacete reduz de modo ainda mais significativo o fator de segurança dos utilizadores da bicicleta, porque elimina o fator da segurança em números.

Mas o que interessa nesta conversa, desde o início, e é isso que ninguém consegue comprovar é que a obrigatoriedade do capacete reduz a sinistralidade e os riscos de andar de bicicleta na via pública. Todos os factos apontam no sentido contrário.

Portanto enquanto não apresentas factos, estamos a discutir a tua opinião (os “alternative facts” do Trump) vs. a realidade.

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Também levo o meu filho às vezes, será fácil de o identificar certamente.
Até breve.

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Tudo o que têm apresentado não passa de conjecturas uma vez que não apresenta indicações sobre as causas que levaram as pessoas a deixar de andar de bicicleta.

Seja como for em Portugal é substancialmente mais perigoso andar de bicicleta do que de carro;

O número de utilizadores de bicicleta também é muito reduzido.

Ou seja é a altura ideal para implementar a obrigatoriedade do uso do capacete aliada a uma campanha de sensibilização dos benefícios de andar de bicicleta.

Novos utilizadores deparando com a obrigatoriedade do uso do capacete irão achar essa obrigatoriedade mais natural do que actuais utilizadores casmurros e egoístas que desleixam a sua segurança ao embirrarem em não usar o capacete…

@Freire, como estatístico, devia saber que os resultado são sempre conjecturas. Hipóteses. A única coisa passível de se fazer, é analisar quão evidente, estatisticamente, é determinada hipótese. E existem evidências muito fortes.

O porquê da obrigatoriedade do capacete ter esse efeito, é que pode ser menos evidente. Ainda assim, há hipóteses bastante plausíveis acerca disso.

Em Portugal não é substancialmente mais perigoso andar de bicicleta do que, por exemplo, no UK. E eles já chegaram precisamente à conclusão de que essa lei aumenta a sinistralidade entre os ciclistas, e por isso acabaram com ela.

@Freire continua com os seus “alternative facts”, fundamentados em achismos, e recusa aceitar os trabalhos de investigação e dados concretos.

Já lhe foram fornecidos mais que suficientes provas, da sua parte é que não temos nem uma prova que comprove que a utilização do capacete aumenta a segurança dos utilizadores da bicicleta. Todos os dados indicam o contrário à sua opinião.

Sobre o que se passa com os outros países não tenho dados

Tenho dados sobre Portugal

A mim basta-me os números a indicar que por cada 1000 utilizadores de bicicleta morrem ou ficam feridos com gravidade muitos mas ciclistas do que automobilistas.

Na segurança em números Portugal situa-se no extremo esquerdo do gráfico o que torna ainda mais relevante a obrigatoriedade do uso do capacete.

“Na segurança em números Portugal situa-se no extremo esquerdo do gráfico o que torna ainda mais relevante a obrigatoriedade do uso do capacete.”

Não, é precisamente ao contrário! Torna ainda mais relevante a urgência em se aumentar o número de ciclistas :wink: e reduzir-se os carros na estrada, a velocidade excessiva, o estacionamento ilegal, and so on.

A mim, honestamente, não quero saber se um capacete me protege ou não QUANDO vou ao chão. Eu não quero é ir ao chão!
Por acaso até hoje só fui uma vez. Curiosamente não tive nenhum traumatismo craniano, nem bati com a cabeça… e cai precisamente para o lado. Por o que o Freire disse há uns posts atrás, eu devia ter batido com força.

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Apresente-os dados: Repartição modal, taxa de utilização do capacete, número de ciclistas sinistrados, número de TCE graves e mortais total e por modo (a pé, bicicleta, automóvel, moto, outros), causa de sinistro do utilizador da bicicleta (queda simples / queda provocada por automóvel).

Comprove isto (dados que não existem para Portugal a nível nacional, o mais próximo é o censo de 2011 que além de estar ultrapassado, não inclui todas as deslocações em bicicleta, nem todas as pendulares, pois só inclui o troço mais comprido da deslocação e não o “last mile”, o acesso ao meio de transporte, ou soluções multimodais como é frequente ver nos comboios urbanos e regionais do país).

E já agora, comprove que a obrigatoriedade do capacete vai melhorar a segurança dos utilizadores da bicicleta na via pública. Até à data tudo o que temos aqui mostra o contrário, ficamos a aguardar os seus dados e provas concretas.

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Já apresentei a taxa de sinistralidade de bicicleta e de carro,

Sobre as pessoas que andam de bicicleta com regularidade vá aos censos, verá que em 2011 era menos de 2%

Para bom entendedor meia palavra basta…

Não preciso, um colega vosso já apresentou esse gráfico

Seja como for não é difícil chegar lá e sabe porquê?

O número de utilizadores de bicicleta é muito reduzido e o número de mortos e feridos é muito alto…

Vai melhorar porque haverá menos gente a ter traumatismos cranianos e em Portugal é irrelevante o safety in numbers pelo que referi no parágrafo anterior…

Além de:

Novos utilizadores deparando com a obrigatoriedade do uso do capacete irão achar essa obrigatoriedade mais natural do que actuais utilizadores casmurros e egoístas que desleixam a sua segurança ao embirrarem em não usar o capacete…